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Santiago 2023

Maratona nos Jogos Pan-Americanos de Santiago-2023

Confira tudo sobre a prova da maratona dos Jogos Pan-Americanos de Santiago-2023 tanto no masculino como no feminino

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Andreia Hessel será uma das representantes do Brasil nos Jogos Pan-Americanos de Santiago-2023 na maratona (CBAt)

Daniel Nascimento, recordista sul-americano e principal nome do Brasil na maratona, desistiu de correr a prova de 42 km nos Jogos Pan-Americanos de Santiago-2023, mas vai defender o país nos 10000 m rasos.

Com isso, o Brasil será representado na maratona masculina pelo experiente Paulo Roberto de Paula e Johnatas Cruz. No feminino, Andreia Hessel e Valdilene dos Santos Silva.

O Brasil tem tradição nos Jogos Pan-Americanos na maratona e lidera o quadro histórico de medalhas tanto no masculino como no feminino.

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MASCULINOFEMININO

Nossos pódios

Dono do direito de acender a pira olímpica dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro 2016, Vanderlei Cordeiro de Lima é um dos grandes heróis do esporte nacional por conta da medalha de bronze conquistada por ele em Atenas 2004. Ele liderava a prova, mas foi agarrado por uma padre irlandês, que tentou tirá-lo da corrida. Mas Vanderlei não desistiu, voltou para a maratona e ainda completou a prova em terceiro lugar.

Apesar deste ter sido o maior momento da carreira de Vanderlei Cordeiro de Lima, o paranaense de Cruzeiro do Oeste fez história também nos Jogos Pan-Americanos. O brasileiro é o maior vencedor da maratona masculina da competição que reúne os país das Américas do Sul, Central e do Norte. Ele é o único atleta da história do Pan com duas medalhas de ouro, que foram conquistadas em Winnipeg 1999 (foto) e Santo Domingo 2003.

Mais pódios

Além das duas medalhas de ouro conquistadas por Vanderlei Cordeiro de Lima, o Brasil subiu outras três vezes ao lugar mais alto do pódio da maratona masculina dos Jogos Pan-Americanos com Ivo Rodrigues em Indianápolis 1987, Franck Caldeira no Rio de Janeiro 2007 e com Solonei Silva em Guadalajara 2011.

Ao todo, são oito medalhas. Além das cinco de ouro, o Brasil ganhou prata com José Santana em Havana 1991 e bronze com Luiz da Silva em Mar Del Plata 1995 e Luiz Fialho em Winnipeg 1999.

Medalhistas

ANOMedalha de ouroTEMPOMedalha de prataTEMPOMedalha de bronzeTEMPO
1951Delfo Cabrera
 Argentina
02:35:01Reinaldo Gorno
 Argentina
02:45:00Luis Valázquez
 Guatemala
02:46:03
1955Doroteo Flores
 Guatemala
02:59:10Onésimo Rodríguez
 México
03:02:22Luis Valázquez
 Guatemala
03:05:26
1959John J. Kelley
 EUA
02:27:55Jim Green
 EUA
02:32:17Gordon Dickson
 Canadá
02:36:19
1963Fidel Negrete
 México
02:27:56Gordon McKenzie
 EUA
02:31:18Pete McArdle
 EUA
02:34:14
1967Andy Boychuk
 Canadá
02:23:03Agustín Calle
Colômbia Colômbia
02:25:51Alfredo Peñaloza
 México
02:27:49
1971Frank Shorter
 EUA
02:22:40José García
 México
02:26:30Hernán Barreneche
Colômbia Colômbia
02:27:19
1975Rigoberto Mendoza
 Cuba
02:25:03Charles “Chuck” Smead
 EUA
02:25:32Tom Howard
 Canadá
02:25:46
1979Radamés González
 Cuba
02:24:09Luis Barbosa
Colômbia Colômbia
02:24:44Rich Hughson
 Canadá
02:25:34
1983Jorge González
 Porto Rico
02:12:43César Mercado
 Porto Rico
02:20:30Miguel Cruz
 México
02:21:12
1987Ivo Rodrígues
 Brasil
02:20:13Ronald Lanzoni
 Costa Rica
02:20:39Jorge González
 Porto Rico
02:21:14
1991Alberto Cuba
 Cuba
02:19:27José Santana
 Brasil
02:19:29Radamés González
 Cuba
02:23:05
1995Benjamín Paredes
 México
02:14:44Mark Coogan
 EUA
02:15:21Luiz da Silva
 Brasil
02:15:46
1999Vanderlei de Lima
 Brasil
02:17:20Rubén Maza
Venezuela
02:19:56Éder Fialho
 Brasil
02:20:09
2003Vanderlei de Lima
 Brasil
02:19:08Bruce Deacon
 Canadá
02:20:35Diego Colorado
Colômbia Colômbia
02:21:48
2007Franck Caldeira
 Brasil
02:14:03Amado García
 Guatemala
02:14:27Procopio Franco
 México
02:15:18
2011Solonei da Silva
 Brasil
02:16:37Diego Colorado
Colômbia Colômbia
02:17:13Juan Carlos Cardona
Colômbia Colômbia
02:18:20
2015Richer Pérez
 Cuba
02:17:04Raúl Pacheco
 Peru
02:17:13Mariano Mastromarino
 Argentina
02:17:45
2019Cristhian Pacheco
 Peru
2:09:31José Luis Santana
 México
2:10:54Juan Joel Pacheco
 México
2:12:10

Quadro de medalhas

OrdemPaísMedalha de ouroMedalha de prataMedalha de bronzeTotal
1 Brasil5128
2 Cuba4015
3 EUA2417
4 México2348
5 Guatemala1124
6 Argentina1113
7 Canadá1135
8 Porto Rico1113
9 Peru1001
10 Colômbia0336
11 Costa Rica0101
12 Peru0101
13 Venezuela0101

Nossos pódios

Atual bicampeã da maratona feminina nos Jogos Pan-Americanas, a brasileira Adriana Aparecida da Silva é o grande nome da prova na história da competição. Ninguém subiu mais vezes no lugar mais alto da maratona feminina, que começou a ser disputada apenas em Indianápolis 1987. Ao todo, a competição esteve presente em oito edições e o Brasil é o líder do quadro de medalhas com três ouros, uma prata e dois bronzes. A frente do México, que tem dois ouros, uma prata e um bronze. Estados Unidos, Cuba e Peru, com um ouro cada, completam a lista de países que já ganharam a prova.

A primeira conquista de Adriana Aparecida da Silva foi em Guadalajara 2011. Com o tempo de 2:36:37, ela não só ganhou a medalha de ouro como bateu o recorde dos Jogos Pan-Americanos. Em Toronto 2015, ela cruzou a linha de chegada em segundo lugar, mas herdou o ouro porque a peruana Gladys Tejeda foi eliminada por doping.

Marcia Narloch, prata, e Sirlene Pinho, bronze, fizeram dobradinha na maratona do Rio 2007

Das oito edições da maratona feminina na história dos Jogos Pan-Americanos, o Brasil só ficou três vezes fora do pódio, exatamente nas três primeiras. A tradição brasileira na prova começou em Winnipeg 1999 com o bronze de Viviany de Oliveira. Em Santo Domingo 2003, Márcia Narloch entrou para a história com a primeira atleta do país a vencer a maratona feminina em Pans. No Rio de Janeiro 2007, Márcia Narloch ficou perto do bi, mas perdeu a prova para a cubana Mariela Gonzalez e conquistou a medalha de prata, fazendo dobradinha no pódio com Sirlene Pinho.

Medalhistas

ANOMedalha de ouroTEMPOMedalha de prataTEMPOMedalha de bronzeTEMPO
1987María del Carmen Cárdenas
 México
02:52:06Debbie Warner
 EUA
02:54:49Maribel Durruty
 Cuba
02:56:21
1991Olga Appell
 México
02:43:36Maribel Durruty
 Cuba
02:46:04Emperatriz Wilson
 Cuba
02:48:48
1995Maria Trujillo
 EUA
02:43:56Jennifer Martin
 EUA
02:44:10Emma Cabrera
 México
02:46:36
1999Erika Olivera
 Chile
02:37:41Iglandini González
Colômbia Colômbia
02:40:06Viviany de Oliveira
 Brasil
02:40:55
2003Márcia Narloch
 Brasil
02:39:54Mariela González
 Cuba
02:42:55Erika Olivera
 Chile
02:44:52
2007Mariela González
 Cuba
02:43:11Márcia Narloch
 Brasil
02:45:10Sirlene Pinho
 Brasil
02:47:36
2011Adriana da Silva
 Brasil
02:36:37Madaí Pérez
 México
02:38:03Gladys Tejeda
 Peru
02:42:09
2015Adriana Aparecida da Silva
 Brasil
02:35:40Lindsay Flanagan
 EUA
02:36:30Rachel Hannah
 Canadá
02:41:06
2019Gladys Tejeda
 Peru
2:30:55 Bethany Sachtleben
 EUA
2:31:20Angie Orjuela
Colômbia Colômbia
2:32:27

Quadro de medalhas

OrdemPaísMedalha de ouroMedalha de prataMedalha de bronzeTotal
1 Brasil3126
2 México2114
3 EUA1405
4 Cuba1225
5 Chile1012
 Peru1012
7Colômbia Colômbia0011

A prova

Maratona é uma corrida realizada na distância oficial de 42,195 km, normalmente em ruas e estradas. Única modalidade esportiva que se originou de uma lenda, seu nome foi instituído como uma homenagem à antiga lenda grega do soldado ateniense Fidípides, um mensageiro do exército de Atenas, que teria corrido cerca de 40 km entre o campo de batalha de Maratona até Atenas para anunciar aos cidadãos da cidade a vitória dos exércitos atenienses contra os persas e morreu de exaustão após cumprir a missão.

A Federação Internacional de Atletismo (IAAF – International Association of Athletics Federations) estabelece que a distância oficial da maratona deva ser de exatos 42,195 km (42 mil 195 metros), com um adendo de 42 metros. Os fiscais oficiais e medidores de quilometragem destas provas acrescentam ao final mais um metro por quilômetro percorrido, para reduzir o risco de que alguma falha na medição produza uma distância final inferior à estipulada.

Para eventos sob a égide da IAAF é obrigatório que o percurso tenha marcações intercaladas da distância percorrida, de maneira a que os corredores tenham noção do ponto em que se encontram, e esses marcos devem ser a cada quilômetro. 

Os recordes conquistados, sejam eles mundiais, continentais ou nacionais, só são reconhecidos em provas que cumpram as regras da IAAF, que estabelecem que o percurso precisa ter uma distância máxima entre a partida e a chegada de 50% da distância total da prova – 42,195 km – e um desnível na topografia de no máximo 1/1000 da distância total.

Fundador e diretor de conteúdo do Olimpíada Todo Dia

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