Os 112 surfistas de treze países que vão competir no São Sebastião Pro, já estão escalados para estrear no QS 3000 que começa nesta quarta-feira na Praia de Maresias, em São Sebastião, litoral norte de São Paulo. Eles foram divididos em três fases e os mais bem colocados no ranking da World Surf League, estão entre os 32 cabeças de chave que só entram na terceira rodada. Entre eles, cinco titulares da “seleção brasileira” no CT 2018, o potiguar Italo Ferreira, o cearense Michael Rodrigues, o catarinense Yago Dora, o pernambucano Ian Gouveia e o paulista Jessé Mendes.
Outros que fazem parte desta lista são os dois participantes que estão no grupo dos dez surfistas que se classificam para a elite dos top-34 da World Surf League, pelo ranking do Qualifying Series. O paulista Deivid Silva defende o título do São Sebastião Pro na Praia de Maresias e ocupa a sexta posição, seguido pelo potiguar Jadson André em sétimo lugar. Além dos 3.000 pontos para o ranking mundial, em Maresias será decidido o último campeão sul-americano de 2018 que ainda não foi definido.
O líder do ranking da WSL South America é o peruano Alonso Correa, que preferiu não vir defender o título no Brasil, para disputar a etapa também com status QS 3000 iniciada no sábado em Sunset Beach, no Havaí. Assim, ficou aberta a possibilidade para os brasileiros Wesley Santos e Renan Peres, o Pulga, conseguirem o título sul-americano. O prêmio para o campeão é a garantia de participação nas etapas mais importantes do WSL Qualifying Series em 2019, com nível QS 10000 e QS 6000, que são decisivas na disputa pelas dez vagas para o CT.
Os dois são do litoral paulista e vão tentar repetir o feito de Thiago Camarão, surfista de Juquehy, outra praia de São Sebastião, que festejou a conquista do título sul-americano de 2017 na sua cidade, com toda a família e amigos na praia em Maresias. Mas, a missão não será fácil para Wesley Santos e Renan Peres, que precisam de um ótimo resultado para ultrapassar a pontuação atual de Alonso Correa no ranking.
TÍTULO SUL-AMERICANO – O vice-líder é Wesley Santos, da cidade de Peruíbe na Baixada Santista, que precisa no mínimo de um nono lugar na Praia de Maresias para superar os 2.280 pontos do peruano. Já Renan Peres, o Pulga da Praia da Baleia, só consegue isso se vencer o campeonato. Esta é a única chance para outro título de um surfista de São Sebastião.
Para dificultar ainda mais, eles poderão se encontrar logo nas primeiras fases em Maresias. Wesley é um dos 48 pré-classificados pelo ranking mundial que entrarão na segunda fase. Ele foi escalado na 14.a bateria com mais dois brasileiros, Alex Lima e Cainã Souza. O quarto componente será o segundo colocado no sétimo confronto da primeira fase.
Renan Pulga estreia na fase mais avançada, por ser um dos 32 cabeças de chave que entram na terceira rodada. Ele está na 13.a bateria junto com um ex-top do CT, Miguel Pupo, que venceu a etapa de Maresias em 2015. Os dois adversários virão da segunda fase e um deles pode ser o próprio Wesley Santos, caso ele se classifique em segundo lugar na sua bateria.
Para seguir com chances de impedir que Alonso Correa se torne o primeiro peruano a conquistar o título sul-americano, Wesley tem que chegar na quinta fase do São Sebastião Pro e não ficar em quarto lugar nesta última rodada de baterias formadas por quatro competidores, valendo vagas para as quartas de final. Já Renan Pulga tem que chegar na final e vencer.
TREZE PAÍSES – Apenas os filiados à WSL South America participam da disputa pelo título sul-americano, cujo ranking computa os cinco melhores resultados nas sete etapas deste ano. Cada uma vale 1.000 pontos, independentemente do nível do evento no WSL Qualifying Series. No entanto, o São Sebastião Pro com status QS 3000 é a última etapa importante antes da Tríplice Coroa Havaiana, então competidores de outros continentes também estarão em Maresias buscando os 3.000 pontos para o ranking mundial.
Entre os 112 participantes, a maioria é brasileira com 87 surfistas, contra 25 de outros doze países. O maior pelotão estrangeiro vem dos Estados Unidos com oito atletas, três deles entrando na primeira fase, mais três na segunda e dois estão entre os cabeças de chave que estreiam somente na terceira e última rodada de dezesseis baterias. Além dos norte-americanos, tem concorrentes ao título do São Sebastião Pro vindos de Portugal, Espanha, França, Alemanha, Suécia, Ilhas Canárias, México, Argentina, Uruguai, Chile e Peru.
PRIMEIRA FASE – São tantos brasileiros que a bateria que vai abrir oficialmente o São Sebastião Pro na quarta-feira é 100% verde-amarela, entre João Chianca, Douglas Silva, Ryan Kainalo e Yan Sondahl. A participação estrangeira também começa na primeira fase, com cinco surfistas de outros países estreando em metade das oito baterias. Na segunda, tem o norte-americano Tab Textor enfrentando três brasileiros, assim como o português Luis Perloiro na quinta e o mexicano Angelo Lozano na sétima. Na sexta, estão os outros dois, o americano Remy Juboori e o português Francisco Alves.