Três provas serão disputadas na marcha atlética nos Jogos Pan-Americanos de Santiago-2023. Além dos 20 km masculino e feminino, haverá a prova e revezamento, que fará sua estreia no programa dos Jogos. Medalha de prata em Lima-2019 e bronze em Toronto-2015, Caio Bonfim é o principal nome da equipe brasileira, que terá também Matheus Corrêa, Gabriela Muniz e Viviane Lyra.
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Nossos pódios
Principal nome da marcha atlética masculina brasileira, Caio Bonfim conquistou duas das três medalhas conquistadas pelo país na prova de 20 km dos Jogos Pan-Americanos. O primeiro pódio veio com o bronze em Toronto-2015 e o segundo com a prata em Lima-2019. Quem sabe ele não sobe mais um degrau para trazer o ouro em Santiago-2023.
Antes de Caio Bonfim, o Brasil conquistou uma medalha de bronze com Marcelo Palma em Havana-1991, prova vencida pelo colombiano Hector José Moreno.
A estrela dos Jogos
O maior atleta das Américas da história da marcha 20km masculina é o equatoriano Jefferson Perez. Ele dominou os Jogos Pan-Americanos com três medalhas de ouro e uma de bronze em quatro participações. Mas seus feitos foram muito maiores e não se restringiram ao continente. O atleta nascido em Cuenca foi campeão olímpico em Atlanta 1996 e medalha de prata em Sydney 2000. Além disso, subiu quatro vezes ao pódio em Mundiais com três medalhas de ouro e uma de prata. No ano de seu primeiro título mundial, em Paris 2003, ele quebrou também o recorde mundial ao registrar 1:17:21. A marca demorou quatro anos para ser batida, mas é até hoje a melhor já feita por um atleta das Américas e a sexta melhor de todos os tempos.
Medalhistas
ANO | TEMPO | TEMPO | TEMPO | |||
1963 | Alex Oakley Canadá | 01:42:44 | Nicole Marrone Canadá | 01:46:35 | Ron Zinn EUA | 01:49:45 |
1967 | Ron Laird EUA | 01:33:06 | José Pedraza México | 01:34:51 | Felix Cappella Canadá | 01:35:45 |
1971 | Goetz Klopfer EUA | 01:37:30 | Tom Dooley EUA | 01:38:16 | José Oliveros México | 01:40:26 |
1975 | Daniel Bautista México | 01:33:06 | Domingo Colín México | 01:33:59 | Larry Young EUA | 01:37:54 |
1979 | Daniel Bautista México | 01:28:15 | Neal Pyke EUA | 01:30:17 | Todd Scully EUA | 01:32:30 |
1983 | Ernesto Canto México | 01:28:12 | Raúl González México | 01:29:21 | Héctor Moreno Colômbia | 01:30:05 |
1987 | Carlos Mercenario México | 01:24:50 | Tim Lewis EUA | 01:25:50 | Querubín Moreno Colômbia | 01:27:08 |
1991 | Héctor José Moreno Colômbia | 01:24:56 | Joel Sánchez Guerrero México | 01:25:45 | Marcelo Palma Brasil | 01:26:42 |
1995 | Jefferson Pérez Equador | 01:22:53 | Daniel García México | 01:22:57 | Julio René Martínez Guatemala | 01:23:50 |
1999 | Bernardo Segura México | 01:20:17 | Daniel García México | 01:20:28 | Jefferson Pérez Equador | 01:20:46 |
2003 | Jefferson Pérez Equador | 01:23:06 | Bernardo Segura México | 01:23:31 | Alejandro López México | 01:24:33 |
2007 | Jefferson Pérez Equador | 01:22:08 | Jaime Saquipay Equador | 01:23:28 | Gustavo Baena Colômbia | 01:24:51 |
2011 | Erick Barrondo Guatemala | 01:21:51 | James Rendón Colômbia | 01:22:46 | Luiz Fernando López Colômbia | 01:22:51 |
2015 | Evan Dunfee Canadá | 01:23:04 | Iñaki Gomez Canadá | 01:24:25 | Caio Bonfim Brasil | 01:24:43 |
2019 | Brian Daniel Pintado Equador | 1:21:51 | Caio Bonfim Brasil | 1:21:57 | José Alejandro Barrondo Guatemala | 1:21:57 |
Quadro de medalhas
Nossos pódios
Erica Sena foi a responsável pelos únicos dois pódios do Brasil na história da marcha 20km feminina nos Jogos Pan-Americanos. Ela conquistou a medalha de prata em Toronto 2015 e a medalha de bronze em Lima-2019. A atleta, no entanto, vai desfalcar a delegação brasileira em Santiago-2023.
A estrela dos Jogos
A marcha 20km feminina só entrou para o programa dos Jogos Pan-Americanos em Winnipeg 1999. De lá para cá, teve seis vencedoras diferentes. O predomínio é do México, que ganhou três ouros, duas pratas e um bronze e só ficou fora do pódio duas vezes, justamente quando foi o país-sede em Guadalajara 2011 e também em Lima 2019.
De todas as vencedoras, no entanto, o melhor desempenho foi da colombiana Sandra Arenas, campeã em Lima-2019, que quebrou o recorde dos Jogos Pan-Americanos ao marcar 1h28min03s. Foi disparada a prova mais rápida da história. A peruana Kimberly Garcia, que ficou com a medalha de prata, fez um tempo melhor do que todas as outras medalhas de ouro da história.
Medalhistas
ANO | TEMPO | TEMPO | TEMPO | |||
1999 | Graciela Mendoza México | 01:34:19 | Rosario Sánchez México | 01:34:46 | Michelle Rohl EUA | 01:35:22 |
2003 | Victoria Palacios México | 01:35:16 | Rosario Sánchez México | 01:35:21 | Joanne Dow EUA | 01:35:48 |
2007 | Cristina López El Salvador | 01:38:59 | Mirian Ramón Equador | 01:40:03 | María Esther Sánchez México | 01:41:47 |
2011 | Jamy Franco Guatemala | 01:32:38 | Mirna Ortiz Guatemala | 01:33:37 | Ingrid Hernández Colômbia | 01:34:06 |
2015 | María González México | 01:29:24 | Érica de Sena Brasil | 01:30:03 | Paola Pérez Equador | 01:31:53 |
2019 | Sandra Arenas Colômbia | 1:28:03 | Kimberly García Peru | 1:29:00 | Érica de Sena Brasil | 1:30:34 |
Quadro de medalhas
Estreia nos Jogos Pan-Americanos
O revezamento misto é uma nova modalidade da marcha atlética, que será disputada pela primeira vez nos Jogos Pan-Americanos de Santiago-2023. A prova, que também está no programa dos Jogos Olímpicos de Paris-2024, será disputada na distância de uma maratona (42,195 km), com equipes compostas por um homem e uma mulher que se revezarão por quatro etapas com um percurso um pouco maior do que 10 km.
O homem de cada equipe corre a primeira e a terceira etapa, enquanto a mulher compete na segunda e na últuma etapa. O Brasil deve ser representado por Caio Bonfim e Viviane Lyra no revezamento.
Como a estreia do revezamento misto, as provas de 35 km da marcha atlética foram retiradas do programa dos Jogos Pan-Americanos.