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Seleção Brasileira

Saída de Morten Soubak será um grande erro

Se o handebol feminino do Brasil alcançou a condição de ser uma das principais equipes do mundo, deve muito ao técnico dinamarquês Morten Soubak

Morten Soubak

O técnico dinamarquês Morten Soubak foi responsável pela evolução do handebol feminino no Brasil (Crédito: Inovafoto)

Entre tantos problemas que a ressaca olímpica do esporte brasileiro após a Rio-2016 vem trazendo, um dos mais lamentáveis está bem perto de acontecer. A notícia da possível saída do dinamarquês Morten Soubak do comando da Seleção Brasileira feminina de handebol representará um retrocesso de pelo menos uma década na modalidade no país.

Se o handebol feminino brasileiro atingiu o status de estar entre as principais potências do mundo, boa parte deve-se ao trabalho do dinamarquês, que chegou ao país há mais de dez anos, criando vínculos até fora das quadras.

Tornou-se torcedor do São Paulo, casou-se com uma baiana e teve filho por aqui. Nos últimos oito anos, vem comandando com competência a Seleção Brasileira feminina, tendo como ponto alto a conquista do título mundial de 2013, na Sérvia. Na Rio-2016, o Brasil era cotado para chegar ao pódio, mas acabou eliminado nas quartas de final, para a Holanda.

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Embora houvesse uma promessa do próprio Soubak em renovar seu vínculo, que termina em dezembro próximo, algum ruído ocorreu neste meio de caminho. Uma pista pode ser a relação entre o treinador e o presidente da Confederação Brasileira de Handebol (CBHb), Manoel Luiz Oliveira.

Após a surpreendente eliminação para a Romênia nas oitavas de final do Mundial 2015, o dinamarquês chegou a fazer declarações fortes criticando a estrutura do handebol no Brasil, dizendo que o título obtido dois anos antes teve efeito praticamente nulo para a realidade da modalidade.

Obviamente que Oliveira não gostou. A proximidade da Rio-2016 evitou maiores crises. Agora, a situação mudou.

Por mais que tente colocar panos quentes, Oliveira não disfarça a pouca preocupação com a permanência de Soubak. “Nunca disse que ele ia sair, nem que ia ficar. É uma questão que não se pode afirmar. Pode ser que ele fique? Sim. Pode ser que não? Também”, disse o dirigente ao LANCE!

A exigência de Oliveira é contar com um treinador para trabalhar no próximo ciclo olímpico, ou seja, ou Soubak acerta sua renovação ou a CBHb terá que partir para uma nova opção. Não se pode desprezar em toda essa história um possível convite que o dinamarquês teria recebido para comandar a seleção de Angola.

A possível “despedida” de Soubak pode acontecer na disputa do Torneio Quatro Nações, no início de dezembro, em Belém (PA).

A única certeza é que se tudo caminhar para o rompimento, o handebol do Brasil será o maior perdedor sem Morten Soubak.

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