Marlene Santos entrou para a história do atletismo brasileiro ao conquistar a primeira medalha feminina nos 400 m com barreiras dos Jogos Pan-Americanos. A carioca de 24 anos cruzou a linha de chegada, nesta sexta-feira no Estádio Nacional, em Santiago, em segundo lugar com a marca de 57s18, mas a primeira colocada Gianna Woodruf, que tinha cravado 56s44, foi desclassificada. Com isso, a brasileira herdou o ouro. A costarriquenha Daniela Rojas ficou com a prata e Michelle Smith, das Ilhas Virgens, com o bronze. No masculino, Matheus Lima, de apenas 20 anos, ficou em segundo lugar na versão masculina da prova com 49s69. O vencedor foi Jaheel Hyde, da Jamaica, com 49s19, e a o cubano Yoao Illas terminou em terceiro.
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“Não sabia dessa informação (de que era a primeira medalha do Brasil na história da prova) e fico até mais feliz por fazer parte dessa história. Eu estou muito feliz porque é uma competição para a qual a gente trabalhou bastante. Estou com o objetivo para a Olimpíada. Eu não tive um ano muito bom. Infelizmente, por questões psicológicas, eu não me saí muito bem no Troféu Brasil, mas na Universíade eu consegui o tempo que me trouxe para cá. Acho que essa medalha vem em forma de gratidão pela entrega que estou tendo. Fico muito feliz por subir no pódio em meus primeiros Jogos Pan-Americanos e fazer história também para o Brasil”, comemorou, emocionada, Marlene Santos.
A medalhista brasileira chegou aos Jogos Pan-Americanos embalada pelo resultado obtido na Universíade. Com o melhor tempo da carreira, 56s45, ela conquistou a medalha de prata em Chengdu. Mas em Santiago, ela estava em quarto lugar na última parte da curva final e foi beneficiada pelo fato da cubana Zurian Hechavarría ter tropeçado numa barreira. Em terceiro lugar na pista, Marlene Santos ganhou a disputa com Daniela Rojas para conquistar chegar em segundo. Com a desclassificação de Gianna Woodruf, entretanto, se tornou campeã pan-americana.
Irregularidade
A atleta da República Dominicana foi desclassificada depois que os juízes revisaram os vídeos da prova. Gianna Woodruf cometeu uma irregularidade ao passar pela nona barreira da prova. Segundo o documento em que a punição foi anunciada, ela infringiu a “regra 22.6.2, já que sua movimentação em efeito empurrou a barreira em vez de passar pela barreira como é exigido”.
A conquista de Marlene Santos foi uma surpresa não só pela eliminação da campeã, mas também belo fato de que ela não era a brasileira mais cotada. Campeã dos Jogos Pan-Americanos Júnior em 2021 e medalha de prata nos Jogos Sul-Americanos em 2022, Chayenne Silva não conseguiu, no entanto, completar os 400 m com barreiras. Aproximadamente na metade da prova, ela sentiu uma lesão muscular que a impediu de completar a prova.
Prata também no masculino
Com a ausência do atual campeão, Alisson dos Santos, que preferiu se preparar para os Jogos Olímpicos a vir para Santiago, o vencedor dos 400 m com barreiras foi o jamaicano Jaheel Hyde. Mas o cearense Matheus Lima, de apenas 20 anos honrou a tradição do Brasil na prova e conquistou a medalha de prata.
Dono de 49s15 como melhor marca da carreira, obtida em março em São Paulo, Matheus Lima ficou satisfeito com a marca que lhe deu o segundo lugar. O atleta recentemente deixou o Nordeste para treinar com Sanderlei Parrela, no Pinheiros. Apenas há apenas pouco mais de um ano ele começou a treinar em pistas oficiais de atletismo.
Além de Matheus Lima, o experiente Márcio Teles, de 29 anos, também participou dos 400 m com barreiras masculino, e terminou a prova na sétima colocação com 50s80.
Ausência nos 10.000 m
Recordista sul-americano da maratona, Daniel Nascimento estava escalado para disputar os 10.000 m rasos dos Jogos Pan-Americanos. O atleta de 25 anos, no entanto, não apareceu para disputar a prova porque se enganou com o horário do ônibus para sair da Vila Pan-Americana e chegou atrasado no Estádio Nacional. Sem o brasileiro, o domínio foi completo dos Estados Unidos, que ganhou ouro e prata, respectivamente, com Isai Rodriguez e Samuel Chelanga. Alberto Gonzalez, da Guatemala, conquistou o bronze.
800 m rasos feminino
Na prova que abriu o dia de competições do atletismo no Estádio Nacional, em Santiago, a brasileira Jaqueline Weber se classificou para a final dos 800 m rasos com o segundo melhor tempo entre as 11 atletas que participaram da prova.
Jaqueline Weber completou a distância em 2min04s12. A melhor marca foi a cubana Rose Almanza, que avançou para a disputa de medalhas na primeira colocação. A final será disputada neste sábado às 19h.
A brasileira de 28 anos foi medalha de prata nos 800 m e nos 1500 m rasos nos Jogos Sul-Americanos, disputados ano passado em Assunção.