Siga o OTD

Skate

Dora Varella transformou diversão em coisa séria, mas não muito

Entre ‘remadas’ e manobras, Dora Varella cresceu junto ao skate, que virou profissão e hobby ao mesmo tempo

Dora Varella skate
(Instagram/dora.varella)

O sorriso é companheiro constante de Dora Varella. Essa alegria se dá muito pelo prazer que o skate dá. “Foi uma diversão de criança que virou profissão”, comenta. Profissional do skate park desde 2018, a atleta olímpica cresceu junto com o esporte, que deu um boom após Tóquio-2020.

Mesmo com a alta exposição, Dora Varella segue com o skate no pé, dando rolês e sempre se divertindo. Não é porque o skate virou olímpico que a atleta vai mudar seu estilo de vida.

“Uma coisa não interfere na outra. a gente vai seguir se divertindo, não importa o pico, não acabou com a essência. Eu sempre soube como é legal, bom que mais pessoas descobriram isso também”.

+ Quatro atletas olímpicos participam de torneio de mini rampa em São Paulo

Perfeita simbiose

Antes de Tóquio-2020, muito se discutia se o skate precisava entrar no programa olímpico. Ou então se os Jogos precisavam do skate. Ficou claro que os dois saíram ganhando.

“Foi ótimo. A gente pode mostrar o companheirismo do skate, das ruas. Não tem essa de ser marginalizado. O skate é para todo mundo. Acima de tudo, é um meio de locomoção, você pode sair ‘remando’ por aí.”

+ SIGA O OTD NO YOUTUBE, NO INSTAGRAM, NO FACEBOOK E NO TIKTOK

Se o skate saiu mais forte, os Jogos Olímpicos tomaram uma aula do verdadeiro espírito olímpico. “O seu resultado não interfere no dos outros. Se você torcer para os outros errarem, isso trás energias ruins para você. Dando seu melhor, as notas são consequências.”

Dora Varella skate
Dora Varella em ação nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 (Foto: Julio Detefon)

O companheirismo do skate vem muito do conhecimento que é compartilhado. “As manobras são passadas de um para o outro, então não tem essa competição. Todos podem ensinar e aprender. Alguns são melhores em alguma manobra. Você está constantemente se relacionando”.

Primeiras ‘remadas’

Mas como Dora Varella encontrou o esporte? “Eu sempre fiz vários esportes. Com 10 anos de idade, pedi para minha vó um skate e meu pai deu a ideia de ir numa pista. Vi aquele monte de rampa, escada, me apaixonei.”

Da brincadeira aos primeiros campeonatos, tudo foi muito rápido. “Foi tudo tão natural. Com 11 anos já disputei um campeonato. Fui me incentivando e foi assim que eu fui aprendendo, ficava vendo vídeo de skate 24h”, conta gargalhando.

Só que a diversão veio sempre com responsabilidade. Desde de pequena, Dora Varella soube que precisaria conciliar os estudos com o esporte. “Pelo menos completar o ensino médio, para poder escolher o que seguir. Tem que ter um plano B. A vida de atleta é curta.”

Realmente, a carreira de atleta pode ser curta, mas a de skatista é para sempre.

Mais em Skate