O Comitê Olímpico do Brasil anunciou na manhã desta quarta-feira quem serão os porta-bandeiras do Time Brasil na cerimônia de abertura dos Jogos Pan-Americanos de Santiago 2023. Luisa Stefani, do tênis, e Fernando Scheffer, da natação, foram os escolhidos.
- Isa Abreu abdica de competições para montar pista de obstáculos
- Praia vence confronto chave e encaminha classificação
- Brasil fecha participação no Mundial Júnior de curling
- Minas domina Zamalek e vence a 1ª no Mundial de Clubes
- Caio Bonfim é campeão do Tour Mundial de marcha atlética
+ SIGA O OTD NO YOUTUBE, TWITTER, INSTAGRAM, TIK TOK E FACEBOOK
Tanto Luisa Stefani quanto Fernando Scheffer foram medalhistas nos Jogos Pan-Americanos de Lima-2019. Na ocasião, a tenista conquistou a medalha de bronze nas duplas ao lado de Carol Meligeni, salvando alguns match-points contra. Stefani repetiu o feito, ao lado de Laura Pigossi, dois anos depois, nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020.
“Fiquei muito feliz e emocionada com esse convite para ser porta-bandeira. Sou muito fã de esporte desde pequena e continuo sendo. Fazer parte do Time Brasil e carregar essa bandeira ao lado de tantos atletas, que continuam me inspirando, é uma grande honra. Nada se compara a isso. Espero que seja mais uma missão de muito sucesso, muitas medalhas e muitas histórias para contar do nosso esporte brasileiro, em especial com as mulheres. Que a gente continue conquistando espaço, quebrando barreiras e sempre trazendo nossa vibe brasileira, que isso ninguém tem”, falou Luisa.
Por outro lado, Fernando Scheffer conquistou três medalhas na última edição dos Jogos Pan-Americanos. O nadador levou o ouro nos 200 m livre, fez parte do revezamento campeão no 4x 200 m livre e, por fim, ficou com a prata nos 400 m livre. Além disso, conquistou a medalha de bronze nos 200 m livre em Tóquio.
“Fiquei muito feliz de ser o porta-bandeiras. Estive nos Jogos Pan-americanos em Lima, fui campeão, fui para Tóquio em 2021, conquistei a medalha de bronze, agora vou para meu segundo Jogos Pan-americanos e recebi essa honra de carregar a bandeira nesse desfile. É muita alegria muito grande”, disse Scheffer.
Critérios para o posto
Primordialmente, o COB leva em consideração alguns critérios para a escolha de seus porta-bandeiras, que são um pouco mais restritos na abertura do que no encerramento. A relevância do atleta no esporte que compete e as conquistas que alcançou em edições passadas daquela competição é um dos quesitos. Nesse ponto, Luisa Stefani e Fernando Scheffer preenchem tranquilamente.
Outra questão que a entidade leva em conta é a questão do calendário de provas. Atletas que poderiam ser também os porta-bandeiras como Isaquias Queiroz, da canoagem velocidade, e Ana Marcela Cunha, da maratona aquática, que foram campeões pan-americanos e também olímpicos, competem mais para o final dos Jogos e não estarão em Santiago para a cerimônia de abertura.
Já Rebeca Andrade, da ginástica artística, e Rayssa Leal, do skate, estão em Santiago, mas foram descartadas porque vão estrear em Jogos Pan-Americanos e não têm histórico de medalhas na competição.
A escolha tem a ver também com a questão dos atletas serem bem relacionados com o COB. Luisa Stefani, por exemplo, passou a maior parte do período de recuperação de sua cirurgia no joelho nas instalações da entidade. Recentemente, Fernando Scheffer passou a treinar no Complexo Aquático Maria Lenk, administrado pelo Comitê.
Carreira de Stefani e Scheffer
Além de ser medalhista olímpica e pan-americana, Luisa Stefani é um dos principais nome do tênis brasileiro na atualidade, ao lado de Bia Haddad Maia. A paulista de 26 anos conquistou o Grand Slam em duplas mistas do Australian Open desse ano, ao lado de Rafael Matos. Além disso, tem oito títulos no circuito profissional, sendo dois WTA 1000 (em Toronto-2021 e Guadalajara-2022). E tornou-se a primeira brasileira na Era Aberta a entrar no top-10 do ranking de duplas. Foi duas vezes semifinalista no US Open.
Antes de se tornar medalhista pan-americano e olímpico, Fernando Scheffer foi campeão nos Jogos Sul-Americanos de Cochabamba-2018. Foi ouro nos 200 m livre e no 4x 200 m livre e prata nos 4x 100 m livre. Também é medalhista em dois Mundiais de piscina curta. Foi campeão dos 4x 200 m livre em Hangzhou-2018 e ficou com o bronze na mesma prova três anos mais tarde, em Abu Dhabi.
*Contribuíram Alexandre Massi e Juvenal Dias.