Os Jogos Olímpicos de Paris-2024 contaram com as disputas de 45 modalidades esportivas e quase 400 eventos no total. Com um programa olímpico recheado é comum existir modalidades ‘escondidas’ e pouco praticadas por um país. No Brasil, diversos destes esportes acabam passando despercebidos e sem receber as devidas atenções. Bom, este não é o caso do skate. Fortemente entrelaçada na cultura urbana brasileira, a modalidade foi um sucesso imediato no país desde a estreia nos Jogos de Tóquio-2020. Três anos depois, vemos o skate ganhar ainda mais corpo no Brasil. As conquistas de atletas do país se multiplicam, assim como o público se faz cada vez mais presente nos eventos nacionais e internacionais.
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Show nas pistas
O ano de 2024 talvez seja o ano que melhor representa essa consolidação do skate no cenário brasileiro. Justamente em um ano com Olimpíada, momento importante para atrair os olhos do público, o Brasil registrou resultados históricos dentro e fora das pistas. Em Paris-2024, o país voltou a subir no pódio com a conquista de duas medalhas de bronze. Rayssa Leal, que foi prata em Tóquio, levou no street feminino, enquanto Augusto Akio ganhou a sua primeira no park masculino.
Pouco mais de um mês depois, o skate brasileiro voltou a ficar em lugar de destaque. O Campeonato Mundial da World Skate, em Roma, consagrou mais quatro atletas do Brasil. No park, Augusto Akio e Pedro Barros fizeram a dobradinha de ouro e prata, respectivamente. O resultado manteve a tradição brasileira de sempre subir ao pódio em Mundiais nesta categoria. No feminino, Raicca Ventura faturou um ouro inédito, já que o Brasil nunca havia conquistado medalha entre as mulheres.
Ainda na Itália, a nossa principal skatista também deu orgulho para o Brasil. Ao lado do Coliseu, Rayssa Leal lutou como uma gladiadora contra o esquadrão japonês e se tornou bicampeã mundial no street feminino. Além disso, vale mencionar também a dobradinha de ouro e prata no vert com Gui Khury e Augusto Akio. A modalidade não faz parte do programa olímpico, mas tem a sua importância dentro do esporte.
Por fim, o skate brasileiro fechou o ano com chave de ouro no Super Crown da SLS (Street League Skateboarding). A competição também é considerada como um Campeonato Mundial e teve a conquista do título de Rayssa Leal e uma prata para Giovanni Vianna.
Sucesso de público
O sucesso nas pistas é também fruto de muito trabalho fora delas. O skate brasileiro aparece cada vez mais consolidado na organização de eventos dentro do país, o que ajuda no crescimento de fãs e praticantes do esporte. Em 2024, o Brasil voltou a receber a decisão do Super Crown da SLS em casa. A festa foi bonita e um Ginásio do Ibirapuera lotado viu dois skatistas brasileiros subirem ao pódio.
Mas não foi somente o Super Crown que movimentou o público brasileiro neste ano. Em 2024, o STU (Skate Total Urbe) também deu um show de organização e recheou o calendário com competições de alto nível. Foram quatro etapas durante o ano (Florianópolis, Criciúma, Porto Alegre e Porto Seguro) que que serviram como classificatórias para o STU Super Finals em São Paulo.
O torneio coroou os títulos de Ivan Monteiro e Isabelly Ávila no street e de Kalani Konig e Isadora Pacheco no park. A maioria deles representando uma nova geração de skatistas brasileiros para este novo ciclo olímpico que se inicia agora. E assim o Brasil segue com um futuro promissor para a próxima temporada e para um novo sonho em Los Angeles-2028. Acima de tudo, o Brasil se reafirma como o país do skate.
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