A edição dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 foi marcada, entre outras coisas, pela estreia do skate no principal evento esportivo do planeta. O ex-skatista Bob Burnquist viveu intensamente este processo, já que era presidente da Confederação Brasileira de Skateboarding no momento que a entidade foi escolhida pelo Comitê Olímpico Brasileiro para representar a modalidade. No entanto, a situação se reverteu e a briga pelo comando do esporte foi para a justiça. Para o Programa Sem Limites, Bob relembrou seu tempo na presidência da CBSk e lamentou a disputa política atual.
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Briga política intensa
“Na época, eu lembro que anunciou em 2016 no Rio, e o skate mesmo só entrou quando o imbróglio burocrático se resolveu. Era uma situação de filiação da Confederação Brasileira de Skate com a Federação Internacional, hoje chamada de World Skate, e tinha uma outra federação de hóquei em patins (a Confederação Brasileira de Hóquei e Patinação) que já estava filiada”, contou o ex-atleta. No início do ano, a World Skate desfiliou a CBSk e considerou apenas a CBHP como sua única representante no Brasil. Logo depois, após um apelo na justiça e muito apoio dos skatistas do país, a Corte Arbitral do Esporte (CAS) concedeu uma liminar que permitiu o controle da CBSk até o julgamento final do processo.
“O que eu não acho legal é um Comitê Olímpico Brasileiro não se posicionar, ou então trabalhar contra, tentar se intrometer em coisas que é da confederação. Isso é o que eu não gosto, mas também que não pode deixar passar, tem que movimentar. Neste momento foi construído uma solução que, pelo menos até os Jogos Olímpicos (de Paris-2024), funciona”, comentou Bob.