Para a grande maioria dos atletas, deixar o pódio escapar por tão pouco torna o quarto lugar normalmete um resultado amargo. Não foi o que aconteceu com Dora Varella. Única brasileira na final do skate park feminino, ela somou 89,14 pontos, terminou em quarto lugar, mas não lamrntou o fato de não ter conseguido a medalha.
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“Quarto lugar, para mim é um resultado incrível. Foi o maior nível que eu já vi de campeonato. O nível
vem aumentando ao longo do tempo e nos Mundiais eu às vezes não conseguia (acompanhar), talvez também por conta de ter pouco treino. Agora eu treinei bem mais também, né? Então eu mereço mais, mas foi o nível mais alto que eu já vi de final feminina e eu fico muito feliz que eu estou ali no quarto lugar do maior nível do skate feminino do mundo”, comemorou Dora Varella.
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Mudança de mentalidade
A skatista, de 23 anos, foi a mais “veterana” a disputar a final. A campeã, Arisa Trew, da Austrália, tem apenas 14, enquanto a medalha de prata, Cocona Hiraki, do Japão, tem 15, e a de bronze, Sky Brown, da Grã-Bretanha, tem 16. Dora Varella confessou, ao final da competição, que precisou mudar sua mentalidade para conseguir acompanhar as mais novas.
“Eu evoluí a minha mentalidade de saber que eu conseguia e que eu merecia estar ali entre as melhores. E eu me inspirei porque as pequenininhas, as meninas vieram com outra mentalidade, de que elas conseguem tudo e que elas, assim como os meninos, não tem diferença nenhuma. E quando eu comecei tinham pouquíssimas meninas, eu era uma das poucas que andava assim. Então eu já andava bem, eu já achava que era isso que a gente conseguia fazer. E tive que mudar minha mentalidade primeiro de tudo
E depois que eu mudei minha mentalidade, eu tive que treinar muito, mas muito mesmo porque essas manobras não ficam na base do dia para a noite. Então foram meses, meses, meses refazendo elas repetidamente.E graças a Deus deu certo”, finalizou.