Competindo em casa, nos Jogos Olímpicos do Rio-2016, Poliana Okimoto conquistou a histórica medalha de bronze na prova da maratona aquática 10km, se tornando a primeira mulher brasileira a subir no pódio na natação. Na edição seguinte, Ana Marcela Cunha levou o ouro na mesma disputa, mantendo o legado do país na prova. No entanto, para o Programa Sem Limites, Poliana demonstrou preocupação com o futuro da modalidade no Brasil.
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Preocupação com o futuro
“Daqui dez anos, a gente provavelmente não tem mais Ana Marcela, não sei se ainda teremos Vivi Jungblut, e eu não vejo nenhum nome. A gente tem grandes dificuldades de renovação nas águas abertas. Dentro dos clubes, são pouquíssimos que realmente investem na maratona. Alguns tem as provas de fundo, de piscina, e alguns atletas de fundo fazem as provas de águas abertas, mas que tem um treinamento específico dedicado para a maratona aquática são poucos”, contou Poliana.
“Isso torna mais dificultoso a gente encontrar talentos que vão ser direcionados para a modalidade. A gente não tem uma base forte, com vários nomes, que possam dar uma esperança para gente que daqui 10 anos, daqui 12 anos, possa ter um nome forte para disputar os Jogos Olímpicos”, completou. Ela também atentou para a participação da CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos) na renovação. “O COB (Comitê Olímpico do Brasil) tem um programa muito interessante de desenvolvimento. Mas cada confederação tem que ter o seu projeto. É a CBDA que tem que fazer um projeto de águas abertas e entregar para o COB. E, infelizmente, a gente não tem”, relatou.