Falar em decepção para definir a participação da brasileira Isadora Williams no programa livre da patinação artística da Olimpíada de PyeongChang é cometer no mínimo uma bela injustiça.
Claro que a queda da patinadora do Brasil, somada a outras falhas técnicas apresentadas na noite desta quinta-feira – manhã de sexta (23) na Coreia do Sul – foram decisivas para uma nota muito ruim, 88.44 pontos. Nesta temporada, Isadora já havia cravado 100.77 no programa livre.
E a sensação de frustração aumenta ao relembrarmos a ótima performance da brasileira há dois dias, quando ficou em 17º lugar no programa curto. Por isso, as lagrimas contidas e o discurso de lamentação da patinadora ao canal Sportv, precisam ser encaradas como algo natural. Até mesmo a dúvida se tentará ir para a Olimpíada de Inverno de 2022, em Pequim, não pode ser levada muito a sério.
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Daqui a alguns dias, Isadora Williams certamente irá refletir na grandeza de seus feitos em PyeongChang. Não apenas para sua própria carreira, mas também para a patinação artística da América do Sul. Até esta Olimpíada, nenhuma brasileira ou mesmo sul-americana havia alcançado o programa livre, ou seja, a disputa de medalhas nos Jogos.
Se nesta quinta-feira muita gente ficou diante da TV para acompanhar um esporte sem qualquer tradição por aqui, o mérito é todo de Isadora Williams.
Decepção, definitivamente, não é uma palavra que pode ser usada para definir o que ela fez nesta Olimpíada.
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