Além da chuva de medalhas, a natação brasileira dos Jogos Parapan-Americanos de Santiago-2023 tem proporcionado muitas belas histórias. Assim como as irmãs Carneiro e os primos Oliveira, a família de Douglas e Thomaz Matera fez a festa nesta edição. Neste domingo, segundo dia de provas, os irmãos repetiram a façanha de Lima-2019 e voltaram a dividir o pódio.
Nos 100m borboleta da classe S12, Douglas Matera dominou a prova e conquistou seu segundo ouro nesta edição do Parapan. O carioca de 30 anos fechou a distância marcando 59s98. Dessa forma, estabeleceu um novo recorde do evento e superando a marca feita pelo seu irmão em Lima-2019. Campeão da última edição, Thomaz fez 1min04s69 e levou o bronze.
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“É bom né? A gente está sentindo esse gostinho mais uma vez, quatro anos depois. É bom lembrar dessa experiência”, disse Thomaz, que chegou a Santiago já possuindo quatro medalhas em Parapan. Além disso, o nadador já disputou as Paralimpíadas e conquistou títulos no Campeonato Mundial.
Inspirado no irmão
Além disso, Thomaz serviu de inspiração para Douglas entrar na natação paralímpica. Os irmãos nasceram com retinose pigmentar, uma mutação genética hereditária, que causa perda gradual de visão. O irmão mais velho se tornou atleta de alto rendimento primeiro, enquanto o mais novo deixou de praticar ainda jovem. Contudo, decidiu retornar ao esporte após os Jogos Paralímpicos no Brasil.
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“Meu início na natação paralímpica foi muito incentivado pelo meu irmão. Depois dos Jogos Rio-2016, em que fiquei lá na arquibancada torcendo por ele. Em 2019, a gente nadou junto nessa prova, e ficamos no pódio. Agora, quatro anos depois, estamos repetindo a história. É muito bom conquistar esse campeonato em família”, ressaltou Douglas. Com a conquista deste domingo, ele já soma duas medalhas de ouro nesta edição dos Jogos Parapan-Americanos.