A ginástica artística brasileira tem tudo para passar por um movimento interessante a partir deste ciclo olímpico. No última sábado (25), no encerramento da Assembleia Geral da CBG (Confederação Brasileira de Ginástica), em Aracaju (SE), foi confirmado que Marcos Goto será o novo coordenador técnico da ginástica artística. Ele entrará no lugar de Georgette Vidor, que há vários anos ocupava o cargo.
Goto, que já era o treinador-chefe da seleção masculina, agora passa ter ainda mais poder dentro da modalidade. Status mais do que merecido, diga-se de passagem. Foi com a fundamental ajuda de Goto que Arthur Zanetti tornou-se o primeiro ginasta brasileiro campeão olímpico, com o ouro nas argolas em Londres-2012.
Quatro anos depois, além de levar seu pupilo de volta ao pódio na Rio-2016, desta vez com a medalha de prata, Goto ainda teve papel importante nas outras duas medalhas da ginástica brasileira nestes Jogos: a prata de Diego Hypolito e o bronze de Arthur Nory no solo.
Já era notória uma evolução da ginástica masculina, que pela primeira vez na história dos Jogos classificou uma equipe completa para a Rio-2016. Resultados bem mais significativos do que a seleção feminina, em processo de renovação, obteve nas duas últimas edições olímpicas.
Por isso, a presença de Marcos Goto no comando da modalidade poderá ter um efeito muito positivo a longo prazo também para as mulheres. Se ele emplacar seu estilo obstinado e perfeccionista, não será surpresa se novas conquistas começarem a aparecer nos dois naipes da ginástica brasileira.
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