Santiago – O Brasil passou por cima do Chile sem dó e chegou à segunda vitória no torneio de basquete masculino dos Jogos Pan-Americanos de Santiago. Aplicou sonoros 94 a 43 nos anfitriões na noite desta quarta-feira (1º), dentro de um ginásio lotado e vibrante no complexo do Estádio Nacional. Assim, o time comandado pelo técnico Gustavo de Conti segue sem ver adversários na competição e na prática garante vaga nas semifinais, ainda que não matematicamente.
Antes de Brasil e Chile, na outra partida do dia na chave, o México ganhou de Porto Rico por 82 a 72. Desta forma, o Brasil lidera com duas vitórias. Porto Rico, que bateu o Chile na primeira rodada, e México têm uma, e os já eliminados chilenos estão zerados. O saldo de cestas do time brasileiro é muito superior ao dos rivais e não há derrota crível que tire a vaga na próxima fase.
Na última rodada da fase de grupos, nesta quinta (2), Brasil pega Porto Rico a partir das 17h30 e, às 20h, tem México e Chile. Os dois melhores avançam e fazem o chamado cruzamento olímpico contra quem vier do Grupo A no torneio masculino. Lá, estão Argentina, atual campeã dos Jogos Pan-Americanos, além de Venezuela, Panamá e República Dominicana.
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33 a 0
O Brasil começou castigando de fora. As quatro primeiras cestas foram de três, duas com Gui Deodato e outras duas com Didi Louzada e Lucas Dias. Lucas quase colocou a quinta seguida, mas ela rodou e saiu. Curiosamente, Márcio pegou o rebote embaixo da cesta, anotou a primeira de dois e sofreu falta. Antes do lance livre, o Chile tomou uma falta técnica convertida por Lucas Dias. A seguir, Márcio também matou o lance de bonificação e a seleção fez um ataque de quatro pontos impondo 16 a 7 no placar.
O passeio começou a tomar forma ali. O Chile não sabia o que fazer no ataque e não via o Brasil na defesa. A três minutos do fim do primeiro quarto, o marcador estava em 27 a 7. O técnico anfitrião parou o jogo e conseguiu quebrar um pouco do atropelo. Enquanto isso, Gustavinho começava a rodar os titulares e o time que encerrou os primeiros dez minutos já era totalmente diferente do que começou. Após uma corrida de 24 a 0, o Brasil fechou o quarto vencendo por 33 a 7. A corrida não terminou tão cedo e foi até 33 a 0. Eles só voltaram a pontuar a 5min17 do final do segundo quarto num lance livre.
Que pecado!
A torcida, vale o destaque, seguia apoiando os atletas da casa com a mesma vibração de antes de a bola subir e foi premiada com um lance apoteótico no final do primeiro tempo. O pequenino camisa nove Sebastián Carrasco, vendo o cronômetro se aproximar do fim, mandou a bola lá da quadra de defesa, bem atrás do meio. Ela caiu direto e levantou o ginásio. Lamentavelmente o arremesso saiu depois do relógio zerar, os três pontos não foram computados e o placar ficou nos 53 a 15.
Protocolar
Se o basquete tivesse regra de misericórdia, ela poderia ser tranquilamente aplicada no intervalo. O segundo tempo seguiu um roteiro ainda mais doído para os donos da casa, já que a diferença era também física. Assim, as cestas foram caindo, praticamente só para um lado, até que o jogo terminou sem nem ter, realmente, começado. Para os torcedores, o placar pouco importou. Aplaudiu efusivamente os bravos representantes do basquete masculino chileno na saída de quadra.