Pipeline estava clássica neste domingo (16). Considerada por muitos a melhor onda do planeta, no Havaí, ela voltou a dar show depois de um início morno, na etapa que decide o campeão mundial de 2018. E o Brasil teve tristezas e alegrias no dia de hoje. Filipe Toledo perdeu para o onze vezes campeão do mundo, Kelly Slater, e foi eliminado da competição e da briga pelo caneco. Agora, Gabriel Medina e o australiano Julian Wilson irão decidir o título nesta segunda-feira (17), em um mar clássico, a partir das 16 horas de Brasília. Assista ao vivo aqui no OTD!
Para acelerar a competição, a WSL colocou baterias simultâneas na água. Portanto, sempre quatro surfistas estavam no mar durante os rounds 2 e 3. Dessa forma, quem compareceu às areias pôde ver os 36 atletas em ação. E, claro, muita emoção na luta pelo caneco mundial.
Medina se salva na bateria do dia, Julian surfa para o gasto e Filipe peca
Gabriel Medina mostra dia após dia porque merece ser o campeão mundial de 2018. Desta vez, contra um inspirado local havaiano, Seth Moniz, tudo chegou a parecer perdido em certo momento. Porém, com uma frieza que já lhe é característica, o brasileiro achou tubos espetaculares, no que foi a melhor bateria do evento e, talvez, do ano. Isso porque as torcidas vibraram junto, havia título em jogo e o mar estava clássico. Enfim, foi emocionante e de alta qualidade.
Julian Wilson veio 20 minutos depois. E para enfrentar um amigo de infância de Gabriel Medina, Miguel Pupo. O brasileiro, especialista em ondas grandes e tubulares, achou bons tubos ao longo da bateria, mas teve muita dificuldade para completá-los. Por isso, foi eliminado precisando somente de 2.61. Se ele tivesse ganho, Medina já seria campeão mundial. De qualquer forma, Julian não vem mostrando apresentações consistentes. Estaria guardando para as finais? Veremos amanhã.
Quatro baterias depois foi a vez de Filipe Toledo entrar na água. E todos sabiam que não seria nada fácil. Afinal, além dos 11 títulos mundiais, Kelly já venceu o Billabong Pipe Masters 7 vezes na carreira e tem números absurdos, como o de 70% de aproveitamento em baterias no local. Quando a bateria começou, a preocupação se concretizou. Kelly dominou Filipe, que não achou a saída de seus tubos, e avançou. Após o terceiro 13º seguido, o brasileiro não tem mais chance de ser campeão mundial em 2018. Final de ano melancólico para quem liderou o tour por meses.
Filipe Toledo no Pipe Masters 2018. Foto: Tony Heff/WSL+ VEJA A CLASSIFICAÇÃO DO CT 2018
Cenários para o título mundial de surfe de 2018
São três os cenários para o título mundial nesta segunda-feira (17).
- Se Gabriel Medina chegar à final, ele é campeão do mundo.
- Se Gabriel Medina perder na semifinal, Julian Wilson precisa vencer a etapa para ser campeão mundial.
- Se Gabriel Medina perder nas quartas de final ou no round 4, Julian Wilson precisa chegar à final para se sagrar campeão.
Yago Dora muito perto da vaga no CT 2019
Yago Dora viveu um drama, que está perto de acabar com um final feliz. O catarinense, que chegou no Havaí na 22ª e última posição da zona de reclassificação, mostrou que também é muito bom entubando. Venceu o especialista e atual campeão do evento, o francês Jeremy Flores, com louvor. Só uma hecatombe e uma combinação de resultados para tira-lo de tal posto. O francês Joan Duru é outro perto de entrar na zona.
Jesse segue na liderança da Tríplice Coroa Havaiana
Competição à parte, a Tríplice Coroa Havaiana ainda tem como líder o brasileiro Jesse Mendes. Ele avançou, assim como seu principal candidato, o australiano Joel Parkinson. Dos dois, quem for melhor, deve ser o campeão. Quem quer entrar nessa disputa é o sul-africano Jordy Smith, mas ele precisa, ao mínimo, chegar à final.
Baterias da repescagem – round 2:
1: Filipe Toledo (BRA) 12.70 x 11.76 Benji Brand (HAV)
2: Owen Wright (AUS) 10.00 x 12.77 Seth Moniz (HAV)
3: Wade Carmichael (AUS) 2.93 x 1.40 Caio Ibelli (BRA)
4: Kanoa Igarashi (JAP) 5.16 x 4.06 Keanu Asing (HAV)
5: Kolohe Andino (EUA) 5.00 x 10.04 Miguel Pupo (BRA)
6: Willian Cardoso (BRA) 1.63 x 8.00 Kelly Slater (EUA)
7: Adrian Buchan (AUS) 6.10 x 16.84 Ryan Callinan (AUS)
8: Jeremy Flores (FRA) 5.56 x 1.90 Ian Gouveia (BRA)
9: Ezekiel Lau 3.93 x 5.40 Jesse Mendes (BRA)
10: Sebastian Zietz 4.27 x 3.83 Patrick Gudauskas (EUA)
11: Frederico Morais (POR) 2.47 x 6.17 Connor O’Leary (AUS)
12: Joan Duru (FRA) 16.60 x 1.26 Tomas Hermes (BRA)
Baterias – round 3
1: Italo Ferreira (BRA) 2.43 x 8.77 Ryan Callinan (AUS)
2: Jordy Smith (AFS) 10.16 x 2.56 Michael February (AFS)
3: Conner Coffin (EUA) 13.00 x 6.40 Matt Wilkinson (AUS)
4: Michel Bourez (PYF) 11.70 x 7.36 Connor O’Leary (AUS)
5: Sebastian Zietz (HAV) 8.00 x 5.24 Griffin Colapinto (EUA)
6: Gabriel Medina (BRA) 14.30 x 11.83 Seth Moniz (HAV)
7: Jeremy Flores (FRA) 2.64 x 5.27 Yago Dora (BRA)
8: Julian Wilson (AUS) 8.43 x 7.00 Miguel Pupo (BRA)
9: Kanoa Igarashi (JAP) 1.10 x 13.20 Joel Parkinson (AUS)
10: Wade Carmichael (AUS) 2.84 x 7.17 Jesse Mendes (BRA)
11: Michael Rodrigues (BRA) 4.86 x 8.20 Joan Duru (FRA)
12: Filipe Toledo (BRA) 6.77 x 15.60 Kelly Slater (BRA)
Baterias – round 4
1: Ryan Callinan (AUS) x Jordy Smith (AFS) x Conner Coffin (EUA)
2: Michel Bourez (PYF) x Sebastian Zietz (HAV) x Gabriel Medina (BRA)
3: Yago Dora (BRA) x Julian Wilson (AUS) x Joel Parkinson (AUS)
4: Jesse Mendes (BRA) x Joan Duru (FRA) x Kelly Slater (EUA)