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Brasil vai ao Chile com renovação no tênis de mesa

Ao todo, oito integrantes da seleção brasileira serão estreantes em Jogos no Parapan de Santiago-2023

Sophia Kelmer, uma das estreantes no Parapan de Santiago (Foto: André Soares/CBTM)
(Foto: André Soares/CBTM)

A seleção brasileira embarca para o Chile no próximo domingo (12) para a disputa do Parapan de Santiago com muitas novidades. Ao todo, quase um terço da delegação é composta de estreantes em Jogos Parapan-Americanos: Allana Maschio (Classe 9) e Sophia Kelmer (Classe 8), no feminino, e Cadu Moraes (Classe 5), Fábio Silva (Classe 3), Gabriel Antunes (Classe 10), Jean Mashki (Classe 8), Lucas Arabian (Classe 5) e Thiago Gomes (Classe 11), entre os homens.
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Entre os atletas que estavam na delegação brasileira dos Jogos de Lima-2019, apenas 17 dos 30 integrantes daquele grupo estarão novamente em Santiago. Ou seja, pouco mais de 50%. Somente um atleta, o medalhista paralímpico Israel Stroh, retorna ao grupo após ausência em Lima. Na ocasião, a comissão técnica optou por poupá-lo, pois já estava em situação confortável para classificar-se para os Jogos Paralímpicos de Tóquio. Paulo Salmin foi o campeão no Peru e também garantiu sua vaga.

Sophia Kelmer, a mais jovem e promissora

O grupo de oito debutantes é composto de atletas bem jovens e uma curiosidade chama a atenção: a mais nova da turma, a carioca Sophia Kelmer, de 15 anos, é também uma das mais vitoriosas. Já conquistou medalha no último Mundial, disputado em Granada, no ano passado, sendo a medalhista mais jovem de todos os tempos no tênis de mesa paralímpico do Brasil.

“Ainda não me considero tão experiente assim. Estou com 15 anos e já tive sim, a oportunidade de participar de vários campeonatos internacionais, onde me destaquei, mas sei que tenho muito a evoluir. Participar de um Parapan é uma realização muito grande, me deixa muito orgulhosa, sabendo que é uma das principais competições a nível mundial, e tenho a certeza de que darei o meu melhor”, diz a atleta.

Outro mesa-tenista que já conquistou o mundo é Lucas Arabian. Bronze no último Mundial, começou a se destacar no ano do Parapan de Lima e entrou na Seleção permanente logo depois das Paralimpíadas de Tóquio. “Apesar de um ter participado de competições importantes do Circuito Mundial, entrei há pouco tempo no tênis de mesa internacional, apenas dois anos. E tem gente que vai jogar o Parapan que tem 15, 20 anos de tênis de mesa. Pelo fato de um ter participado de Mundial e Parapan de Jovens, me acrescenta muito. Eu já senti o peso de uma competição importante”, explicou o jovem brasileiro.

Importância do Parapan de Jovens

O Parapan de Jovens é um dos segredos da grande renovação brasileira. O tênis de mesa paralímpico do Brasil se preparou para essa competição e realizou períodos de treinamentos intensivos no Centro Paralímpico Brasileiro, em São Paulo-SP. Cadu Moraes, Lucas Arabian, Jean Mashki, Sophia Kelmer e Gabriel Antunes participaram do evento, disputado em Bogotá, na Colômbia, no último mês de junho.

“A oportunidade que tive em participar do Parapan de Jovens na Colômbia, onde fui a porta-bandeira do Brasil, me mostrou como é participar de um evento dessa dimensão. Com muitos esportes acontecendo ao mesmo tempo, uma energia contagiante, que me mostrou um ambiente muito bacana. Vou entrar mais preparada por ter ido no Parapan de Jovens e ter tido essa vivência que com certeza irá me dar uma base para o que virá no Parapan adulto”, reconhece Sophia Kelmer.

*Com informações da Confederação Brasileira de Tênis de Mesa

Jornalista capixaba formado na PUC-SP e amante dos esportes olímpicos e paralímpicos.

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