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Estamos prestes a iniciar o segundo semestre de 2015, penúltimo do ciclo olímpico que irá se encerrar no ano que vem, com a realização das Olimpíadas do Rio de Janeiro. E neste período, que se iniciou em 2013, já é possível perceber algumas importantes mudanças no esporte olímpico brasileiro: nunca uma quantidade de conquistas inéditas tão grande ocorreu em um espaço tão curto de tempo.
Movidos em boa parte pelos milhões despejados por projetos do governo federal (leis de incentivo, Bolsa-Pódio, Bolsa-Atleta), de olho na meta de ficar no top 10 do quadro de medalhas do Rio 2016, tanto o COB (Comitê Olímpico do Brasil) quanto as confederações vem investindo pesado no esporte de alto rendimento, com uma diferença a ser destacada. Nos dois últimos anos, modalidades que pouco tinham representatividade em nível internacional, passaram a colecionar feitos nunca antes alcançados.
O último deles veio neste domingo, com a medalha de bronze da seleção brasileira masculina de polo aquático na Super Final da Liga Mundial, ao vencer os Estados Unidos na cobrança de pênaltis. Nas 14 edições em que a competição foi realizada, a melhor posição alcançada pelo Brasil havia sido o sétimo lugar. Há quem questione o mérito deste feito, em razão da presença de cinco atletas naturalizados na seleção, além do técnico croata Ratko Rudic, comparando com o mesmo caso da seleção masculina de handebol do Catar, vice-campeã mundial este ano, repleta de atletas “importados”.
Um questionamento bastante discutível, em minha opinião, conforme já explicado em post da semana passada, logo após a histórica vitória da seleção masculina sobre a Croácia, atual campeã olímpica, pela Liga Mundial.
Por mais que se discuta o valor de se preocupar apenas com o esporte de alto rendimento em detrimento ao esporte de base (e isso precisa ser discutido de fato), por mais que se coloque em dúvida se haverá algum tipo de legado que esta preocupação com os resultados de 2016 trará ao esporte do Brasil, não se pode deixar de destacar estas conquistas listadas abaixo. Há um movimento ocorrendo sim no universo olímpico do país. Se forem bem trabalhadas, com competência e responsabilidade, o tal legado será sim positivo.
Cabe à imprensa cobrar esse legado nos próximos anos.
Conquistas inéditas do esporte olímpico do Brasil no atual ciclo olímpico
- Título mundial feminino do handebol em 2013
- Medalha de bronze de Isaquias Queiroz na canoagem velocidade C1 1.000 m no Mundial de 2013
- Título mundial de Poliana Okimoto na maratona aquática em 2013
- Medalha de prata de Yane Marques no Mundial de pentatlo moderno de 2013
- Título mundial de Arthur Zanetti nas argolas, durante o Mundial de ginástica artística em 2013
- Medalha de prata de Aline Silva no Mundial de lutas associadas na categoria luta feminina, em 2014
- Medalha de prata de Marcus Vinicius D’Almeida na Copa do Mundo de tiro com arco, em 2014
- Medalha de bronze do polo aquático masculino na Liga Mundial de 2015