A pesquisa anual do Good Push, iniciativa que mapeia diversos projetos sociais de skateboard ao redor do mundo, teve um recorde de instituições inscritas no mapeamento de 2022. E o grande responsável por isso foi o Brasil, país que foi o mais representado no documento lançado nesta semana.
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Desde o início da pesquisa anual, em 2018, nunca houve tantos projetos inscritos. Em 2022, foram 152 iniciativas de 40 países que estiveram presentes no levantamento. O Brasil foi o principal responsável pelo aumento da amostragem: 55 projetos inscritos pelo país.
Essa participação tão expressiva de iniciativas brasileiras é fruto do trabalho que a Confederação Brasileira de Skate (CBSk) realiza. Hoje, a CBSk tem mapeadas 132 iniciativas, em todas as regiões do país. Mais de 40 delas são diretamente assistidas pela entidade, com repasses por meio de convênio e entrega de skates e materiais de proteção para as aulas. Ainda no primeiro semestre de 2023, a Confederação deve ultrapassar R$ 1 milhão de investimento na frente Skate Social.
Parceria com o Good Push
Dentro desse trabalho, a CBSk organizou, em parceria com o Good Push, a versão em português do site da pesquisa, permitindo que os projetos nacionais tivessem um acesso mais fácil à plataforma. A Confederação também auxiliou e incentivou as organizações a fazerem o cadastro, tanto por meio do apoio da coordenação da frente Skate Social quanto pela divulgação da pesquisa nas redes sociais da entidade.
Com o maior número de organizações no Good Push, mais completo fica o levantamento de dados sobre os projetos sociais, tanto no Brasil quanto em outros lugares do mundo. Com as informações, ficam detalhados quais públicos são trabalhados pelas iniciativas e de qual maneira o skate chega a diferentes grupos de pessoas.
Outros países
Além do Brasil, tiveram destaque na pesquisa os Estados Unidos, com 22 projetos cadastrados, o Reino Unido, com dez, e o Canadá, com nove.
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A maioria dos projetos tem finanças limitadas. Dos inscritos, 31% têm um orçamento anual inferior a US$ 5 mil por ano, cerca de R$ 26 mil. E desse valor, a maior parte é de doação de material esportivo, como skates e capacetes.
Isso não impede que as organizações cheguem a quase 20 mil pessoas assistidas semanalmente. Em comum, as entidades trabalham o esporte dentro de grupos com maior vulnerabilidade social, entre jovens, mulheres, negros e LGBTQI.