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Seleção Brasileira

CBAt não sabe o que fazer com Ana Claudia Lemos

O caso de doping da velocista Ana Claudia Lemos está quebrando a cabeça dos dirigentes da entidade que comanda o atletismo brasileiro

Ana Claudia Lemos

A velocista Ana Claudia Lemos terá sua suspensão encerrada às vésperas da Rio-2016 (Crédito: Wagner Carmo/Inovafoto)

A CBAt (Confederação Brasileira de Atletismo) está diante de uma situação delicada a respeito do que fazer em relação à velocista Ana Claudia Lemos, que cumpre suspensão de cinco meses por doping, pelo uso da substância Oxandrolona (anabolizante). A punição terminará no próximo dia 2 de julho, ainda em tempo da entidade poder inscrever uma das principais velocistas do Brasil na equipe que disputará os Jogos Olímpicos Rio 2016.

Sem ter mais como obter um lugar nos 200 m, pois as três vagas previstas já estão preenchidas e ela não estará apta para competir no Troféu Brasil (entre 30 de junho e 3 de julho), resta para Ana Claudia torcer para que ninguém supere sua marca nos 100 m, cuja  prova ela obteve o índice em 2015.

>>> E mais: Precisamos falar sobre o doping de Ana Claudia Lemos

E justamente diante desta possibilidade que a CBAt admite não saber como irá proceder. Durante um encontro com jornalistas nesta terça-feira (7), o presidente da entidade, José Antonio Fernandes, o Toninho, disse que prefere esperar um pouco mais antes de tomar uma decisão, que envolve tanto o aspecto técnico quanto o legal.

“Não temos como saber se iremos convocá-la, pois mesmo que esteja liberada, ainda precisamos aguardar uma posição da Iaaf”, afirmou Toninho. Após o polêmico resultado do julgamento do STJD do atletismo, quando saiu a punição de apenas cinco meses, tanto a ABCD (Agência Brasileira de Controle de Doping) quanto à Wada (Agência Mundial Antidoping) decidirão levar o caso para à Iaaf (Associação das Federações Internacionais de Atletismo). O objetivo é pedir uma pena mais dura para a brasileira.

>>> Veja ainda: O jogo sujo do doping é uma séria ameaça na Rio 2016

Mas e se a Iaaf acatar o resultado do julgamento ocorrido no STJD? A CBAt ainda assim levaria uma atleta que desde fevereiro, quando o caso foi anunciado, foi demitida de seu clube (BM&F), não teve renovada sua Bolsa Pódio e tem treinado sozinha das companheiras de equipe?

“Pois é, seria uma situação complicada, por isso prefiro esperar o posicionamento da Iaaf antes de conversar com os demais integrantes da diretoria e também com a parte técnica. Precisamos ver o que ela poderá contribuir para a equipe”, disse Toninho. Mas mesmo planejando levar cerca de 65 atletas para a Rio-2016 (atualmente 53 estão com índice), que seria a maior delegação de atletismo do Brasil nas Olimpíadas, o dirigente pensaria duas vezes em chamar Ana Claudia.

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