Os últimos 12 meses não foram fáceis para Luigi Cini. Em novembro de 2023, sofreu uma lesão grave no joelho direito, que teve o menisco, os ligamentos colateral medial e cruzado posterior comprometidos, além de uma fissura na tíbia e um edema ósseo. Foram meses de recuperação até que ele conseguisse ser finalista dos Jogos Olímpicos de Paris-2024 sem, no entanto, estar 100%. Foi só recentemente que ele conseguiu sentir-se totalmente recuperado e o resultado pôde ser visto neste sábado, na Praça Duó, durante o STU Pro Tour Rio de Janeiro. O skatista paranaense fez as duas melhores notas de todas as baterias disputadas até agora no park masculino e garantiu com autoridade presença na final deste domingo. Na disputa pelo título, ele promete fazer “o melhor rolê da minha vida nesta pista”.
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“Muito feliz, acima de tudo, de acertar as manobras que eu queria, me sentir bem em cima do skate.
Eu fiquei machucado muito tempo. Foi uma lesão que mexeu muito comigo e agora estou com a cabeça boa e com o corpo me sentindo 100%. Pô, faz dois meses que eu tô andando de skate e realmente que eu digo que eu tô 100% de volta. Eu não estou sentindo nenhuma insegurança ou nenhuma dor no meu joelho. Graças à equipe que cuidou da minha recuperação e toda a energia que eu botei nesse processo, não só em cima, mas fora do skate também, que eu consigo ter um reflexo tão positivo que nem esse,
de estar conseguindo andar, fazer as baterias e muito entusiasmado para amanhã. Não vejo a hora de estar aqui e viver tudo isso de novo com a galera na final”, comemorou Luigi Cini.
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Recuperação difícil
Depois do excelente desempenho na semifinal do STU PRO Tour Rio de Janeiro, Luigi Cini relembrou como foram difíceis os meses pós lesão. O skatista se dedicou demais para conseguir chegar aos Jogos Olímpicos de Paris-2024, mas também sofreu muito. “Durante a preparação final ali com o Vovô (treinador), eu tinha que ficar uns dias sem andar. Eu voltava da sessão, tinha dado meu máximo e falava para ele: ‘Tá foda! Não sei o que vou ter que fazer. Vou segurar até as Olimpíadas, mas depois eu não sei qual vai ser o meu futuro’. Eu estava muito triste, estava duvidando de várias coisas”, revelou o atleta, que, entretanto, não entregou os pontos.
Mesmo longe de sua melhor condição física, Luigi Cini ficou em sétimo lugar nos Jogos Olímpicos de Paris-2024, mas só voltou a se sentir bem no Mundial de Roma, disputado no final de setembro. “Sempre mantive o foco total e a energia máxima no processo do skate, no processo de preparação física e na tentativa de manter a atitude positiva. E foi um pouco antes, eu lembro certinho, uns 15 ou 16 dias antes do Mundial de Roma, que meu joelho voltou, que eu comecei a andar de skate e me senti 100% antes e depois de sessão”, conta Luigi Cini, que terminou em quarto lugar na competição em que Augusto Akio e Pedro Barros subiram no pódio.
Promessa de “melhor rolê da vida” na final
Quase um mês se passou do Mundial até o STU PRO Tour Rio de Janeiro e a condição física de Luigi Cini só melhorou de lá para cá. O resultado foram as duas melhores notas entre todas as baterias disputadas até agora. “Isso muda totalmente. Ali em Roma eu já estava me sentido muito bem, aqui eu estou melhor ainda e agora eu vehjo que a cada dia que passa eu estou de volta nessa evolução e nesse progresso de estar cada vez mais preparado e andando cada vez melhor no skate”.
Com as notas 90,88 e 89,25, Luigi Cini foi disparado o melhor da semifinal, mas promete ser ainda melhor na final, que será disputada neste domingo. “A pista é muito boa para possibilitar manobras mais modernas e mais técnicas, que são características do meu rolê. Então, tem muita coisa que eu quero acertar amanhã. Vão ser duas sessões de 25 minutos. Vai ser muito irado. Vai dar para andar muito de skate. Sem pensar em nota, vocês podem experar que vou dar o meu máximo e, se Deus quiser, vou entregar o melhor rolê se skate eu fiz até hoje nessa pista”.