Ontem (18/06) foi dado o pontapé inicial para uma série de lives no instagram da Brazil Sports Tech, que tem como foco trazer startups do mercado esportivo para um bate papo descontraído sobre o surgimento da ideia, modelo de negócio e, principalmente, desafios neste contexto atual que estamos vivendo de cada uma das empresas. A primeira conversa aconteceu entre a Débora Saldanha, colaboradora da BST e consultora de marketing esportivo, e Maxon Prestes, co-fundador da BJJ Progress, a maior plataforma de Jiu-jitsu do mundo.
A arte suave, como é conhecido o jiu jitsu, tem crescido de maneira assustadora nos últimos anos, porém os serviços e produtos não tem acompanhado este crescimento, de forma que o Bjj progress foi projetado para atender a este mercado com tecnologia aplicada às mais diferentes necessidades de federações, equipes, professores, alunos, atletas, eventos e produtos.
Desde o começo da entrevista com o Maxon, pudemos ver que o que guiava a empresa era propósito: tudo tinha surgido por conta de um projeto social em comunidades de Curitiba para levar o jiu-jitsu. O esporte como fonte de transformação social levava a ideia adiante, mas uma vez que eles precisavam de receitas e apoio, não dava para ficar dependendo de doações esporádicas. Como, então, transformar esta ideia cheia de propósito em algo rentável, e mais do que isso, ampliável?
Com o apoio do Worktiba, o projeto social se transformou em negócio. Com background em tecnologia, Maxon criou o aplicativo para transformar e digitalizar processos que pudessem auxiliar toda a cadeia da modalidade. Fazendo inscrições online, carteirinha junto as federações, a empresa conseguiu agilizar etapas e gerar benefícios tanto para instituições, quanto para atletas. Com a paralisação dos campeonatos, a empresa teve de se reinventar. Por meio de lives e podcasts, a mesma vem criando conteúdo pertinente para o cenário e conseguindo se sustentar nesse período turbulento.
Estamos no meio do ano, e como você falou, o jiu-jitsu ficará parado até o final do ano. Sem campeonatos, não se tem investidores porque eles querem visibilidade. Como ficará a programação de vocês daqui até o final do ano? Quais são os planos?
Max: De fato, sem competição teremos um afastamento de patrocinadores no nosso meio. Mas ao mesmo tempo, o atleta precisa criar uma maneira de gerar visibilidade para fazer sentido ser investido. Assim como os atletas, nós como uma startup também precisamos mudar o nosso foco. Iremos entregar, além das lives, ferramentas que ajudem na gestão da academia: gerenciador de alunos, e-commerce dentro da plataforma, reinventar. Esse é o foco atualmente!
Inovação já foi o driver para a criação do aplicativo, e agora inovação é o que irá fazer com que a BJJ siga atuando e ajudando milhares de profissionais do jiu-jitsu ao redor do mundo. Atletas, startups, todos do ecossistema esportivos necessitam mais do que nunca do impulso digital para seguir gerando receita.
Abaixo o link da live na íntegra, não perca!
Alexandre Volpini é colaborador da BST, formado em comunicação e marketing pela ESPM e estagiou na área de negócios da Unilever.