O skate foi um dos cinco esportes escolhidos para integrar o programa olímpicos dos Jogos de Tóquio em 2020 ao lado de caratê, beisebol, surfe e escalada e o Brasil certamente estará na briga pelas medalhas daqui há quatro anos. O país é uma das potências mundiais ao lado dos Estados Unidos e tem como principal destaque a atleta Letícia Bufoni, que é considerada a musa da modalidade.
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Nascida na Vila Matilde, zona oeste de São Paulo, Letícia Bufoni começou no skate aos nove anos e com 13 se mudou para os Estados Unidos para se profissionalizar. Acumulou três ouros, duas pratas e dois bronzes em edições do X-Games, a Olimpíada do esporte radical nos Estados Unidos. Mas seu grande momento foi a conquista do Super Crown, o Mundial de street, em 2015, competição que foi dominada pelo Brasil, já que Kelvin Hoefler foi o campeão no masculino.
E faltou pouco para Letícia Bufoni sagrar-se bicampeã em 2016. Em sua última volta pela pista, ela tentou uma manobra no corrimão e acabou levando uma queda feia, que assustou até sua principal concorrente, a americana Lacey Baker.
Apesar da queda, que a levou para o hospital, Letícia Bufoni acabou como vice-campeã do Super Crown, o Mundial de Street, mas mantém a liderança do ranking. Outras duas brasileiras ficaram entre as oito finalistas: Pâmela Rosa e Mônica Torres, que ficaram, respectivamente, em sétimo e oitavo, enquanto Lacey Baker levantou a taça.
No masculino, o Brasil também esteve perto da briga pelo pódio. Luan Oliveira, segundo colocado do ranking mundial, ficou em quarto no Super Crown, que teve o australiano Shane O’Neill como campeão. Quarto colocado no ranking mundial, Kelvin Hoefler é outro que tem se destacado no circuito, mas outros brasileiros como Ivan Monteiro, Carlos Ribeiro e Felipe Gustavo também estão entre os melhores do mundo.
Na modalidade park, que também será disputada nos Jogos de Tóquio, o Brasil também se destaca. O principal nome é Pedro Barros, vice-campeão do Vans Park Series, o circuito mundial da modalidade. O skatista ficou atrás apenas do americano Alex Sorgente, que foi o campeão. Outros dois brasileiros, Murilo Peres e Miguel Oliveira, chegaram até a semifinal da etapa decisiva, realizada em Malmoe, na Suécia, e terminaram, respectivamente, em 13o. e em 17o. lugar.
Por ser a grande potência do esporte ao lado dos Estados Unidos, o Brasil terá direito a 12 vagas para o skate olímpico em 2012. Cada prova terá a participação de 20 skatistas, três brasileiros, três americanos, seis europeus e os dois melhores das Américas, da Ásia, da África e da Oceania. Ou seja, 80 skatistas ao todo na Olimpíada de Tóquio 2020. Todos serão selecionados através do ranking mundial de 2019.