Numa disputa emocionante no Centro Aquático de Santiago, o Brasil venceu de virada a Argentina e conquistou a medalha de bronze no polo aquático feminino dos Jogos Pan-Americanos. Foi a sexta vez que a seleção feminina terminou em terceiro no Pan. Com o resultado, a seleção brasileira está classificada para disputar o Mundial de Esportes Aquáticos, em fevereiro do ano que vem, em Doha, no Catar.
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“Foi um jogo realmente duro. A gente sabia que seria um jogo muito difícil, mas a gente lutou até o final. Sabíamos que ai ser um jogo de quatro quartos e não só de um. Mantivemos a concentração nisso. Foi um jogo que a gente ficou atrás o tempo inteiro, mas ter a virada nos últimos minutos foi gratificante”, afirmou a goleira Thatiana.
Foi a sexta vez que o Brasil conquistou a medalha de bronze no polo aquático feminino em Jogos Pan-Americanos. Antes de 2023, o país ficou em terceiro lugar em Winnipeg-1999, Santo Domingo-2003, Guadalajara-2011, Toronto-2015 e Lima-2019. Curiosamente, a única vez que ficou fora do pódio foi no Rio-2007.
“Medalha é medalha, não importa qual é a cor ainda mais nos Jogos Pan-Americanos, que são uma das competições mais importante para nós do polo. Por isso, trazer a medalha para o Brasil é muito importante”, explica Thatiana .
Time de futuro
“Foi a melhor coisa que aconteceu. A gente estava esperando isso há muito tempo. Estamos com um time muito novo. Viemos para conseguir a medalha e conseguimos”, comemorou a jogadora Rebecca. “Muitas meninas estão pela primeira vez na seleção adulta. A probabilidade desse time crescer é muito grande. Mas é o que eu falei: se não tem investimento, não tem mudança de cor de medalha. Nosso Brasil ainda tem que aprender muito sobre isso, mas a gente mostrou hoje que não importa a idade, não importa quem seja, a gente consegue ir para cima com garra e concentração e fazer nosso jogo”, disse Thatiana.
Para completar, Rebecca ressaltou o tempo de preparação da equipe para alcançar a medalha de bronze. “Foi gratificante ganhar essa medalha. Só a gente sabe o que a gente passou. A gente treinou um mês na Europa juntas. Só ficamos dois dias em casa e voltamos. Estávamos muito focadas no nosso objetivo e conseguimos a medalha”.
O jogo
O primeiro período foi de equilíbrio, mas a Argentina conseguiu terminar a frente no placar, vencendo por 3 a 2. No segundo, as adversárias apertaram o ritmo e chegaram a abrir dois gols de vantagem em dois momentos, mas o Brasil conseguiu reduzir a diferença no final para ficar apenas um atrás: 6 a 5.
No terceiro quarto, o Brasil teve algumas chances de empatar e chegou a mandar, inclusive, uma bola na trave. Mas, faltando pouco mais de dois minutos, Maria Canda marcou o terceiro gol na partida e fez 7 a 5 para a Argentina. Mas, antes do fim do período, as brasileiras voltaram a descontar com um golaço de Kemily.
Virada
No último quarto, o Brasil chegou ao empate com menos de 30 segundos de jogo com um belo gol de Samantha em arremesso feito da ponta direita. A virada veio logo em seguida no contra-ataque. A goleira Thatiana lançou para Samantha avançar e marcar 8 a 7 para as brasileiras.
“No último quarto a gente conversou, fomos para cima, empatamos, viramos
Em cobrança de penalidade a 4min20s do fim, Magali Bacigalupo empatou de novo para a Argentina. Mas outra vez Samantha, soltando o braço de gancho, colocou o Brasil de novo na frente. Nos minutos finais, as brasileiras chegaram a abrir dois gols, mas as argentinas reduziram de novo. Por fim, vitória por 10 a 9 e medalha de bronze garantida.