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STU: a plataforma que turbinou o sucesso do skate brasileiro

Conheça o que é a plataforma STU, responsável pelos principais eventos de skate no Brasil e que tem ajudado a modalidade a se desenvolver

Na estreia do skate nos Jogos Olímpicos, em Tóquio-2020, o Brasil levou três medalhas, todas de prata com Rayssa Leal e Kelvin Hoefler no street e Pedro Barros no park. Além disso, os skatistas brasileiros são presença constante nos pódios dos principais eventos do mundo. Mas qual é o segredo desse sucesso todo? Além da tradição histórica na modalidade, o Brasil tem hoje atletas extremamente engajados com diálogo direto com a Conferação Brasileira de Skate (CBSK) e a plataforma Skate Total Urbe (STU), capaz de transformar os campeonatos em grandes eventos esportivos e culturais. Tudo isso impulsionados por parceiros comerciais fortes que abraçaram o esporte como Banco BV, Monster, Oi, Tiger e Tik Tok.

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“Existe uma relação no Brasil muito potente: skatistas, CBSK e STU. A nossa evolução tem muito a ver com isso também porque está todo mundo remando para a mesma direção e isso faz muito diferença”, diz Diogo Castelão, fundador da plataforma STU, que foi criada a partir de um evento que o empresário organizava no Rio de Janeiro.

ORIGEM DO STU

ESTRUTURA DO STU OPEN RIO NO ENTARDECER DA BARRA DA TIJUCA
Estrutura do STU Open Rio no entardecer da Barra da Tijuca (Felipe Diniz/STU)

“De 2015 a 2018 um projeto chamado Jogos Cariocas de Verão. Eram mais de 20 modalidades e uma delas era o skate. Em 2016, quando acabou a edição dos Jogos daquele ano, eu falei: ‘caramba, skate é tão maneiro, tem um potencial enorme… Quem faz skate no Brasil?’. Aí a gente mapeou e chegou na CBSK. A gente começou a conversar e chegamos num formato de ter um circuito brasileiro”, lembra Diogo Castelão.

O curioso é que esse insight aconteceu meses antes do skate se tornar olímpico, fato que é reconhecido pelas estrelas do esporte. “A gente teve a oportunidade das Olimpíadas, mas o STU antes disso já estava com o circuito montado e já estava fortalecendo a cena do skate”, lembra Pedro Barros, que foi um dos skatistas consultados pelo empresário quando ele estava idealizando o STU.

“Quando a gente começou a trabalhar o STU, não era olímpico ainda. Isso que é o mais bacana. A gente estava no lugar certo, na hora certa”, comemora Diogo Castelão. “Quando houve o primeiro STU em 2017 já era olímpico, mas quando a gente começou a desenvolver o STU não era olímpico. Quando a gente estava com as coisas bem encaminhadas, virou olímpico e foi muito maneiro. Mas no começo não facilitou tanto assim. Essa percepção de ganho com a Olimpíada veio mais depois da estreia nos Jogos mesmo”, conta.

COM A CARA E A ALMA DO SKATE

Mistura de arte e esporte é um dos principais diferenciais dos eventos do STU
Mistura de arte e esporte é um dos principais diferenciais dos eventos do STU (Felipe Diniz/STU)

Desde que organizou seu primeiro torneio em 2017, a plataforma STU se transformou na responsável pelo circuito brasileiro de skate, mas já organizou também eventos internacionais e até Campeonato Mundial. Tudo com a cara e, principalmente, o espírito do skatista.

“A gente entendeu, e por isso que é Skate Total Urbe, que não era só campeonato de skate. Tinha a ver com a cultura do skate, toda essa cultura urbana em movimento. Então, desde o primeiro campeonato a gente já veio com shows, exposições e com marcas, sempre levando o conceito do lifestyle junto com a competição”, explica Diogo Castelão.

“O STU entra com o know how do evento, a CBSK entre com o know how técnico e nós dois juntos temos feito cada vez mais eventos com a cara do skate. O que a gente está prezando muito uma melhor organização, melhorar o atendimento para os skatistas, mas principalmente manter a cultura e a chama do skate acesa”, comemora Duda Musa, presidente da CBSK, que, com o sucesso do circuito do STU dentro do Brasil, pode concentrar o investimento da entidade na preparação dos atletas e na participação deles nos eventos internacionais.

PARCEIROS

STU Banco BV
Divulgação/STU

Todo esse sucesso, no entanto, só é possível graças aos parceiros comerciais que viabilizaram o STU. “Além de um bom trabalho realizado, a gente tem tido muita sorte de encontrar parceiros que entendam essa cultura, que não queiram pausteurizar ou formatar o skate”, comemora Duda. “Essa roda tem que girar e o parceiro tem que estar satisfeito tanto do ponto de vista de exposição de marca quanto do negócio ser potencializado. Assim, essas relações ficam mais legítimas como são hoje como nossos principais patrocinadores: BV, Monster, Tiger, Oi e Tik Tok. De alguma forma, a gente gera benefícios diretos e indiretos para as marcas. Então, sem eles não seria possível ter isso aqui”, admite Diogo Castelão.

BANCO BV

Banco BV STU Open Rio
Banco BV montou um lounge ao lado da pista de park no STU Open Rio (Divulgação/STU)

O Banco BV, por exemplo, decidiu abraçar a modalidade a  partir de 2018 com reforma de pistas pelo Brasil. Depois, passou a apoiar eventos como STU e Street League, além de patrocinar atletas como Pamela Rosa, Yndiara Asp, Kelvin Hoefler e Murilo Peres.

“O Banco BV está aí para acrescentar. Pessoas que andam de skate também trabalham lá dentro tambéem. Então, eles entendem de skate”, conta Pamela Rosa. “Banco BV está com a gente desde 2018. É um grande apoiador do skate, vem apoiando os eventos, vem apoiando atletas e causas sociais também. Agora eles estão com uma ideia muito legal, que é um cartão próprio dos skatistas”, lembra Yndiara Asp. “O cartão chama BV no skate. Eles estão nos ajudando ainda mais, incentivando ainda mais e sempre presentes”, completa Pamela.

FUTURO

Gabriel Medina e Gabigol presentes no STU Open Rio
Estrelas de outros esportes como Gabriel Medina, do surfe, e Gabigol, do futebol, prestigiaram o STU Open Rio (Vinícius Branca/STU)

Todo o sucesso do STU aconteceu num curtíssimo espaço de tempo e a expectativa é de que futuro seja muito promissor. “É um movimento que está só no começo. Agora estamos trazendo game junto, metaverso… Tudo o que isso representa é o presente e é o futuro. O que eu acho é que o STU Open Rio, esse nosso evento no final do ano, no Rio de Janeiro, virou a página de ser um evento emblemático no calendário mundial do skate. Ele já era um evento emblemático no calendário nacional do skate. Quem saiu daqui da semana do park, saiu daqui apaixonado e os que estão aqui do street vão sair daqui também falando, se tudo der certo daqui até domingo”, espera Diogo Castelão.

“Os ingressos esgotaram nas duas semanas. Do street também já acabou para o sábado e para o domingo. Infelizmente a gente não consegue colocar mais ninguém para dentro. É o sinal do prestígio e da popularidade do skate”, completa Duda Musa.

Fundador e diretor de conteúdo do Olimpíada Todo Dia

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