O Brasil fechou sua participação nas disputas do judô nos Jogos Pan-Americanos de Santiago-2023 com mais uma medalha. O país perdeu para Cuba por 4 a 3 e ficou o bronze no torneio por equipes mistas da modalidade, realizado nesta terça-feira (31), no Centro de Deportes de Contacto, na capital chilena. Com mais essa conquista, o judô brasileiro encerra sua melhor campanha na história dos Pans, com 16 medalhas, sendo sete de ouro.
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A disputa por equipes mistas do judô fez sua estreia nos Jogos Pan-Americanos em Santiago-2023. A competição consiste em confrontos melhor de sete lutas entre os países. Cada time conta com seis atletas, três homens e três mulheres. No feminino, há as categorias 57kg, 70kg e +70kg. Já o masculino contempla os pesos 73kg, 90kg e +90kg. Cada categoria é disputada uma vez. Cada luta gera um ponto e, quem fizer quatro pontos primeiro, ganha o confronto. Em caso de empate em 3 a 3, há um sorteio para definir a categoria que fará a sétima luta.
A campanha do Brasil
Cabeça de chave número 1, o Brasil iniciou sua campanha direto nas quartas de final, enfrentando a Venezuela. Por lá, a equipe verde-amarela não tomou conhecimento do adversário e venceu por 4 a 1. Leonardo Gonçalves (+90kg), Rafaela Silva (57kg) e Gabriel Falcão (73kg) venceram seus adversários de forma rápida, Aléxia Castilhos (70kg) perdeu na sequência e Guilherme Schimidt (90kg) fechou no fim.
Pela semifinal, o Brasil venceu a Colômbia por 4 a 0. Rafaela Silva (57kg) abriu o confronto vencendo Maria Villalba, por ippon. Em seguida, Willian Lima (73kg) bateu Andres Sandoval, também por ippon. Luana Carvalho (70kg) foi quem teve o duelo mais complicado, em que precisou do golden score para superar Luisa Bonilla. Por fim, Rafael Macedo (90kg) passou por Daniel Paz após imobilizá-lo.
Como foi a final
Já na grande decisão, o Brasil garantiu um ponto de graça. Isto porque Cuba não inscreveu atletas no peso leve e Rafaela Silva (57kg) nem precisou lutar para garantir a vitória. O primeiro a de fato competir foi Gabriel Falcão (73kg), que lutou contra Magdiel Estrada. Em uma luta muito nervosa, o brasileiro conseguiu um waza-ari no final e saiu vencedor, abrindo 2 a 0 para a equipe verde-amarela.
Cuba diminuiu a desvantagem logo em seguida, com a vitória de Idelannis Gómez sobre Luana Carvalho (70kg), com um ippon advindo de contra-golpe. A partir da terceira luta, ocorreram repetecos de duelos que haviam ocorridos do dia anterior – todos com vitória dos cubanos. Rafael Macedo (90kg) perdeu para Ivan Silva por waza-ari e o duelo ficou empatado.
Na sequência, Beatriz Souza (+70kg) conseguiu a revanche contra Idalys Ortiz e venceu ao forçar três shidôs. Do mesmo modo Rafael Silva (+90kg) perdeu para Andy Granda, com três punições, o que levou o duelo ao empate em 3 a 3. O sorteio definiu que a sétima luta seria justamente entre Baby e Granda. O brasileiro se mostrou bem cansado e, após quatro minutos de luta, recebeu três shidôs, perdendo a luta e a final.
“Por muito pouco, a medalha de ouro não veio e ficamos com esse gostinho. Mas a gente vai treinar o máximo para na próxima já conquistar a de ouro. A medalha de prata é muito importante, não só porque já fazemos história no individual, mas também na primeira disputa por equipes dos Jogos Pan-Americanos. Essa medalha de prata não é para qualquer um. Todo mundo deu tudo que tinha de si em cima do tatame, então colocamos nosso nome na história”, falou Bia Souza.
Campanha histórica
Com mais essa conquista, o judô brasileiro fechou o Pan de Santiago com a melhor campanha de sua história: foram sete ouros, três pratas e seis bronzes, totalizando 16 medalhas. O desempenho ultrapassou o de Guadalajara-2011, quando o país foi ao pódio em 13 oportunidades na modalidade. Vale destacar, no entanto, que o Brasil contou com 19 atletas em Santiago-2023 contra 14 de Guadalajara-2011.
De forma inédita, o país teve dois representantes em algumas categorias – em vez de um -, porque havia conquistado cinco ouros nos Jogos Pan-Americanos Júnior de Cali-2021 e, por isso, ganhou vagas extras. Além disso, também houve a adição da prova por equipes mistas além das 14 categorias individuais, o que possibilitou a chance de mais uma medalha para o Brasil.