A CBSk (Confederação Brasileira de Skate) e a ONG Social Skate fizeram uma ampla pesquisa de julho e agosto deste ano e encontraram 36 projetos pelo Brasil que utilizam a modalidade como ferramenta de inclusão social. Dessa totalidade, 23 programas estão concentrados no Sudeste, oito no Nordeste, três no Sul e dois no Centro-Oeste. No momento, por volta de 2.755 crianças e jovens estão recebendo ajuda desses institutos.
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“A gente está conseguindo entender as dificuldades, as necessidades, onde estão, como estão e o que cada uma dessas ações precisa. Já conseguimos realizar a doação de máscaras e álcool gel para esses projetos. Para os próximos meses estamos elaborando uma cartilha com muitas dicas úteis e orientações”, disse Sandro Testinha, da ONG Social Skate
“Nosso intuito é poder dividir o conhecimento da Social Skate para que todas essas ações alcancem seus objetivos e continuem usando o skate como ferramenta de inclusão, transformação e educação”, acrescentou.
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A parceria CBSk e ONG Social Skate já colocou em prática a primeira iniciativa e distribuiu 28 mil máscaras e cerca de 50 litros de álcool em gel para entidades filiadas à CBSk, skatistas, colaboradores da entidade e aos projetos cadastrados. Isso foi feito para que os programas tenham condições de proteger suas crianças e jovens da pandemia de coronavírus.
Dados reunidos pela pesquisa
De acordo com os dados colhidos, as principais demandas apresentadas pelos projetos são a ausência de recursos financeiros e de apoio com materiais para as atividades esportivas; falta de locais apropriados e de pistas de skate adequadas; e deterioração de espaços públicos destinados ao fomento da prática esportiva.
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Dentre os 36 programas pesquisados, 24 atuam de forma independente, sem regularização jurídica e, por conta disso, não atendem aos requisitos necessários para participar de editais públicos ou pleitear verbas públicas. Segundo os números da pesquisa, o público feminino não recebe apoio.
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As mulheres se queixam que vestuário e o material são majoritariamente voltados ao público masculino e que o preconceito ainda existente é um impeditivo. Por causa disso, 80% dos assistidos pelos projetos são meninos. Das 36 iniciativas, apenas seis são lideradas por mulheres.
Projetos por região do Brasil
Sudeste
- Espírito Santo – uma instituição – 130 assistidos
- Minas Gerais – três instituições e um projeto independente – 271 assistidos
- Rio de Janeiro – uma instituição e cinco projetos independentes – 476 assistidos
- São Paulo – cinco instituições e sete projetos independentes – 675 assistidos
Sul
- Santa Catarina – três projetos independentes – 145 assistidos
Centro-Oeste
- Distrito Federal – um projeto independente – 15 assistidos
- Mato Grosso do Sul – um projeto independente – 50 assistidos
Nordeste
- Bahia – dois projetos independentes – 500 assistidos
- Ceará – uma instituição e um projeto independente – 123 assistidos
- Pernambuco – dois projetos independentes – 70 assistidos
- Piauí – duas instituições – 300 assistidos