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AO VIVO: Etapa de Pipeline

Gabriel Medina e Julian Wilson decidem título mundial na etapa de Pipeline! Assista ao vivo aqui no OTD!

Após 10 etapas nos cinco cantos do mundo, centenas de baterias e dezenas de surfistas envolvidos, a temporada de 2018 do surfe mundial está perto de seu final. O palco da season finale será, como já é de praxe, Banzai Pipeline, no Havaí – o Maracanã do surfe. Gabriel Medina, Filipe Toledo e o australiano Julian Wilson são os três concorrentes ao título mundial e darão todas as suas forças para chegar ao objetivo máximo entre os dias 8 e 20 de dezembro. Assista ao vivo aqui no OTD!

O Billabong Pipe Masters 2018 promete tubos para Backdoor (direita) e Pipeline (esquerda). Além da briga pelo caneco da temporada, também estão em jogo a taça da Tríplice Coroa Havaiana, um dos prêmios mais respeitados do esporte, e a permanência na elite em 2019 para quase dez surfistas. A competição se inicia com as triagens, que reúnem 26 havaianos e convidados brigando por vaga no evento principal.

+ Veja como foi o primeiro dia em Pipeline

Assista abaixo às previsões e tudo que está em jogo na etapa de Pipeline:

Decisão pelo título mundial

Os três candidatos pelo título mundial prometem uma briga intensa e repleta de emoção. Gabriel Medina, Filipe Toledo e Julian Wilson vivem momentos completamente distintos na temporada, mas chegam muito próximos na tabela.

Filipe Toledo foi líder durante quase todo o ano, mas dois vacilos na perna europeia foram suficiente para tirá-lo do posto e, aparentemente, abalar sua moral. As derrotas foram frustrantes, para adversários bem mais fracos, destoando completamente do restante da temporada. Já Medina ativou o modo “exterminador” e parece só perder quando o oponente consegue algo estratosférico, como fez Italo Ferreira em Portugal. Julian Wilson, por sua vez, cresceu no momento certo, renasceu dos “mortos” e, com toda sua habilidade em ondas tubulares, é a principal ameaça ao bicampeonato de Gabriel Medina.

Alguns dados são interessantes para medir as chances de cada competidor. Um deles é a melhor colocação dos surfistas na etapa de Pipeline até hoje:

Julian Wilson – 1º em 2014. O australiano é o único dos três que já conquistou a etapa. E tem mais: ele venceu Gabriel Medina naquela fatídica final, que já não valia muito para o brasileiro, campeão mundial do ano.

Julian Wilson no Pipe Masters 2014. Foto: Divulgação/WSL

Gabriel Medina – 2º em 2014 e 2015. O brasileiro é bi-vice no Havaí, tendo perdido em 2014 para Julian e 2015 para seu compatriota Adriano de Souza, o Mineirinho. Vale lembrar que em 2015, Medina garantiu a inédita Tríplice Coroa Havaiana para o Brasil.

Filipe Toledo – 5º em 2014. A dificuldade que Filipe Toledo tinha em ondas grandes pesa no currículo. Ele nunca passou de quartas de final no Pipe Masters. E em 2014, quando chegou, foi eliminado por Medina em uma bateria atípica, na qual Gabriel saiu da água para comemorar seu título mundial e só voltou nos minutos finais, que foram suficientes para vencer.

Cenários para o título mundial de surfe de 2018

São três os cenários para o título mundial. Vale lembrar que se Gabriel Medina avançar para o round 3 é impossível que Filipe Toledo e Julian Wilson cheguem juntos à final, pois eles seriam posicionados do mesmo lado da chave. Vamos às possibilidades:

  • Se Gabriel Medina chegar à final, ele é campeão do mundo.
  • Se Gabriel Medina perder na semifinal, Julian Wilson ou Filipe Toledo precisam vencer a etapa para um ser campeão mundial.
  • Se Gabriel Medina perder nas quartas de final ou antes, Julian Wilson ou Filipe Toledo precisam chegar à final para que um deles se sagre campeão.

A única possibilidade de termos uma bateria na final decidindo o título seria se Medina fosse eliminado no round 2 e Filipe Toledo e Julian Wilson avançassem todas suas baterias. Dessa forma, eles fariam uma dupla decisão, pelo evento e pela temporada.

Permanência na elite em jogo

Yago Dora briga para se manter no top-22. Foto: WSL

Dez surfistas brigam por três vagas no top-22, que dá vaga para a elite 2019. Dentre estes, três são brasileiros: Yago Dora (22º), Tomas Hermes (25º) e Ian Gouveia (29º). A missão de Dora é a mais simples, já que ele precisa de um resultado sólido para se manter na atual posição. Muito provavelmente uma vaga nas quartas o garante sem depender de nenhum outro resultado, mas pode ser que mesmo uma classificação ao round 4 já o coloque no CT do ano que vem.

Para Tomas Hermes é preciso chegar à semifinal e, mesmo assim, ainda dependeria dos concorrentes diretos. Tal resultado igualaria a melhor campanha do catarinense na temporada, que foi justamente na primeira etapa do ano, na Gold Coast australiana.

E, para Ian Gouveia, só um milagre. Ele precisa ganhar a etapa e secar os concorrentes. A temporada muito abaixo do filho de Fábio o colocou nesta incômoda situação. De qualquer forma, é bom manter os olhos abertos, porque ondas como a da etapa de Pipeline são especialidade de Ian.

+ Veja a classificação completa do CT 2018

Jesse lidera a Tríplice Coroa Havaiana

Jesse Mendes foi vice-campeão na etapa de Sunset Beach e lidera a Tríplice Coroa Havaiana. Foto: WSL/Keoki

A Tríplice Coroa Havaiana é uma disputa, que ocorre desde 1983. Ela coroa o maior pontuador das três etapas que fecham a temporada do surfe mundial. Nessa conta entram o QS de Haleiwa, o QS de Sunset Beach e o CT em Pipeline. Até hoje, somente um brasileiro conquistou a façanha de levar o caneco para casa. Advinha quem? Gabriel Medina, em 2015.

E, agora, pode ter chegado a vez de Jesse Mendes, atual líder da disputa. O brasileiro foi vice-campeão em Sunset e 5º colocado em Haleiwa. Ele é seguido de perto pelo australiano Joel Parkinson, campeão mundial de 2012, que já decretou que se aposenta após a etapa. Portanto, não será nada fácil. Além de Joel, outros nomes como o do norte-americano Griffin Colapinto, do havaiano Ezekiel Lau e do sul-africano Jordy Smith podem complicar.

Veja como está o top-10 da Tríplice Coroa Havaiana:

Baterias da etapa de Pipeline – round 1:

1: Jordy Smith (AFS) 12.00 x Frederico Morais (POR) 4.47 x Kelly Slater (EUA) 11.43
2: Owen Wright (AUS) 9.60 x Yago Dora (BRA) 9.83 x Miguel Pupo (BRA) 2.00
3: Italo Ferreira (BRA) 13.30 x Joan Duru (FRA) 11.67 x Keanu Asing (HAV) 5.66
4: Filipe Toledo (BRA) 5.04 x Matt Wilkinson (AUS) 6.03 x Caio Ibelli (BRA) 4.93
5: Julian Wilson (AUS) 8.07 x Tomas Hermes (BRA) 6.40 x Seth Moniz (HAV) 4.57
6: Gabriel Medina (BRA) 13.16 x Connor O’Leary (AUS) 9.67 x Benji Brand (HAV) 9.97
7: Wade Carmichael (AUS) 4.50 x Griffin Colapinto (EUA) 7.07 x Ryan Callinan (AUS) 6.77
8: Kanoa Igarashi (JAP) 6.10 x Sebastian Zietz (HAV) 4.03 x Michael February (AFS) 6.30
9: Michel Bourez (PYF) 12.03 x Ezekiel Lau (HAV) 10.90 x Ian Gouveia (BRA) 12.00
10: Conner Coffin (EUA) 15.07 x Jeremy Flores (FRA) 14.00 x Jesse Mendes (BRA) 9.20
11: Kolohe Andino (EUA) 8.10 x Adrian Buchan (AUS) 5.13 x Joel Parkinson (AUS) 11.23
12: Willian Cardoso (BRA) 5.04 x Michael Rodrigues (BRA) 11.44 x Patrick Gudauskas (EUA) 7.60

Baterias da repescagem – round 2:

1: Filipe Toledo (BRA) x Benji Brand (HAV)
2: Owen Wright (AUS) x Seth Moniz (HAV)
3: Wade Carmichael (AUS) x Caio Ibelli (BRA)
4: Kanoa Igarashi (JAP) x Keanu Asing (HAV)
5: Kolohe Andino (EUA) x Miguel Pupo (BRA)
6: Willian Cardoso (BRA) x Kelly Slater (EUA)
7: Adrian Buchan (AUS) x Ryan Callinan (AUS)
8: Jeremy Flores (FRA) x Ian Gouveia (BRA)
9: Ezekiel Lau x Jesse Mendes (BRA)
10: Sebastian Zietz x Patrick Gudauskas (EUA)
11: Frederico Morais (POR) x Connor O’Leary (AUS)
12: Joan Duru (FRA) x Tomas Hermes (BRA)

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