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As lições aprendidas com o goalball feminino fora de Paris

Depois de bicampeonato no Parapan, seleção feminina fica com o bronze em Santiago-2023 e foca em ciclo de LA-2028

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(Felipe Zanca/Parapanamericanos Stgo 2023)

O goalball brasileiro sempre esteve entre as principais forças do planeta. Nas Américas, as seleções feminina e masculina se consolidaram como referências para as equipes do continente. Nesta edição dos Jogos Parapan-Americano, ambas entraram na competição como favoritas por terem conquistado os títulos, pelo menos, nas últimas duas edições do evento. Contudo, o time feminino acabou sendo superado pelo excelente Canadá na semifinal e não conseguiu o tricampeonato.

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O revés diante das canadenses, que se sagraram campeãs na final contra os Estados Unidos, acabou com uma campanha quase perfeita na primeira fase. No grupo B, o Brasil enfrentou Argentina, Guatemala e México. Venceu todos os jogos, marcou 27 vezes e só foi vazado três. Em seguida, nas quartas, fez game no Peru com o placar de 12 a 5.

Além disso, o “pior estrago” de todos, foi a perda da vaga para os Jogos Paralímpicos de Paris-2024. Somente as campeãs garantiram a classificação. Dessa forma, a equipe brasileira teve que se recuperar da frustração para o duelo contra a Argentina, valendo o bronze. Com autoridade, o Brasil venceu por 10 a 0.

“Ontem, a gente teve que virar a chave porque, infelizmente, não conseguiu o nosso objetivo, que era trazer a vaga para o Brasil. Porém, hoje foi um momento muito importante da gente conseguir se erguer e mostramos essa excelência dentro de quadra”, disse Ana Carolina Duarte.

O trabalho continua

Ao final da partida contra a Argentina, as jogadoras se emocionaram e comemoraram bastante. Apesar da frustração de ter ficado de fora dos Jogos Paralímpicos, encerrar a competição com a medalha de bronze pareceu mais importante para a confiança da equipe.

Jogadoras emocionadas após o apito final da medalha de bronze
Foto: Washington Alves/CPB

“Foi uma trajetória que não começou aqui, começou lá atrás. Foi todo um trabalho. Muito investimento, muito suor derramado para a gente chegar até aqui. E tiveram muitas pessoas que contribuíram para a nossa preparação. Muitos atletas, preparador físico, toda a comissão, familiares”, ressaltou Ana Carolina. 

Um passo para trás

Ana Carolina Duarte é uma das principais referências da equipe brasileira. A carioca de 36 anos já acumula diversos títulos com o Brasil. Inclusive, esteve presente nas campanhas do bicampeonato dos Jogos Parapan-Americanos, assim como dos bronzes nos Jogos Mundiais IBSA deste ano e do Mundial de 2018. 

Ana Carolina Duarte em partida do Brasil nos Jogos Parapan-Americanos
Ana Carolina Duarte (Foto: Miriam Jeske/CPB @miriamjeske_ @ocpboficial)

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“A gente tem vitórias na vida, conquistas e as derrotas vêm para ensinar algo. Tanto para os atletas, os dirigentes, comissão técnica. Então, acredito que o trabalho vai ter que ser revisto para dar um passo para trás, mas pra lá na frente a gente caminhar mais forte”, concluiu a Ala.

Jornalista recifense formado na Faculdade Boa Viagem apaixonado por futebol e grandes histórias. Trabalhando no movimento olímpico e paralímpico desde 2022.

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