Um feito histórico para o esporte brasileiro. A frase é um clichê, mas representa exatamente o feito alcançado pela patinadora brasileira Isadora Williams, que nesta terça-feira, ao se classificar para o programa livre da patinação artística da Olimpíada de Inverno de PyeongChang.
Jamais uma brasileira alcançou um feita desta grandeza. O programa livre será na próxima quinta-feira (22), quando haverá a disputa de medalhas, reunindo as 24 melhores patinadoras do mundo. Em resumo, uma brasileira terminará esta Olimpíada entre as principais atletas da modalidade.
No momento em que este post é escrito, Isadora Williams ocupava nada menos do que o segundo lugar entre todas as competidores, com a nota de 55.74 – a melhor de sua carreira.
(atualização: ao final do programa curto, na madrugada desta quarta-feira, Isadora terminou na 17ª posição, o que continua sendo um resultado sensacional. Além de primeira brasileira, ela é a primeira sul-americana a alcançar o programa livre de uma Olimpíada de Inverno)
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Se pensarmos em perspectiva, o feito de Isadora, de 22 anos, é ainda mais impressionante. Há quatro anos, na Olimpíada de Sochi, ela ficou em 30º e último lugar e não avançou para a a fase final. A evolução da brasileira nascida nos Estados Unidos, filha de mãe brasileira e pai americana, tem sido espetacular.
No mês passado, conversei com Isadora, para a produção de uma série de reportagens sobre os Jogos Olímpicos de Inverno para o site da Veja. E em uma das respostas, Isadora Williams deixou bem claro qual seria seu objetivo em PyeongChang.
“Eu sou a minha maior adversária, tenho uma luta interna enorme comigo mesma. Eu me cobro o tempo todo. Não faço e nem gosto muito de projeções. Eu vou acreditar em mim, nos meus treinos e no que sou capaz de fazer. Eu quero muito fazer o programa longo e somente as 24 melhores atletas do programa curto conseguem ir para o segundo dia. Eu quero muito estar nesse grupo.”
Pois bem, Isadora, hoje você faz parte deste grupo. Parabéns.
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