Gabriel Medina pegou um tubo incrível na abertura de Jeffreys Bay e tirou 9,93. Faltou pouco para sair a nota máxima
Depois de três dias de adiamento, a etapa de Jeffreys Bay do Mundial de Surfe começou em grande estilo. Com o mar em excelentes condições, os melhores surfistas do planeta deram show, mostraram muita qualidade técnica e souberam aproveitar tudo o que as ondas proporcionaram. Entre todos eles, Gabriel Medina se destacou. O campeão de 2014 pegou um tubo incrível, extremamente longo e, ao final dele, ergueu os braços para comemorar. A manobra rendeu ao brasileiro a nota mais alta do primeiro dia de competições: 9,93. Faltou muito pouco para o dez, mas a soma de 18,83 o fez vencer a bateria contra o australiano Stuart Kennedy e o compatriota Caio Ibelli e avançar direto para a terceira fase, feito conseguido também por Adriano de Souza e por Ítalo Ferreira.
Apesar do show de Gabriel Medina, o melhor desempenho da primeira fase em Jeffreys Bay foi do atual campeão mundial, John John Florence (vídeo acima). O havaiano não conseguiu uma nota tão alta quanto Gabriel Medina, mas teve duas muito próximas do dez: 9,70 e 9,67. Com elas, somou 19,37 para derrotar o sul-africano Dale Staples e o brasileiro Ian Gouveia.
Os outros brasileiros que se classificaram direto para a terceira fase não tiveram desempenhos tão brilhantes, mas foram consistentes. Adriano de Souza venceu uma bateria apertada. Ele somou 13,83 para superar o português Frederico Morais (13,73) e o compatriota Jadson André (12,57). Ítalo Ferreira foi um pouco melhor. Fez 15,27 e derrotou o italiano Leonardo Fioravanti (11,24) e o americano Kolohe Andino (7,83).
Filipe Toledo (vídeo acima) não teve a mesma sorte. Apesar de ter pego esta onda incrível, que lhe rendeu 9,50, ele não teve a regularidade necessária para vencer a bateria. Só somou 5,67 como segunda melhor nota e ficou com apenas 15,67, valor insuficiente para derrotar o taitiano Michel Bourez, que ficou com 16,67 com um 9,00 e um 7,67. Com isso, Filipinho terá que disputar a repescagem.
Quem também brilhou em Jeffreys Bay foi o veterano Kelly Slater. O maior campeão de todos os tempos somou 9,10 na onda do vídeo acima e terminou sua bateria com 16,27 para vencer o australiano Julian Wilson e 0 americano Kanoa Igarashi.
Já Conner Coffin tinha a dura missão de enfrentar o ídolo local Jordy Smith, mas o americano brilhou com uma nota 9,37 para chegar a 17,04 e derrotou o sul-africano, que ficou com 14,76.
Para completar, o francês Jeremy Flores também brilhou com uma nota 9,17. Ele fez 17,00 na bateria e ganhou disparado dos australianos Matt Wilkinson e Ethan Ewing,que ficaram, respectivamente, com 12,27 e 9,93.
1: Joel Parkinson (AUS) 14.23, Wiggolly Dantas (BRA) 13.60, Miguel Pupo (BRA) 10.33
2: Owen Wright (AUS) 11.16, Bede Durbidge (AUS) 13.84, Josh Kerr (AUS) 9.00 (interferência)
3: Adriano de Souza (BRA) 13.83, Frederico Morais (PRT) 13.73, Jadson André (BRA) 12.57
4: Matt Wilkinson (AUS) 9.87, Jeremy Flores (FRA) 17.00, Ethan Ewing (AUS) 9.93
5: Jordy Smith (AFS) 14.76, Conner Coffin (EUA) 17.04, Michael February (AFS) 12.40
6: John John Florence (HAV) 19.37, Ian Gouveia (BRA) 13.03, Dale Staples (AFS) 16.03
7: Kolohe Andino (EUA) 7.83, Italo Ferreira (BRA) 15.27, Leonardo Fioravanti (ITA) 11.24
8: Julian Wilson (AUS) 15.84, Kelly Slater (EUA) 16.27, Kanoa Igarashi (EUA) 8.77
9: Connor O’Leary (AUS) 11.00, Adrian Buchan (AUS) 13.66, Jack Freestone (AUS) 16.00
10: Gabriel Medina (BRA) 18.83, Caio Ibelli (BRA) 9.17, Stuart Kennedy (AUS) 14.77
11: Sebastian Zietz (HAV) 9.83, Mick Fanning (AUS) 17.23, Joan Duru (FRA) 6.17
12: Michel Bourez (TAH) 16.67, Filipe Toledo (BRA) 15.17, Ezekiel Lau (HAV) 10.60
