A International Surfing Association (ISA), entidade vinculada ao Comitê Olímpico Internacional (COI), anunciou os surfistas do Championship Tour (CT) que representarão seus países no ISA World Surfing Games, os Jogos Mundiais de Surf, em Miyazaki, no Japão, de 7 a 15 de setembro deste ano. A indicação dos melhores surfistas da World Surf League (WSL) é um dos requisitos para a elegibilidade dos atletas para a participação nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020.
Foram chamados os três melhores atletas de cada país (homens e mulheres) após a quarta etapa do Circuito, realizada em Margaret River, na Austrália. O Brasil terá Ítalo Ferreira, Filipe Toledo e Gabriel Medina, no masculino, Tatiana Weston-Webb e Silvana Lima.
A disputa será realizada onze meses antes da estreia do surf como modalidade olímpica, e promete ser um dos mais emocionantes da história com o time do Brasil coordenado pela Confederação Brasileira de Surf (CBSurf) com apoio do Comitê Olímpico do Brasil (COB). Mais uma atleta feminina será escalada para completar a equipe e será anunciada em breve pela entidade nacional da modalidade.
De acordo com o sistema olímpico de qualificação, após acordo entre a ISA e a WSL, os dez melhores homens elegíveis e oito mulheres (no máximo dois por país em cada gênero) garantirão vagas para os Jogos de Tóquio ao final do ranking do CT deste ano. Se fosse hoje, o Brasil seria representado por Italo, que ocupa a terceira colocação, e Filipinho, em sexto. Gabriel ocupa a 12ª posição. Já entre as mulheres, Tati e Silvana estão se garantindo.
O ISA World Surfing Games, que é realizado desde 1964, também é um dos eventos que servem como seletiva para Tóquio 2020, para atletas da Ásia, África, Europa e Oceania. As vagas de qualificação para as Américas serão determinadas nos Jogos Pan-Americanos de Lima, no Peru, no final de julho e início de agosto, desde que o país não tenha dois surfistas se classificando pelo CT no final deste ano.
ANTIDOPING – Outra importante medida anunciada, visando a elegibilidade dos surfistas para a estreia da modalidade nos Jogos de Tóquio, foi o acordo histórico entre a ISA e a WSL para a adoção de um programa antidoping abrangente junto aos atletas do CT. A ação será realizada de acordo com o código da Agencia Mundial Antidoping (WADA) e com as regras antidoping da ISA durante todo o CT de 2019 e 2020.
O objetivo é que todos os atletas do CT estejam em conformidade com Carta Olímpica antes da estreia histórica do surf nos Jogos. Todos concordaram voluntariamente com o programa e agora estão sujeitos a testes dentro e fora da competição, conforme o código WADA, conduzidos e gerenciados pela WSL e pela International Testing Authority (ITA), formada para garantir maior transparência e credibilidade nos esforços globais antidoping.
Ao concordarem com as regras antidoping, os competidores da WSL reforçam seu compromisso com a estreia olímpica do esporte, alcançada depois de décadas de mobilização da ISA. Também confirma o importante impacto que a inclusão olímpica está tendo na profissionalização do esporte, nas aspirações dos atletas e no futuro, a longo prazo, do surf em todo o Mundo.
PAN – Os atletas da elite do surf mundial estarão reunidos no Brasil, a partir do dia 20, no Oi Rio Pro, a quinta etapa do Tour, em Saquarema/RJ. Outro importante compromisso na “corrida” olímpica é a participação brasileira nos Jogos Pan-Americanos de Lima, com as disputas realizadas em Punta Rocas. O time brasileiro será composto por Robson Santos e Karol Ribeiro, no surf; Wenderson Biludo e Chloé Calmon, no longboard (pranchões); Luiz Diniz e Nicole Pacelli, no stand up paddle (SUP) wave; Lena Ribeiro e Vinnicius Martins, no SUP Race.