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Santiago 2023

Brasil não perdoa anfitriões e impõe 51 pontos no basquete

Seleção masculina conquista a segunda vitória diante de uma vibrante torcida, que não parou de apoiar os donos da casa mesmo com um passeio em quadra. Classificação na mão e olho na semifinal

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(Natan Pires/Tailgate Zone)

Santiago – O Brasil passou por cima do Chile sem dó e chegou à segunda vitória no torneio de basquete masculino dos Jogos Pan-Americanos de Santiago. Aplicou sonoros 94 a 43 nos anfitriões na noite desta quarta-feira (1º), dentro de um ginásio lotado e vibrante no complexo do Estádio Nacional. Assim, o time comandado pelo técnico Gustavo de Conti segue sem ver adversários na competição e na prática garante vaga nas semifinais, ainda que não matematicamente.

Antes de Brasil e Chile, na outra partida do dia na chave, o México ganhou de Porto Rico por 82 a 72. Desta forma, o Brasil lidera com duas vitórias. Porto Rico, que bateu o Chile na primeira rodada, e México têm uma, e os já eliminados chilenos estão zerados. O saldo de cestas do time brasileiro é muito superior ao dos rivais e não há derrota crível que tire a vaga na próxima fase.

Na última rodada da fase de grupos, nesta quinta (2), Brasil pega Porto Rico a partir das 17h30 e, às 20h, tem México e Chile. Os dois melhores avançam e fazem o chamado cruzamento olímpico contra quem vier do Grupo A no torneio masculino. Lá, estão Argentina, atual campeã dos Jogos Pan-Americanos, além de Venezuela, Panamá e República Dominicana.

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(Luis Hidalgo/ Santiago 2023 via Photosport)

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33 a 0

O Brasil começou castigando de fora. As quatro primeiras cestas foram de três, duas com Gui Deodato e outras duas com Didi Louzada e Lucas Dias. Lucas quase colocou a quinta seguida, mas ela rodou e saiu. Curiosamente, Márcio pegou o rebote embaixo da cesta, anotou a primeira de dois e sofreu falta. Antes do lance livre, o Chile tomou uma falta técnica convertida por Lucas Dias. A seguir, Márcio também matou o lance de bonificação e a seleção fez um ataque de quatro pontos impondo 16 a 7 no placar.

O passeio começou a tomar forma ali. O Chile não sabia o que fazer no ataque e não via o Brasil na defesa. A três minutos do fim do primeiro quarto, o marcador estava em 27 a 7. O técnico anfitrião parou o jogo e conseguiu quebrar um pouco do atropelo. Enquanto isso, Gustavinho começava a rodar os titulares e o time que encerrou os primeiros dez minutos já era totalmente diferente do que começou. Após uma corrida de 24 a 0, o Brasil fechou o quarto vencendo por 33 a 7. A corrida não terminou tão cedo e foi até 33 a 0. Eles só voltaram a pontuar a 5min17 do final do segundo quarto num lance livre.

Que pecado!

A torcida, vale o destaque, seguia apoiando os atletas da casa com a mesma vibração de antes de a bola subir e foi premiada com um lance apoteótico no final do primeiro tempo. O pequenino camisa nove Sebastián Carrasco, vendo o cronômetro se aproximar do fim, mandou a bola lá da quadra de defesa, bem atrás do meio. Ela caiu direto e levantou o ginásio. Lamentavelmente o arremesso saiu depois do relógio zerar, os três pontos não foram computados e o placar ficou nos 53 a 15.

Protocolar

Se o basquete tivesse regra de misericórdia, ela poderia ser tranquilamente aplicada no intervalo. O segundo tempo seguiu um roteiro ainda mais doído para os donos da casa, já que a diferença era também física. Assim, as cestas foram caindo, praticamente só para um lado, até que o jogo terminou sem nem ter, realmente, começado. Para os torcedores, o placar pouco importou. Aplaudiu efusivamente os bravos representantes do basquete masculino chileno na saída de quadra.

Jornalista com mais de 20 anos de profissão, mais da metade deles na área de esportes. Está no OTD desde 2019 e, por ele, já cobriu 'in loco' os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, os Olímpicos de Paris, além dos Jogos Pan-Americanos de Lima e de Santiago

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