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Santiago 2023

Medalhista em Lima, Isa Abreu vai ao Pan por vaga olímpica

No pentatlo moderno, ela e Danilo Fagundes encabeçam seleção brasileira que tem outros quatro atletas estreantes em Jogos Pan-Americanos

Isabela Abreu na Copa do Mundo de pentatlo moderno em Ancara Santiago 2023
(Filip Komorous/UIPM)

Santiago – Quatro anos atrás, Isabela Abreu foi medalhista do pentatlo moderno dos Jogos Pan-Americanos de Lima. Conquistou o bronze no revezamento feminino ao lado de Priscila Oliveira. Agora em Santiago 2023 certamente quer trilhar o caminho do pódio mais uma vez, mas não hesitaria em mudar de rumo desde que o destino fosse Paris 2024. A competição na capital chilena ofedece vagas para a Olimpíada na capital francesa, mas apenas para o campeão e os dois melhores da América do Sul.

+ Saiba mais sobre a modalidade nos Jogos Pan-Americanos

“A medalha traz um reconhecimento maior, tem algo material para demonstrar o resultado. Mas a vaga é indescritível. Todo o atleta busca e essa é primeira oportunidade que estamos tendo. Depois são pelos pontos do ranking mundial e começa a ficar mais complexo. Tem de viajar, competir. Aqui é direto. É sonho”, afirmou Isabela Abreu nesta terça-feira (17), logo depois de sair da piscina no primeiro treino da seleção realizado na Escuela Militar, onde o pentatlo moderno será disputado em Santiago 2023.
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Mudar as chaves

A estratégia para sair com a vaga está montada. “Uma modalidade depois da outra. Estar presente na que estou fazendo no momento. No primeiro dia, focar 100% na esgrima. Depois conseguir mudar as chaves. Sair da esgrima e ir pra natação, depois a corrida com tiro (combinado Laser Run). Pensar uma de cada vez vai fazer vai fazer toda a diferença”, diz.

O pentatlo moderno tem esgrima, natação, o combinado de corrida com tiro esportivo, chamado de Laser Run, e hipismo. No Laser Run, o atleta corre por um circuito fechado e, a cada volta, para e efetua disparos em um alvo. Cada erro acarreta em punição no tempo final da corrida. “O hipismo é uma parte delicada, porque é sorteio”, diz Isabela, referindo-se à divisão dos cavalos que os atletas usam.

A brasileira vem em uma boa fase. “Eu competi muito ano passado, temos um projeto grande no Paraná de incentivo ao esporte, e fiz todas as etapas da copa do mundo. Subi muito no ranking e cheguei à minha melhor posição, 25ª do mundo, por causa das competições. Os grandes atletas hoje estão fazendo todas as etapas, todas as competições.”

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Volta por Paris

A vaga olímpica também é o objetivo maior de William Muinhos, estreante em Jogos Pan-Americanos. “Já estou super satisfeito até aqui, mas quero mais. Quero aproveitar a primeira oportunidade de participar dos jogos pan e me classificar também, carimbar meu passaporte.”

William Muinhos Pentatlo Moderno aposentadoria Mundial de Pentatlo Moderno Santiago 2023
(Instragram/williammuinhos)

Apesar de ser estreante na competição, William tem 30 anos e chegou até a já deixar as competições após penar com uma lesão no tornozelo. Em maio do ano passado, após quatro meses parado, o sonho de Paris trouxe ele de volta. “Um dos motivos de eu voltar foi acreditar que eu poderia me classificar e brigar por uma vaga olímpica aqui. Estou com os brilhos nos olhos.”

Esgrima é diferencial

A satisfação de estar em Santiago 2023 vem junto com confiança. “Estou bem treinado e acho que tenho condições de brigar com os principais adversários em disputa direta, que são os sul-americanos.” O caminho para chegar está na cabeça. “Sempre acredito que o diferencial é a esgrima. Tem o hipismo também, que tem o sorteio e pode pegar um cavalo difícil, mas pra começar é a esgrima. Começando bem nela, tira mais gás para o restante”.

Sobre adversários, foco obviamente nos sul-americanos. Argentina, Chile e Equador. “Todos os atletas, não tem o fulano que é favorito. Todo mundo está ali. São cinco provas. Pode acontecer de todo mundo ser eliminado e aquele que ninguém dava nada e a vaga cair no colo dele. Vai ser decidido no detalhe mesmo”. Ele lembra ainda que, como é uma vaga por país, “pra classificar tem de ser melhor do país, pra começar a brincadeira, e depois ver se entra na cota dos dois melhores sul-americanos.

Jornalista com mais de 20 anos de profissão, mais da metade deles na área de esportes. Está no OTD desde 2019 e, por ele, já cobriu 'in loco' os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, os Olímpicos de Paris, além dos Jogos Pan-Americanos de Lima e de Santiago

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