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Pedro Barros: “O skate é diferente, e o diferente causa impacto”

Pedro Barros, atual vice-campeão mundial no park, quando perguntado sobre a marginalização do skate, disse que tudo que é diferente impacta, mas também demora mais tempo para ser aceito

Pedro Barros no skate park masculino dos Jogos Olímpicos de Paris-2024
Luiza Mores/COB

Pedro Barros, medalhista de prata em Tóquio 2020 e atual vice-campeão mundial na modalidade park, conversou com exclusividade com o OTD no Welcome STU Pro Tour, nesta quarta-feira (16), na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro. O skatista expôs sua opinião sobre a marginalização que o esporte sofre, seja de ‘pessoas normais’ e até mesmo de instituições. Além disso, o catarinense se mostrou muito solícito com o paraskate, que, por um erro da organização mundial, continua fora do programa paralímpico.

Na conversa de Pedro Barros com o OTD, perguntamos sobre como ele, como atleta do esporte, lida e enxerga os possíveis ‘olhares diferentes’ de outras organizações e pessoas para o skate. “Cara eu diria que não é nem questão do COI (a possível descriminação), nem dessas organizações, é o do próprio universo que a gente vive mesmo. Coisas novas demoram mais tempo para serem aceitas e isso é com tudo. Se você quiser sair vestindo uma roupa na rua que a galera não tá acostumada talvez eles vão te olhar estranho. Porque é diferente, e o diferente causa impacto”, exclamou o skatista.

“O skate é bem diferente dentro do mundo que a gente vive hoje e ele vai impactar, e às vezes as pessoas não tem muita segurança com o impacto que ele tá causando, porque elas não sabem para onde ele vai ir, o que ele vai impactar de fato, e o fato é que o skate vai impactar muita coisa e muita gente que tá no poder de outras áreas. Então não só com o skate mas com muitas outras coisas que existem, que têm um impacto gigantesco na nossa vida e que ainda não são às vezes muito vangloriadas nem apoiadas”, disse Pedro.

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PARASKATE FORA DOS JOGOS

Uma das pautas no tour dos skatistas no Pão de Açúcar na última terça-feira (16) foi justamente a adequação do paraskate para os Jogos Paralímpicos. Sobre o assunto, Pedro Barros se mostrou muito solidário. “A gente do STU, tem mais de seis anos fazendo o circuito acontecer. A modalidade paraskate já está presente dentro do circuito já há alguns anos e cada vez ela vem crescendo mais e mais. Dentro do STU eu acredito que uma das maiores prioridades é a gente jogar o holofote dentro da modalidade do paraskate. Para mim, a fonte de inspiração vem do esporte paralímpico, porque são pessoas que encaram e enfrentam dificuldades que muitas vezes o esportista que não tem nenhuma deficiência física não experiencia”.

Por fim, Pedro revelou que a justificativa dada pela World Skate para o motivo do paraskate não estar ainda no calendário paralímpico não o agradou nem um pouco. “Tem que ser valorizado mil vezes mais e infelizmente o comitê que representa o skate mundial atrasou para inscrever a modalidade do paraskate, isso pra gente que é skatista é um deboche, porque é muita falta de responsabilidade e a gente vem fomentando essa modalidade, essa cena, já há muito tempo, e pra gente é muito triste ver que eles simplesmente não prestaram atenção e deixaram a parada passar”, finalizou Pedro Barros.

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Carioca da gema e tenho 19 anos. Sou apaixonado por esportes (sem nenhuma surpresa, já que a escolha do meu nome foi em homenagem a um jogador) e estou graduando jornalismo na UNISUAM.

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