Durante o Sem Limites da última segunda-feira, o técnico Fernando Possenti revelou como foi que aconteceu o rompimento entre ele e a campeã olímpica Ana Marcela Cunha. Faltavam 20 dias para o Mundial de Esportes Aquáticos, em Fukuoka, no Japão, os dois estavam juntos na fase final de treinamento para a competição na Turquia, quando após uma conversa decidiram deixar de trabalhar juntos.
“Acho que foi um momento de pensar um pouquinho não só na parceria, mas pensar um pouquinho na vida pessoal, na vida individual, buscar novos projetos. Eu acho que para toda porta que se fecha, outra se abre. Além disso, o mais importante é que ela está bem, ela está feliz, eu estou bem, estou feliz. Acho que aquele momento, foi um momento de buscar coisas novas, de tentar coisas diferentes. Eu acho extremamente válido isso a pessoa que tem coragem, muita gente não vê esse lado, de buscar algo novo porque está entendendo que aquela mudança vai ser boa para ela”, explicou o técnico Fernando Possenti, que garantiu não ter havido briga entre os dois.
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“Graças a Deus, não. Foi uma coisa pensada, conversada. E mais do que conversada, respeitada. Acho que tem que ter respeito nas decisões, nos limites de cada um, na maneira de enxergar a vida de cada um. As pessoas não têm que concordar com tudo, não tem que estar alinhadas em tudo. Óbvio que se tiver alinhamento, flui. Se não tiver, tem que ter uma conversa, tem que respeitar o posicionamento. A maior lição disso tudo é a gratidão enorme, que eu acho que ela tem por mim e eu tenho por ela por esse período maravilhoso que nós passamos”, afirmou.
Ana Marcela agora vive e treina na Itália
Após encerrar a parceria, Ana Marcela Cunha se mudou para a Itália e passou a fazer parte da equipe do técnico Fabrizio Antonelli. Em entrevista exclusiva ao OTD, a nadadora revelou que pensou em largar tudo, mas que agora está feliz e em busca de se manter competitiva de uma maneira mais leve.
“A gente pode fazer história e ter o bicampeonato olímpico, mas eu quero estar feliz e estou me sentindo bem. Eu passei por muita coisa e, só eu sei o que eu passei, ainda estou no esporte. Cheguei num momento da minha vida que eu falei: ‘eu não quero mais’. Senti o apoio de quem eu precisava, de quem estava do meu lado, e consegui voltar e estar onde eu estou. O que eu trabalho muito com a minha psicóloga é estar bem, é estar feliz. É estar no alto rendimento. passar pela dor que a gente tem que passar, mas de forma tranquila e feliz como eu tenho feito”, afirma a campeã olímpica da maratona aquática.
“Todo mundo acha que depois do ouro olímpico só são glórias. Só que existe o outro lado também, que é todo mundo achar que, só por você ter sido campeã olímpica, você tem que ganhar tudo para o resto da vida e não é assim”, desabafou. “Tem que existir um equilíbrio. Eu acho que muitas vezes fui muito ‘cavalinho’ e às vezes deixei de viver um pouco. E eu estou me permitindo isso e vendo que, mesmo me permitindo, eu consigo me manter no alto rendimento. Por isso que eu tenho vontade de continuar”.