Santiago – O brasileiro Johnatas de Oliveira foi o melhor brasileiro na maratona dos Jogos de Santiago 2023, chegou em quinto. A corrida de pouco mais de 42 quilômetros pelas ruas da capital chilena foi disputada na manhã deste domingo (22). Os atletas deram duas voltas em um circuito com largada e chegada no Parque O’Higgins. Paulo Roberto Paula, Valdilene dos Santos e Andreia Hessel foram os outros representantes do país na competição.
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Masculino
Johnatas de Oliveira e Paulo Roberto Paula acompanharam o pelotão da frente até a metade da prova. No quilômetro 25, Paulo perdeu um pouco de contato com os líderes. Na marca dos 30, o pelotão espalhou com o peruano Cristhian Simeon Pacheco escapando na liderança, seguido pelo chileno Hugo Edgardo Catrileo, apoiado pela torcida que compareceu durante todo o trajeto. Os dois ficaram, pela ordem, com o ouro e a prata.
Johnatas despontou em terceiro, mas com o peruano Luis Fernando Ostos ainda por perto. No último sete quilômetros, o brasileiro foi superado pelo adversário, que levou o bronze, e por Matias Silva, do Chile. Johnatas feccou na quinta posição com o tempo de 2h14min51, atrás 3min37 do vencedor (2h11min14s). Logo depois, em sexto, passou Paulo Roberto em 2h15min20s.
Honrado
“A primeira passagem foi mais fácil. A segunda era subida, são nove quilômetros de falso plano. Ali deixamos o pelotão sair, depois que o peruano começou a puxar”, falou Johnatas de Oliveira logo depois da prova. “Estou muito feliz pela participação nos Jogos Pan-Americanos, representando nosso país. O segundo maior evento do planeta, atrás apenas da Olimpíada. Estou muito honrado”, acrescentou, agradecendo a torcida, o treinador e demais apoiadores. “Muito honrado de receber toda essa energia”
Primeiro pan aos 44 anos
Paulo Roberto fez em Santiago 2023 a primeira participação em uma maratona de Jogos Pan-Americanos – “Sempre priorizei mundiais e olimpíadas” – e comentou a experiência. “Foi uma prova excelente, percurso bastante favorável para correr. Devido aos meus 44 anos estou tendo dificuldade de manter o ritmo. Competindo com atletas mais jovens, lógico que eles têm perna para, no final, sair com facilidade. Esse ano fiz três maratonas, o corpo já pede descanso total. Pede que eu possa sair um pouco do foco da corrida para descansar a mente. Hoje não tenho adversário, meu adversário é a minha mente e as dificuldades que tenho com a idade. Não é fácil”, afirmou o atleta, que já foi a três Jogos Olímpicos.
Feminino
No feminino, as duas atletas do Brasil não marcharam muito tempo no ritmo das líderes e já na primeira marcação de tempo estavam longe do pelotão da frente. No quilômetro cinco, apareciam mais de um minuto atrás. Nos últimos 15 quilômetros, a argentina Florencia Borelli, a mexicana Citlali Cristian e a peruana Gladys Tejeda passaram a ocupar espaçadas as três primeiras colocações.
Quem levou a medalha de ouro foi Citlai, com o tempo de 2h27min12, o melhor da carreira dela. Borelli ficou com a prata cravando 2min27s29 e Tejeda levou o bronze (2h30min39). Valdilene fechou na oitava com 2min38s40 e Andréa fez a melhor marca da temporada, 2h39min53, para fechar em nono a maratona de Santiago 2023.
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“Nos primeiros dez quilômetros, sabíamos que teríamos de fazer uma prova tática, porque subia muito. Quando larga, por estar com o grupo, ainda conseguimos manter o ritmo cadenciado. Depois, do dez em diante, seria uma vantagem porque era uma descida e realmente mexeu no meu ritmo e esperança. Na segunda volta, tentei buscar posição, encontrar o ritmo”, avaliou Valdilene. “Mas saio contente por estar fazendo a terceira prova do ano, com nível muito parecido nas três. Queria muito brigar pela medalha, mas sabia que as condições não eram fáceis”.
Andréa, que nos Jogos Pan-Americanos de Santiago 2023 fez a segunda participação em Pans, também falou. “O clima aqui ajudou muito, perfeito para correr uma maratona. O percurso é super bom, duas voltas de 21 quilômetros é perfeito para maratonistas, principalmente para a mente. Estou feliz com o resultado, o melhor da temporada”.