Uma campanha impressionante da natação brasileira nos Jogos Parapan-Americanos se encerrou nesta sexta-feira (24). Ao todo, a seleção nacional da modalidade subiu ao pódio 120 vezes nos sete dias de competição. Destrinchando a soma, são 67 de ouro, 30 de prata e 23 de bronze. Além disso, nem entraram no cálculo a quantidade de recordes do evento pelos brasileiros.
+ Veja o quadro de medalhas dos Jogos Parapan-Americanos
No meio disso tudo, um nome se destaca. Douglas Matera venceu todas as provas que disputou e terminou como o maior campeão de Santiago-2023. O brasileiro de 30 anos conseguiu medalhas de ouro nos 100m borboleta, 100m costas, 100m livre na S12; os 200m medley na SM13; os 50m livres e 400m livres na S13. Além disso, nos revezamentos 4x100m medley misto 49 pontos e 4x100m livre misto a medalha também veio dourada.
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“Na verdade, a meta era nadar o máximo de provas que estivesse aberto, sabendo que eu iria ter uma performance competitiva. A gente estabelece metas claras e objetivas, mas não eram oito ouros a meta. Acho que era dar o melhor possível e esperar para ver o que vinha. Nem sempre as coisas dão certo, mas quando dão, temos que comemorar”, revelou Douglas.
Curta carreira
Um início avassalador. Esse pode ser um resumo dos primeiros cinco anos de carreira de Douglas Matera na natação paralímpica. Desde jovem, o carioca era atleta olímpico do esporte. Contudo, acabou se afastando por conta de sua perda de visão. As coisas mudaram nas Paralimpíadas do Rio-2016, quando torceu pelo seu irmão Thomaz Matera.
“Meu início na natação paralímpica foi muito incentivado pelo meu irmão. Depois dos Jogos Rio-2016, em que fiquei lá na arquibancada torcendo por ele. Em 2019, a gente nadou junto nessa prova, e ficamos no pódio. Agora, quatro anos depois, estamos repetindo a história. É muito bom conquistar esse campeonato em família”, revelou Douglas. Ele o irmão fizeram dobradinhas em Santiago.
Pés no chão em Paris
Com as oito medalhas conquistadas em Santiago-2023 e somando as três de Lima-2019, Douglas Matera tem 11 pódios em apenas duas edições de Parapan. Além disso, o nadador ainda coleciona mais quatro medalhas em Campeonatos Mundiais e uma prata no revezamento dos Jogos Paralímpicos de Tóquio-2020. Apesar disso, o nadador mantém os pés nos chão quando o assunto é Paris.
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“A gente já conquistou algumas coisas pelo caminho e isso nos deu a certeza de que é possível conquistar. Ao mesmo tempo uma responsabilidade de não se acomodar, de estar sempre buscando melhorar”, disse Douglas.