Santiago – Larissa Pimenta não sabe o que é perder uma luta em Jogos Pan-Americanos. A judoca de 24 anos disputou duas edições da competição multi-esportiva e faturou a medalha de ouro na duas, em Lima-2019 e em Santiago-2023. E as duas conquistas tiveram um ponto em comum: Lari recebeu uma energia especial da avó, já falecida, para ser campeã em ambas as ocasiões.
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“Eu sou muito emotiva. Quando eu cheguei aqui, no primeiro treino eu coloquei o fone e comecei a ouvir uma música. Senti uma energia muito forte, mas eu não sabia o que era, algo estranho. Eu sou emotiva, mas em momentos especiais. Eu fiquei procurando entender, meu coração encheu e eu comecei a chorar muito. Me veio na memória os últimos Jogos Pan-Americanos, em que eu homenageei minha avó”, falou Larissa.
A atleta disputou sua primeira edição de Pan em Lima-2019. Na ocasião, com apenas 20 anos de idade, participou de seu primeiro grande evento multiesportivo e fez bonito: uma campanha arrasadora para levar a medalha de ouro. Naquela ocasião, ela dedicou sua conquista à sua avó, que havia falecido recentemente. Em Santiago, logo após derrotar a mexicana Paulina Martinez na final deste sábado (28), Larissa Pimenta ergueu os braços e desabou a chorar.
“Não é um sentimento triste, é algo feliz, que me dá muita energia. Eu fiquei com medo de não saber lidar ou não saber controlar. Acredito que ela sempre vai estar comigo. Engraçado que em todos os Jogos Pan-Americanos que eu fui, eu senti muito isso. Ela me falava que o sonho dela era me ver na televisão, mas ela não chegou a ver. A primeira vez que eu realmente apareci foi em Lima. Foi um momento muito especial, porque eu imaginei ela vendo em casa”, disse ela.
Top-10 do mundo
Depois de Lima-2019, Larissa se consolidou como a principal judoca meio-leve do Brasil, tanto que se classificou para a Olimpíada de Tóquio neste peso. Por lá, no entanto, deu azar no chaveamento e enfrentou a japonesa Abe Uta logo na segunda rodada. Abe era bicampeã mundial na época e veio a se tornar campeã olímpica após derrotar a brasileira. Hoje, Pimenta aparece em décimo lugar do ranking mundial, dentro da zona de classificação para Paris-2024.