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Tóquio 2020

Pamela Rosa acredita em pódio com três brasileiras em Tóquio

Campeã mundial em 2019, Pamela Rosa acredita que a Olimpíada de Tóquio pode terminar com três brasileiras no pódio na modalidade street. Atualmente, ela, Rayssa Leal e Letícia Bufoni estão entre as melhores do mundo

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Letícia Bufoni, Pamela Rosa e Rayssa Leal estão entre as quatro melhores do mundo no skate street e devem representar o Brasil em Tóquio (Reprodução)

A campeã mundial de skate street e primeira colocada do ranking, Pamela Rosa foi a entrevistada nesta sexta-feira (15) em live no instagram do Olimpíada Todo Dia. Grande esperança de medalha para o país nos Jogos Olímpicos de Tóquio, a atleta acredita que seja possível um pódio com três brasileiros em sua modalidade. Além dela, Rayssa Leal, a “Fadinha”, de 12 anos, segunda do ranking, e Letícia Bufoni, de 27, quarta, estão entre as melhores do planeta.

“É o que nós mais queremos (pódio triplo em Tóquio). Ainda não está nada certo quem vai, mas com certeza o Brasil vai com uma grande força. Tem seis brasileiras entre as 20 melhores do ranking brigando para estarem na Olimpíada e tudo pode mudar. O skate feminino está crescendo e ninguém pode pensar que já está lá porque pode surgir uma menina do nada e ficar com a vaga”, declarou Pamela, que tem na Olimpíada o seu principal objetivo para o ano que vem.

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“Com certeza a Olimpíada de Tóquio é o meu principal foco em 2021. É um sonho, mas prefiro subir um degrau de cada vez e devagar. Antes, vou pensar em cada competição que estiver pela frente”, afirmou Pamela. A skatista revelou já ter relação com os Jogos Olímpicos. “Sempre assisti. Acompanhei bastante o judô em Londres torcendo pela Rafa e também o futebol. E minha família gosta muito de assistir ginástica”, acrescentou, citando a judoca e amiga Rafaela Silva.

Campeã do mundo e histórico de conquistas

Pamela Rosa Skatista Campeã Mundial Tóquio 2021
Pamela Rosa também é fã de samba e toca na bateria da Escola de Samba Tom Maior (Julio Detefon/CBSk)

A campeã mundial Pamela Rosa começou a andar de skate com 8 anos e está contente em observar a evolução do skate feminino. Com 12 anos de carreira tem dois atletas como inspiração: Cristiano Ronaldo e Rafaela Silva. No futuro, a skatista tem como objetivo poder ajudar as pessoas de sua cidade e quer ter uma escolinha de skate. No presente, ela já compartilha alguns itens que não usa mais e comemora estar em boa fase.  

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“O Mundial foi incrível. Tive um ano excelente e consegui ir ao pódio na maioria das competições. Não tem sensação melhor do que ganhar em São Paulo e perto de sua família. Ainda mais depois da notícia triste da morte do meu tio e de não ter dormido bem na noite anterior. Pensei que não ia conseguir fazer nada no dia, mas ganhei o campeonato e dediquei para ele. Fiquei muito emocionada na hora que ganhei”, contou a atleta.

Fã de samba, Pamela participa do carnaval de São Paulo há seis anos e faz parte da bateria Tom 30, da Escola de Samba Tom Maior, como integrante da ala de chocalhos. A skatista mantém o ritmo nas competições assim como faz na avenida e tem sido especialista em chacoalhar as estruturas com desempenhos de alto nível e quer mantê-los pensando em Tóquio.  

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“As minhas conquistas mais marcantes são o Mundial de 2019 e a minha primeira medalha no X-Games. Fui para a competição com joelho lesionado e também não me adaptei ao clima, que estava -5 °C. Antes de competir estava chorando na beira da piscina e os fisioterapeutas do evento fizeram um grande trabalho. Pude competir e ganhei a medalha de ouro, sendo a atleta mais nova a conseguir isso em um X-Games”, lembrou a skatista, citando o X-Games de Oslo, na Noruega, em 2016.   

Adiamento e benefícios dos Jogos Olímpicos

Pamela Rosa Skatista Campeã Mundial Tóquio 2021
Pamela Rosa está em São José dos Campos durante a quarentena (Julio Detefon/CBSk))

Pamela Rosa tem lidado bem com a quarentena devido à pandemia de coronavírus. A campeã mundial está em São José dos Campos sem poder andar de skate na sua pista predileta, mas tem praticado na garagem de sua residência com a ajuda de obstáculos. Mesmo nesta fase complicada, a atleta se fortalece para não deixar nada tirar seu foco.

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A competidora ficou triste com o adiamento dos Jogos de Tóquio e comentou também os benefícios que a entrada do skate na competição acabou trazendo para a modalidade. “Claro que fiquei triste, pois estava me preparando. Mas nesse momento o mais importante é pensar no coletivo e que todos se cuidem e fiquem em casa. Foi a melhor decisão que poderiam ter tomado”, disse.

“A entrada nas Olimpíadas mudou o olhar dos outros em relação ao skate. Antes o skate era marginalizado. Agora estamos tendo mais patrocínios e competições e isso tem sido uma oportunidade e tanto para o crescimento da modalidade. Depois da notícia muitas pessoas começaram olhar mais para o nosso esporte”, completou a skatista.

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Existe uma chance do calendário de eventos voltar no final de 2020, no entanto, Pamela acha difícil que isso aconteça. Mentalmente forte, a atleta quer estar preparada no retorno e deixou uma mensagem para quem deseja iniciar na modalidade. “A questão mental é de família. Nós conseguimos trabalhar bem a mente. Quanto mais pressão mais eu quero andar e ganhar”, falou. “Digo para jamais desistirem e que procurem sempre estar se divertindo seja lá qual for o esporte”, concluiu a skatista.

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