Por ser o país-sede dos próximos Jogos Olímpicos, o Brasil já tinha direito antecipadamente a quatro vagas no taekwondo para competir no Rio de Janeiro em 2016. Após este sábado (5), a modalidade já conhece a dona da primeira destas vagas. Ao conseguir terminar a temporada de 2015 no ranking de qualificação olímpica entre as seis primeiras colocadas, a carioca Iris Tang Sing conseguiu cravar sua classificação para as Olimpíadas do ano que vem, na categoria até 49 kg.
A qualificação de Iris, que nesta temporada obteve a medalha de bronze nos Jogos Pan-Americanos de Toronto 2015 e no Mundial de Taekwondo, além de ter sido ouro nos Jogos Mundiais Militares, veio mesmo com uma derrota no Grand Prix da Cidade do México, realizado neste final de semana. Ela foi derrotada pela francesa Yasmina Aziez no golden point, logo em sua luta de estreia, mas terminou a competição na quinta posição e somou os pontos necessários para fechar o ranking olímpico na sexta e última vaga.
As adversárias que brigavam pela classificação diretamente com a brasileira não conseguiram a pontuação necessária. As seis classificadas pelo ranking olímpico da WTF (Federação Mundial de Taekwondo) ao final do Grande Prix são Jingyu Wu (China), Lucija Zaninovic (Croácia), Yasmina Aziez (França), Panipak Wongpattanakit (Tailândia).
A lista completa de atletas brasileiros já classificados para as Olimpíadas pode ser conferida no site do COB (Comitê Olímpico do Brasil).
As vagas à disposição da CBTKD (Confederação Brasileira de Taekwondo) para os Jogos do Rio 2016 são nas categorias 49 kg e 57 kg, no feminino, e 58 kg e acima de 80 kg, no masculino. Como Iris Sing já definiu sua vaga pelo ranking olímpico, a seletiva olímpica nacional, que acontecerá no início de 2016, sua reserva será definida pela comissão técnica da seleção.
No início do ano, o taekwondo do Brasil viu-se envolvido em uma grande polêmica, quando o ex-campeão do UFC, Anderson Silva, que está suspenso por doping, escreveu numa carta à CBTKD, dizendo que gostaria de disputar um lugar na equipe olímpica para o Rio 2016, lembrando que seu esporte de origem nas artes marciais havia sido o taekwondo.
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A confederação fez até coletiva com o “Spider”, que voltou a pedir uma chance para participar da seletiva. A tentativa, porém, não pegou bem junto aos atletas (Anderson deveria disputar na categoria acima de 80 kg) e também nas autoridades que cuidam do combate ao doping no Brasil, que se mostraram preocupadas com o fato de um atleta punido por doping obter uma qualificação olímpica. No final, depois de um tempo sem dar sinal de vida, o empresário de Anderson Silva disse que o lutador tinha desistindo de disputar a seletiva, revoltando o presidente da CBTKD, Carlos Fernandes.