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Santiago 2023

Brasileiros fazem história com campanha no breaking

Rato, Mini Japa e Leony pararam nas quartas de final em campanha histórica do breaking brasileiro no seu primeiro evento multiesportivo

Leony, Rato e Mini Japa após classificatória do breaking nos Jogos Pan-Americanos de Santiago-2023
Leony, Rato e Mini (Foto: Yusseff Abrahim/MEsp)

Rato, Mini Japa e Leony encerraram a campanha do Brasil no breaking dos Jogos Pan-Americanos de Santiago-2023. Somando a participação de Nathana na primeira fase, os quatros se tornaram os primeiros atletas brasileiros da modalidade na sua estreia em eventos multiesportivos. De olho na vaga olímpica para o campeão deste sábado (4), os três acabaram parando nas quartas de final.

+Breaking nos Jogos Pan-Americanos de Santiago-2023

“Infelizmente, eu peguei um dos melhores. Mas é uma parada que vai fazer a gente crescer bastante. Então, estar nesse palco com pessoas que já são grandes no cenário do breaking, vai trazer muita coisa para gente, muita experiência. Top-8 das Américas é muita coisa, principalmente perdendo dos EUA, que é o pioneiro”, disse  Gilberto Araújo, o Rato. O B-boy dançava em semáforos para obter renda em casa antes de entrar na seleção brasileira.  

Rato foi o último brasileiro a entrar nas quartas de final. Ele fez uma linda apresentação na batalha contra o estadunidense Jeffro, que avançou vencendo os dois rounds. Anteriormente, Leony havia perdido do mesmo jeito para Phil Wizard, do Canadá. A Mini Japa caiu diante de La Vix, também dos Estados Unidos.

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“Antes do âmbito olímpico, a gente não tinha contato com competições tão grandes, porque sair do Brasil é complicado. Agora, a gente está começando a colocar o breaking nesse cenário. A gente tem o nosso lugar e ele estabelecido”, completou. 

Superação

Assim como Rato, Mini Japa também enfrentou dificuldades antes de competir profissionalmente no breaking. Dançando desde os 16 anos, a paraense acordava às 4h para vender café, pão e bolo como ambulante em Belém. “Quando começou isso tudo, eu não era nem a primeira, nem a segunda nem a terceira opção. Tive que lutar por este lugar tanto na seleção quanto para estar no Pan”, ressaltou a B-girl após avançar às quartas de final.

Também de Belém, Leony era ex-reparador de bicicletas. “Hoje tenho amigos no meu bairro fechando bar para me assistir e minha família inteira reunida numa casa. Isso é incrível demais pra cena e só me dei conta ao chegar aqui, com a quantidade de mensagem no meu celular”, destacou.

*Com informações do Ministério dos Esportes

Jornalista recifense formado na Faculdade Boa Viagem apaixonado por futebol e grandes histórias. Trabalhando no movimento olímpico e paralímpico desde 2022.

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