Santiago – Não é muito comum a seleção brasileira de vôlei, seja no masculino ou no feminino, entrar em qualquer partida vendo o favoritismo do outro lado da quadra. A final dos Jogos Pan-Americanos de Santiago, contra a República Dominicana, será uma delas. Quem disse é o próprio técnico Paulo Coco, logo após a dura vitória sobre o México na semifinal. E não foi só ele. Sabrina, a principal atacante do Brasil no jogo, assina em baixo. Apesar disso, o grupo garante que vai entrar com tudo para trazer o ouro para o Brasil após doze anos. O jogo é nesta quinta (26), às 20h.
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“Não tenho dúvida (de que elas são favoritas). É a única equipe que está completa. Foi campeã da Norceca ganhando dos Estados Unidos completo. Isso obviamente as torna favoritas. Não estou tirando nossa responsabilidade, de maneira nenhuma, nem jogando pro lado deles. É uma situação normal”, diz Paulo Coco. “É uma seleção que vem evoluindo muito. Classificou no pré-olímpico em cima de potências como Sérvia, que é campeã mundial, e China na casa delas. Tem um poderio ofensivo muito grande. A Brayelin, a Peña. A Gonzalez, canhota, evoluiu muito. A levantadora Marte melhorou bastante ao longo dos anos. Tem uma grande líbero. É uma equipe muito difícil de ser batida.”
Camisa nove
A oposta Sabrina, que marcou 24 pontos na partida contra o México, endossa as palavras do treinador para o duelo contra a República Dominicana. “Elas vêm como favortias, mas a gente vai buscar esse título. A gente vai trabalhar, vir com tudo amanhã. Pode ter certeza.”, afirmou. “Viemos para o jogo de hoje sabendo que já garantiria uma medalha, mas vamos buscar o título”, completou a camisa nove. Paulo Coco acrescenta: “vamos fazer o nosso melhor. Um time que treinou uma semana, dez dias. Está se superando. Passou por uma batalha e vamos para outra, de corpo e alma. Encarar o desafio e ver o que acontece.”
Sabrina é a maior pontuadora do Brasil até agora em Santiago, com 68 pontos em quatro jogos. “Estou bem feliz de ajudar a equipe. Foi um jogo bem difícil hoje, conseguimos ter a tranquilidade e a paciência para ganhar. As meninas do México defendem muito. Um jogo bem rápido, mas tivemos paciência”. Sobre o que o Pan pode render em termos pessoais, tenta não pensar muito no futuro. “Gera um pouco de ansiedade. Mas estou tentando aproveitar a oportunidade da melhor maneira possível. Sempre sonhei em representar a seleção brasileira”.