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Paulo Salmin sai da zona de conforto para chegar em Paris 2024

Paulo Salmin muda jeito de jogar e passa por cima de lesão no fêmur para conquistar o tricampeonato no Parapan e vaga paralímpica

Paulo Salmin emocionado com medalha no tênis de mesa do Parapan de Santiago-2023
Foto: Cris Mattos/CPB

Adversidades é uma palavra comum na vida de qualquer atleta. Para o multicampeão do tênis de mesa, Paulo Salmin, não é diferente. Para conquistar o tricampeonato no individual dos Jogos Parapan-Americanos, o paulista de Barra Bonita decidiu sair da zona de conforto e mudar seu jeito de jogar. Além disso, ainda teve que passar por cima de um problema físico, que lhe deixou longe da mesa antes do torneio. 

“Venho numa crescente grande desde o ano retrasado. Dei uma reformulada no meu jogo. Tive que dar uma descida para depois subir. Tem hora que a gente se questiona, para o ser humano é difícil sair da zona de conforto e se reinventar”, disse o Paulo Salmin. Depois de Tóquio, o atleta mudou a forma que rebate bola no backhand. 

O tricampeonato individual grande resultado após essa mudança. Isto porque a vitória diante do compatriota Israel Stroth o garantiu Paulo Salmin em mais uma edição dos Jogos Paralímpicos. “Quando acordei de manhã, falei no quarto que parecia o primeiro. A gente sofre, a gente é intenso, a gente é muito Brasil. É um torneio diferente, uma atmosfera diferente, além de valer a vaga”, confessou.

Superando edema

Além da adaptação ao novo jeito de jogar, Paulo Salmin também precisou superar um grave problema às vésperas dos Jogos Parapan-Americanos de Santiago. No mês passado, o paulista mal conseguiu treinar, pois sofreu com uma lesão perna e ficou um período considerável da mesa.

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“Tinha um edema no acetábulo, na cabeça do fêmur. Foi cogitado até não jogar, os médicos em cima. Fiquei quase três semanas sem treinar, parado totalmente. Só podia treinar saque. Não podia nem mesmo bater bola direito, porque não havia tempo para recuperar. Mas o esporte de alto rendimento é isso. O nosso corpo é nosso material de trabalho”, disse. 

Jornalista recifense formado na Faculdade Boa Viagem apaixonado por futebol e grandes histórias. Trabalhando no movimento olímpico e paralímpico desde 2022.

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