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Skate

Skatistas brasileiros de olho na Olimpíada de Tóquio 2020

O cenário do skate nacional vem ganhando cada vez mais espaço e pretende brigar por medalhas em Tóquio 2020

Apesar de não participar dos Jogos Pan-Americanos esse ano, os atletas tem uma maratona de provas para enfrentar em busca da classificação para as Olimpíadas de Tóquio 2020. Ao todo o Brasil tem direito a levar até 12 skatistas, divididos entre modalidades, park ou street, e gênero. A maratona de competições mundo afora para conquistar a colocação já começou e os skatistas nacionais estão deixando sua marca em outros países.

O Brasil tem uma equipe de peso que vai brigar para levar os 12 atletas para a tão esperada primeira Olimpíada da história do Skate. Entre os skatistas brasileiros a disputa é grande tanto na modalidade park quanto na street.

A Fadinha continua encantando

Com apenas 6 anos Rayssa Leal começou a ver vídeos no YouTube sobre como andar de skate, aprender postura, movimento das pernas. Aos 7 anos ficou conhecida como “Fadinha” quando colocava uma fantasia com asas e fazia manobras de skate pelas ruas de Imperatriz (MA). Hoje tem 11 anos e já ganhou medalha de bronze na etapa de Londres no Street League Skateboarding.

O nome Fadinha não a agrada hoje em dia, diz que não quer ser reconhecida com esse apelido, brinca dando risada que agora é a Mulher Maravilha. E para muitas crianças da idade dela, ela realmente é uma heroína. Depois de ser inspirada e aprender a andar de skate “graças à tecnologia”, como ela diz, é por meio de mensagens nas redes sociais que ela recebe carinho dos fãs mirins. “Eu fico muito emocionada quando eu recebo mensagens de outras crianças falando que eu sou a inspiração delas”, comenta Rayssa.

Apesar de ser pequena no tamanho e na idade, Rayssa mostra que não tem medo de competir entre as gigantes que ela ainda tem admiração. “Antes eu ficava mais nervosa de competir com as outras meninas, mas agora elas são minhas amigas e eu fico mais tranquila”, brinca Rayssa.

Igualdade no Skate

Yndiara Asp já carrega no nome o skate. A manobra Yndi Grab é uma forma de segurar o skate no ar, no qual a skatista diz que está treinando para aperfeiçoar ainda mais. Com grande conhecimento sobre a história do skate no Brasil e todas as conquistas, Yndiara diz estar feliz por estar vivendo esse momento de igualdade no skate.

“O skate está com uma visibilidade bem grande, e isso fez com que o skate feminino esteja no seu auge, e eu fico muito feliz de fazer parte desse momento, estar vivenciando todas essas mudanças”, comenta Yndiara. Hoje os prêmios são os mesmos valores nas competições de skate entre homens e mulheres, e os patrocínios também estão igualando. Campeã da última etapa do Vans Park Series, ela se mantém focada para o objetivo final: as Olimpíadas de Tóquio 2020.

Cenário do Skate no Brasil

Quando começou a andar de skate na cozinha da família no Guarujá (SP), Kelvin Hoefler não imaginaria que o cenário do skate iria mudar tanto. Ele conta que quando começou os patrocínios eram de lojas locais que davam algum material, padaria que pagava a inscrição de um evento.

Com o patrocínio que tem hoje em dia, Kelvin chegou até o Guiness World Record, o livro dos recordes mundiais como o atleta que possui mais títulos no Campeonato Mundial de Skate na categoria Street.

Skate como estilo de vida

Murilo Peres vê que o skate é mais que um esporte, que é um estilo de vida e que independentemente do que aconteça, sempre estará com um skate nos pés. Ele vê o cenário nacional mudando para melhor. O skatista vê com bons olhos os anos em que Bob Burnquist esteve a frente da Confederação Brasileira de Skate (CBSk). “Com Bob ou sem o Bob (na Confederação), ele sempre estará com a gente oficialmente ou não oficialmente”, afirma.

Com foco total nas Olimpíadas de Tóquio 2020, para ele todo dia é dia de melhorar cada vez mais para alcançar a vaga. “Minha meta a longo prazo é devolver ao máximo pro skate tudo isso que ele está proporcionando, tudo que eu mais quero é poder retribuir e fazer com que mais pessoas tenham esse privilégio”, comenta Murilo.

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