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AO VIVO: Etapa do Surf Ranch – Mundial de Surfe 2019

Brasileiros chegam como favoritos à etapa do Surf Ranch. Assista ao segundo dia de competições!

Vem aí a etapa do Surf Ranch, talvez a mais controvérsia de todo o circuito mundial, pelo fato de acontecer em ondas artificiais. Entre 19 e 21 de setembro, em Lemoore, na Califórnia (EUA), a piscina desenvolvida por Kelly Slater recebe a oitava etapa do circuito mundial de surfe. Abaixo, explicamos o novo formato, as baterias, os favoritos, os convidados e a tabela de competição, pois as baterias terão hora marcada dessa vez. E o melhor: você assiste à etapa do Surf Ranch ao vivo e em tempo real aqui no OTD!

+ Veja a classificação do CT 2019

Novo formato e 3 horas a menos

Visando dar mais dinamismo para a etapa do Surf Ranch, a World Surf League mudou o formato da competição e, com isso, diminuiu três horas em relação a 2018. A disputa será um pouco mais complexa. Vamos à explicação:

Round 1 da categoria masculina:

– Os 36 surfistas são divididos em 6 baterias de 6 atletas (para vê-las basta descer a página).
– Cada surfista terá direito a surfar duas ondas para a esquerda e duas para a direita.
– A melhor nota para cada lado entra na somatória.
– Os 2 melhores de cada bateria avançam e os próximos 12 melhores gerais também.
– Sendo assim 24 surfistas vão para o Round 2.

Round 2 da categoria masculina:

– Os 24 atletas classificados carregam suas somatórias do round 1.
– Cada um deles terá direito a uma onda para a direita e uma para a esquerda para tentar melhorar o somatório.
– Os 8 melhores avançam para o Round 3.

Round 3 da categoria masculina:

– No round 3, os somatórios são zerados.
– Cada um dos 8 surfistas tem direito a duas direitas e duas esquerdas. A melhor nota para cada lado entra na soma.
– Os 4 melhores avançam para a final.

Final da categoria masculina:

– Os 4 surfistas carregam suas notas do round 3.
– Cada um deles tem direito a uma esquerda e uma direita para tentar melhorar suas notas.
– Quem tiver o maior somatório é o campeão.

No feminino, o formato é o mesmo. O que muda é o número de competidoras em cada fase. Na primeira, são 3 baterias de 6 competidoras. Avançam 12 para a segunda fase. De lá saem 4 para a terceira fase e, consequentemente, as duas finalistas.

Veja a explicação e previsões para a etapa do Canal Parafina:

Tabela do evento

Abaixo, as informações do Surf Ranch no horário de Brasília:

* Os horários são previstos e ainda podem ser alterados pela WSL até o início do evento.

Quinta-feira (19)

12h – Round 1 masculino (baterias 1 e 2)
15h15 – Pausa
16h15 – Round 1 masculino (baterias 3 e 4)
19h30 – Pausa
20h15 – Round 1 masculino (bateria 1)

Sexta-feira (20)

12h – Round 1 masculino (baterias 5 e 6)
15h25 – Pausa
16h – Round 1 feminino (baterias 2 e 3)
19h30 – Pausa
20h30 – Round 2 feminino
21h20 – Round 2 masculino

Sábado (21)

14h – Continuação do round 2 feminino
14h55 – Continuação do round 2 masculino
16h30 – Pausa
17h15 – Round 3 feminino
18h30 – Round 3 masculino
20h40 – Final feminina
21h00 – Final masculina

A briga está entre Medina e Toledo

Gabriel Medina e Filipe Toledo no Surf Ranch em 2018. Foto: WSL/Cestari

Sim, existem outros grandes nomes que podem ter um excelente resultado no Surf Ranch Pro, porém, baseando-se pelo desempenho do ano passado, Filipe Toledo e Gabriel Medina vão, novamente, brigar pelo título da etapa. E não apenas por estatísticas, mas porque os dois têm o surf que mais se encaixa para a piscina de ondas do Kelly Slater. Ambos possuem um repertório vasto de manobras, o que falta para o resto dos outros surfistas.

Talvez, quem mais pudesse fazer frente aos dois atletas seria John John Florence, porém, novamente ele está fora por causa de lesão. Filipe Toledo vem forte para continuar com a lycra amarela e partir para a perna europeia mais confiante do que nunca em busca do título inédito. Gabriel Medina, por sua vez, vem como um franco atirador só esperando o momento de atacar e conquistar o tricampeonato mundial.

Ítalo chega embalado

Muito provavelmente você acompanhou a história de superação de Ítalo Ferreira na última semana. Mas, se não, irei resumir de forma rápida a saga do potiguar: primeiro, ele teve o passaporte roubado em Los Angeles, demorou para conseguir um novo visto americano, depois ficou 18 horas em um vôo devido ao furacão, atrasou sua entrevista para tirar o passaporte japonês, teve que remarcar. E no dia de estreia do ISA World Games, em Miyazaki, chegou no aeroporto do local enquanto sua bateria já tinha começado. Pegou uma carona no carro da Confederação Brasileira e chegou na praia faltando 9 minutos para acabar sua bateria. Detalhe: ele entrou na água de shorts jeans e pegou a prancha emprestada de Filipe Toledo.

Ítalo Ferreira ficou em 13º no Surf Ranch em 2018. Foto: WSL/Cestari

Até aí, era a correria de alguém que não poderia deixar de competir para se tornar ilegível aos Jogos Olímpicos. Mas, Ítalo queria mais. Mesmo com poucos minutos no relógio, ele entrou na água, com a prioridade nº 4, venceu a bateria com a maior nota e avançou para o round 2. Depois disso, venceu mais 8 baterias, incluindo a final com uma nota 10 sobre o norte-americano Kolohe Andino, e se sagrou campeão do evento.

Não é preciso dizer mais sobre o porquê de Ítalo Ferreira chegar embalado na Califórnia. Depois de toda essa saga, agora ele quer ir para a Olimpíada de Tóquio de qualquer jeito. Sua tarefa, porém, é ingrata, já que precisa superar ou Gabriel Medina (3º) ou Filipe Toledo (1º) no ranking.

Na 6ª colocação, Ítalo precisará se superar em relação ao ano passado, quando terminou no Surf Ranch em 13º. De lá para cá, seu surfe evoluiu, mas ainda não está no nível dos seus concorrentes brasileiros. Será que ele pode surpreender?

Na parte de baixo, é hora da verdade

Nem tudo são flores no Tour. Alguns brasileiros precisam ficar de olho para não serem “rebaixados” em 2019. Lembrando que os 22 atletas mais bem ranqueados permanecem no CT e os demais vão para o Qualifying Series em 2020.

Neste momento, é o caso de Jesse Mendes, que se encontra na 28ª colocação e precisa de um bom resultado no Surf Ranch e consistência nas próximas etapas. Yago Dora e Jadson André também estão abaixo dos 22, porém, estão se classificando pelo QS já que o formato permite que um surfista seja rebaixado, mas também consiga o acesso no mesmo ano. 

Quem também precisa abrir o olho: Peterson Crisanto, Michael Rodrigues e Willian Cardoso, que se encontram perto da zona da degola e precisam de uma boa performance para respirarem tranquilos e chegar no Havaí sem precisar de um resultado expressivo.

Convidados

Quatro surfistas da elite do surfe mundial abdicaram da participação no Surf Ranch devido a lesões. São eles:

– Adriano de Souza (BRA)
– Leo Fioravanti (ITA)
– Mikey Wright (AUS)
– John John Florence (HAV)

Para os seus lugares, a WSL convidou o brasileiro Caio Ibelli (1º alternate) e o português Frederico Morais (2º alternate), que recusou por preferir competir em um evento do Qualifying Series, já que é por lá que ele busca sua reclassificação para o CT 2020.

Tendo isso em vista, a entidade optou por convidar alguns garotos. Veja só:

– Barron Mamiya (HAV), 19 anos
– Mateus Herdy (BRA), 18 anos
– Crosby Colapinto (EUA), 18 anos
– Kade Matson (EUA), 17 anos
– Jett Schilling (EUA), 15 anos

Assista ao treino do jovem brasileiro Mateus Herdy:

 

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No feminino, foram convidadas a alternate australiana Macy Callaghan e a novata havaiana Gabriela Bryan, de 17 anos.

Silvana Lima não pode falhar

Silvana Lima em ação no Surf Ranch em 2018. Foto: WSL/Divulgação

Silvana Lima não vem em um bom momento na carreira. Ela perdeu as 2 primeiras etapas, realizadas na Austrália, por conta de uma lesão no joelho. Desde que voltou, foram dois 5º lugares e dois 9º lugares. Ela se encontra na 13ª posição, abaixo das 10 classificadas para o ano que vem.

Por isso, precisa mais do que nunca de um bom resultado daqui para a frente se quiser permanecer no CT. Surfe para isso, a brasileira tem. Na Founders Cup, realizada em 2018 como campeonato teste, ela teve excelente performance. Basta à brasileira ter resiliência para sair com um bom resultado do Surf Ranch Pro.

Além disso, sua vaga olímpica está em jogo. Sua briga direta é com a neozelandesa Paige Hareb, que aparece na 16ª colocação. O problema é que se a adversária consegue um resultado expressivo, Silvana sai da zona de classificação e pode se complicar para conquistar a vaga em Tóquio.

Sem grandes objetivos em vista, Tati surfa sem pressão

A outra brasileira no circuito mundial, Tatiana Weston-Webb, está na 8ª colocação do ranking. A mais de 8.000 pontos da zona de corte e a 16.055 da líder Carissa Moore, Tati provavelmente terá um final de ano tranquilo, sem muitas pretensões. Talvez seja uma boa chance para a brasileira aprimorar seu surfe, vencer uma etapa e retomar a confiança, que lhe colocou na briga pelo título mundial em 2018. Se sob pressão, ela tinha problemas, vamos ver como a brasileira se apresentará sem a pressão da busca por um resultado. Treino é o que não falta.

 

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Baterias da 1ª fase

Masculino:

1) Soli Bailey (AUS), Griffin Colapinto (EUA), Michael Rodrigues (BRA), Jeremy Flores (FRA), Owen Wright (AUS) e Kanoa Igarashi (JAP)

2) Mateus Herdy (BRA), Yago Dora (BRA), Joan Duru (FRA), Conner Coffin (EUA), Seth Moni (HAV) e Ítalo Ferreira (BRA)

3) Barron Mamiya (HAV), Jesse Mendes (BRA), Peterson Crisanto (BRA), Deivid Silva (BRA), Kelly Slater (EUA) e Gabriel Medina (BRA)

4) Crosby Colapinto (EUA), Jadson Andre (BRA), Adrian Buchan (AUS), Wade Carmichael (AUS), Julian Wilson (AUS) e Kolohe Andino (EUA)

5) Jett Schilling (EUA), Ezekiel Lau (HAV), Jack Freestone (AUS), Caio Ibelli (BRA), Ryan Callinan (AUS) e Jordy Smith (AFS)

6) Kade Matson (EUA), Ricardo Christie (NZL), Sebastian Zietz (HAV), Willian Cardoso (BRA), Michel Bourez (FRA) e Filipe Toledo (BRA)

Feminino:

1) Paige Hareb (NZL), Silvana Lima (BRA), Johanne Defay (FRA), Malia Manuel (HAV), Lakey Peterson (EUA) e Stephanie Gilmore (AUS)

2) Macy Callaghan (AUS), Keely Andrew (AUS), Bronte Macaulay (AUS), Tatiana Weston-Webb (BRA), Caroline Marks (EUA) e Sally Fitzgibbons (AUS)

3) Gabriela Bryan (HAV), Coco Ho (HAV), Nikki Van Dijk (AUS), Brisa Hennessy (CRC), Courtney Conlogue (EUA) e Carissa Moore (HAV)

 

*O texto teve colaboração de Vitor Costa.

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