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Alex Ribeiro ganha outra final brasileira na África do Sul

Os brasileiros brilharam mais uma vez na África do Sul, principalmente Alex Ribeiro, que conquistou sua segunda vitória seguida e já assumiu o segundo lugar no ranking do WSL Qualifying Series, liderado pelo também paulista Jessé Mendes. Assim como no QS 3000 de Durban, na semana passada, três brasileiros e um peruano chegaram nas semifinais do QS 1000 Jordy Smith Cape Town Surf Pro, que também foi encerrado com uma decisão verde-amarela. Foi outra final paulista, com Alex Ribeiro agora ganhando o título de Marcos Correa, depois de passar por Robson Santos nas semifinais, que dividiu o terceiro lugar com o peruano Alonso Correa na etapa promovida por Jordy Smith.

Alex Ribeiro (Jordy Smith Cape Town Surf Pro)

Essa foi a segunda vitória consecutiva da América do Sul no QS 1000 de Cape Town. No ano passado, o campeão foi o peruano Joaquin del Castillo, que perdeu logo em sua primeira defesa do título na sexta-feira. Foi, também, a quarta final 100% brasileira em etapas do WSL Qualifying Series esse ano, com Alex Ribeiro vencendo duas seguidas na África do Sul, que serviram como preparativo para o primeiro QS 10000 da temporada, o Ballito Pro, nos dias 3 a 9 de julho, semana que vem, em KwaZulu-Natal.

A primeira decisão brasileira aconteceu na Austrália, com o catarinense Yago Dora ganhando o título do QS 6000 de Newcastle do líder Jessé Mendes. A segunda foi no QS 1500 Rip Curl Pro Argentina, que abriu a corrida pelo título sul-americano da WSL South America com vitória paulista de Thiago Camarão sobre o capixaba Krystian Kymerson em Mar del Plata. As outras duas foram vencidas por Alex Ribeiro na África do Sul, no QS 3000 de Durban contra Hizunomê Bettero e agora contra Marcos Correa no QS 1000 de Cape Town.

Curiosamente, as duas vitórias foram conquistadas por 15,67 pontos, com Alex Ribeiro recebendo as mesmas notas 8,67 e 7,00 em suas melhores ondas surfadas nas baterias finais, tanto no Volkswagen SA Open of Surfing, como no Jordy Smith Cape Town Surf Pro. Com os 3.000 pontos de Durban, Alex subiu do 12.o para o quinto lugar no WSL Qualifying Series, entrando no grupo dos dez indicados para completar os top-34 que disputa o título mundial no World Surf League Championship Tour. E com os 1.000 pontos de Cape Town, assumiu a vice-liderança no ranking, que continua com Jessé Mendes disparado na frente.

Marcos Correa (Jordy Smith Cape Town Surf Pro)

DOMINGO FINAL – No domingo, os finalistas competiram três vezes no mar difícil do último dia em Cape Town. O campeão Alex Ribeiro começou com derrota na segunda disputa por duas vagas nas semifinais, para Robson Santos, que recebeu a primeira nota excelente – 9,17 – para vencer por 16,34 pontos. Alex só pegou duas ondas e passou em segundo com 13,54 pontos, contra 11,84 do australiano Chris Zaffis e apenas 8,70 do catarinense Willian Cardoso. Nas semifinais, Alex e Robson entraram numa hora ruim do mar e uma nota 6,83 acabou decidindo a bateria encerrada em 10,16 a 4,03 pontos.

O vice-campeão, Marcos Correa, ganhou a primeira bateria do domingo, com o peruano Alonso Correa se classificando em segundo para as semifinais, eliminando o espanhol Vicente Romero e o francês Andy Criere. Os dois já tinham passado juntos no sábado, contra o japonês Hiroto Arai e o australiano Jared Hickel. E fizeram um grande duelo nas semifinais, com ambos começando a bateria com uma onda surfada no critério excelente dos juízes. A do brasileiro valeu 9,5 e a do peruano 9,33. Na seguinte, Alonso Correa ganhou 6,17, mas a segunda e última de Marcos Correa recebeu 6,67 para vencer por 16,17 a 15,50 pontos.

Robson Santos (Jordy Smith Cape Town Surf Pro)

RANKING QS – Todos ganharam posições no WSL Qualifying Series, mas ninguém conseguiu entrar no G-10 em Cape Town. O vice-campeão Marcos Correa marcou 750 pontos e saltou de 109 para oitenta no ranking, passando a figurar no grupo dos 100 primeiros que participam das principais etapas, com status QS 6000 e QS 10000, como a da semana que vem em Ballito. Os terceiros colocados receberam 560 pontos, com Robson Santos subindo de 70 para 64 no ranking e o peruano Alonso Correa de 125 para 101 na trigésima etapa da temporada.

A próxima é a mais importante do ano, a primeira com a vitória valendo decisivos 10.000 pontos na briga por classificação para o CT 2018. No momento, os brasileiros são maioria no G-10 com quatro surfistas, Jessé Mendes em primeiro lugar, Alex Ribeiro em segundo, Yago Dora em quinto e Flavio Nakagima em décimo. Mais cinco estão bem próximos da zona de classificação e podem entrar na lista no QS 10000 Ballito Pro, o catarinense Alejo Muniz em 14.o lugar, o capixaba Rafael Teixeira em 16.o, os paulistas Victor Bernardo em 17.o e Thiago Camarão em 18.o e o baiano Bino Lopes em 19.o.

Cristobal de Col (Jordy Smith Cape Town Surf Pro)

ÚNICAS NOTAS 10 – A expectativa é de mais uma boa participação brasileira em Ballito. Nas outras duas etapas da África do Sul, eles se destacaram e outros sul-americanos também. Na sexta-feira em Cape Town, o chileno Manuel Selman e o brasileiro Krystian Kymerson ganharam as únicas notas 10 do campeonato promovido por Jordy Smith. No sábado, eles acabaram perdendo juntos na mesma bateria, para os brasileiros Robson Santos e Willian Cardoso.

Os peruanos também brilharam nas ondas de Cape Town. Cristobal de Col foi um dos destaques do primeiro dia, porém perdeu na segunda fase para Willian Cardoso e outro brasileiro, João Chianca. Também no segundo dia, o defensor do título do QS 1000 Jordy Smith Cape Town Surf Pro, Joaquin del Castillo, ficou em último na sua primeira bateria no campeonato. Mas, Alonso Correa venceu as duas que disputou também na sexta-feira e passou mais duas em segundo lugar, junto com Marcos Correa, para chegar nas semifinais, como Miguel Tudela já havia conseguido no QS 3000 de Durban no domingo passado.

A primeira marca a volta de San Bartolo e do Peru ao Circuito Mundial depois de três anos. Serão duas etapas do QS 1000 nos dias 13 a 15 de julho, o Rip Curl Pro para os homens e o Jeep Pro para as mulheres. E na semana seguinte, de 17 a 23, tem o já tradicional Maui and Sons Arica Pro Tour no Chile, que dobrou o seu status esse ano de QS 1500 para QS 3000, aumentando a importância no ranking do desafio nas grandes ondas de El Gringo.PRÓXIMAS ETAPAS – A “perna sul-africana” do WSL Qualifying Series termina na próxima semana, no primeiro QS 10000 do ano, Ballito Pro, nos dias 3 a 9 de julho em KwaZulu-Natal. Esse evento pode provocar grandes mudanças no ranking e são apenas cinco etapas com status máximo de 10.000 pontos nesse ano. Também em julho, serão realizadas duas provas seguidas da WSL South America valendo pontos para o QS e para o ranking regional que define o campeão sul-americano da temporada.

Fundador e diretor de conteúdo do Olimpíada Todo Dia

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