O breaking estreia no programa dos Jogos Pan-Americanos de Santiago-2023 e a competição será super importante. Dará ao melhor b-boy e à melhor b-girl uma vaga para os Jogos Olímpicos de Paris-2024.
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O Brasil terá em Santiago-2023 quatro atletas no breaking: Leony Pinheiro (B-boy Leony), Gilberto Araújo (B-boy Rato), Mayara Collins (B-girl Mini Japa) e Nathana Venâncio (B-girl Nathana).
A COMPETIÇÃO
Performances de breaking consistem em três elementos principais: top rock, down rock e freezes, conforme descrito abaixo.
- Top Rock é uma combinação de movimentos em pé, utilizado principalmente como desafio e para criar espaço para movimentos.
- Down Rock corresponde a combinações de movimentos acrobáticos e dança ao nível do solo.
- Freezes é um congelamento e uma pose em que o dançarino para de se mover completamente no meio de uma apresentação.
A batalha ou breaking é uma troca ou confronto competitivo entre atletas, com um ou mais rounds de igual número para cada competidor.
O atleta que demonstrar maior habilidade é o que vencerá a rodada. São julgados por nove juízes devidamente credenciados que pontuam os participantes de acordo com seis critérios: criatividade, personalidade, técnica, variedade, performatividade e musicalidade. Durante uma competição, cada juiz move indicadores em um tablet para determinar as pontuações.
Em Santiago-2023, a competição terá duas provas – uma masculina e outra feminina – nas quais 16 B-Boys e 16 B-Girls se enfrentarão em batalhas. Os atletas se apresentam, adaptando seus movimentos e improvisando ao ritmo das músicas do DJ, na tentativa de garantir os votos dos jurados e levar para casa o primeiro título da estreia da modalidade nos Jogos Pan-Americanos
HISTÓRIA DO BREAKING
Breaking é um estilo de dança que teve origem nos Estados Unidos na década de 1970. Surgiu em festas no bairro do Bronx (Nova York), oriundo da cultura hip hop, e se caracteriza pelos movimentos acrobáticos, pelo jogo de pés estilizados e pelo papel-chave que o DJ e o MC tocam durante as batalhas.
Desde o seu nascimento nas ruas, vem evoluindo e ganhando adeptos ao redor do mundo como uma disciplina que entrelaça elementos da música e da dança. Mais tarde, foram formados grupos como Zulu Kings, Rock Steady Crew, Dynamic Rockers e New York City Breakers. Essas equipes desenvolveram não só a base da dança, mas também movimentos de maior dificuldade.
Na década de 90, seguiram-se outros eventos internacionais de breakdance, como o Miami Pro-Am e o Bboy Summit e Freestyle Session, ambos na Califórnia. Com o advento dessas competições com júri, despertou-se o interesse nas áreas urbanas e os breakers que começaram a competir nesta geração cresceram participando de batalhas organizadas ao redor do mundo.
Dentro do Movimento Olímpico, o breaking é uma disciplina da Federação Internacional de Dança Esportiva (WDSF), fundada em 1957. Fez sua primeira aparição nos Jogos Olímpicos da Juventude de Buenos Aires 2018. Depois de verificar sua popularidade, o Comitê Organizador de Paris 2024 propôs que fez sua estreia olímpica absoluta na capital francesa. Em junho de 2022, Santiago-2023 confirmou o breaking como um dos esportes de estreia nos Jogos Pan-Americanos e Parapan-Americanos.