Remo nos Jogos Pan-Americanos de Santiago-2023
O remo é uma das modalidades mais tradicionais na história dos Jogos Pan-Americanos. O esporte marca presença no programa oficial do evento desde a edição de Buenos Aires-1951, na Argentina, justamente o ano de estreia da competição.
O Brasil ocupa a sexta colocação no quadro geral de medalhas do remo. São oito ouros, 20 pratas e 17 bronzes ao longo da história. Em Lima-2019, Lucas Verthein e Uncas Batista conquistaram o bronze no skiff duplo masculino e Gabriel Campos, Alef Fontoura, Willian Giaretton e Fabio Moreira também ficaram em terceiro lugar no quatro sem. Mas o melhor resultado foi de Pau e Xavier Vela, que levaram a prata no Dois sem.
Brasil terá 18 atletas no remo nos Jogos Pan-Americanos de Santiago-2023
Feminino (11)
Antônia Emanuelle Motta – LW2x
Beatriz Tavares – W1x e W4x
Chloé Delazeri – 8+, W2x e W4x
Dayane Pacheco dos Santos – 8+, Misto 8+, W4-
Isabella Ibeas – 8+ e LW2x
Isabelle Falck Camargos – Timoneira
Maria Clara Lewenkopf – 8+, Misto 8+, W2-, W4-
Milena Matias Viana – 8+, Misto 8+, W2- e W4-
Nathalia Barbosa – 8+, W4x, W2x
Shaiane Ucker – 8+, Misto 8+, W4-
Thalita Soares – 8+, W4x
Masculino (7)
Alef da Rosa Fontoura – M2- e Misto 8+
Bernardo Timm Boggian – M2-
Lucas Verthein Ferreira – M1x
Marcelo Almeida – LM2x e Misto 8+
Piedro Tuchtenhagen – M2x
Tomás Levy – M2x
Uncas Batista – LM2x e Misto 8+
Quadro de medalhas do remo em Jogos Pan-Americanos
# | País | Total | |||
---|---|---|---|---|---|
1 | Estados Unidos (EUA) | 55 | 58 | 30 | 143 |
2 | Argentina (ARG) | 44 | 32 | 43 | 119 |
3 | Cuba (CUB) | 38 | 27 | 41 | 106 |
4 | Canadá (CAN) | 33 | 35 | 28 | 96 |
5 | México (MEX) | 10 | 10 | 19 | 39 |
6 | Brasil (BRA) | 8 | 20 | 17 | 45 |
7 | Chile (CHI) | 7 | 7 | 12 | 26 |
8 | Uruguai (URU) | 3 | 3 | 5 | 11 |
9 | Trinidad e Tobago (TTO) | 0 | 1 | 0 | 1 |
10 | Perú (PER) | 0 | 0 | 4 | 4 |
11 | Guatemala (GUA) | 0 | 0 | 2 | 2 |
11 | Venezuela (VEN) | 0 | 0 | 2 | 2 |
O esporte
Ao contrário da canoagem, onde os atletas ficam voltados para a frente, os remadores sentam-se com as costas voltadas contra a direção do movimento. Na verdade, é o único esporte que chega à linha de chegada de costas. Cada remador tem os pés presos ao barco, enquanto seu assento desliza para frente e para trás ao longo dos trilhos, fazendo com que o remo se mova e entre na água para movimentar o barco com o movimento contínuo dos remadores.
Além da imensa força física, o sucesso no remo também se deve à técnica e ao trabalho em equipe para obter o máximo de velocidade e distância a cada braçada.
Um remador ou equipes devem administrar perfeitamente sua prova, garantindo que tenham energia suficiente durante toda a competição.
HISTÓRIA DO ESPORTE
O remo leva o nome do elemento que serve para impulsionar o barco. Antes de se tornar uma disciplina olímpica, já existia como meio de transporte em culturas tão antigas como o Antigo Egito, onde era utilizada para todos os tipos de atividades: comércio, transporte, guerra. Justamente na Itália é onde se acredita que surgiu a primeira regata (competição náutica). Na verdade, a palavra tem origem em “regattare”, que significa “competir para obter um prêmio”.
No entanto, o verdadeiro surgimento do remo como esporte ocorreu entre os séculos XVII e XIX na Grã-Bretanha. Os barqueiros que transportavam passageiros no Tâmisa competiam entre si para provar que eram os mais rápidos e, assim, conseguir mais clientes. Embora sua história remonte a séculos, o remo amadureceu como esporte competitivo nos últimos 200 anos. O interesse por ela começou a aumentar depois que as universidades de Oxford e Cambridge iniciaram sua famosa rivalidade no rio Tâmisa, em Londres, em 1829, um confronto que continua até hoje na forma da corrida anual de barcos.
O remo é disputado em todos os Jogos desde sua estreia no programa olímpico em 1900, em Paris, depois que a competição dos Jogos de 1896 foi cancelada devido ao mau tempo. As competições femininas chegaram nos Jogos Olímpicos de 1976, em Montreal.
O quadro de medalhas do Pan-Americano é liderado pela delegação americana, equipe que já conquistou 55 medalhas de ouro. Segue-se a Argentina, que tem 40 ouros.