No masculino, o jejum de medalhas do Brasil é de 58 anos. No feminino, o período sem subir no pódio é de 24 anos. Esta é a situação do salto em altura brasileiro para os Jogos Pan-Americanos de Santiago-2023. Os responsáveis para tentar acabar com esses tabus serão Fernando Ferreira, Thiago Moura e Valdileia Martins.
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Nossos pódios
O Brasil ganhou apenas duas medalhas de bronze na história do salto em altura dos Jogos Pan-Americanos. A primeira foi em Buenos Aires 1951 com Adílton de Almeida e com José Telles da Conceição na Cidade do México 1955. De lá para cá, já são 54 anos de jejum.
Ganhador da medalha em 1955, José Telles da Conceição foi um dos maiores atletas da história do atletismo brasileiro. Ele foi o primeiro do país a ganhar uma medalha olímpica na modalidade ao ser bronze no salto em altura masculino em Helsinque 1952.
Além do salto em altura, José Telles da Conceição corria 100 metros, 200 metros, fazia 110 metros com barreira, salto em distância, salto triplo e encarava até o decatlo. Nos Jogos Pan-Americanos Cidade do México 1955, ele ganhou o bronze no salto em altura e também nos 200m rasos.
A estrela dos Jogos
O grande nome do salto em altura masculino dos Jogos Pan-Americanos é uma das maiores estrelas da história do atletismo mundial. Javier Sotomayor, de Cuba, foi tricampeão da competição. Ele dominou completamente a disputa entre os Pans de Indianápolis 1987 e Mar Del Plata 1995.
Além das conquistas em Jogos Pan-Americanos, Javier Sotomayor tem duas medalhas olímpicas, ouro em Barcelona 1992 e prata em Sydney 2000, e quatro em Mundiais, ouros em 1993 e 1997 e prata em 1991 e 1995.
Javier Sotomayor se aposentou aos 34 anos em 2001 e é até hoje o recordista mundial do salto em altura masculino com a marca de 2,45m.
Medalhistas
Quadro de medalhas
Nossos pódios
O Brasil conquistou apenas três medalhas na história do salto em altura feminino nos Jogos Pan-Americanos. A primeira foi logo na primeira edição, em Buenos Aires 1951, com Elizabeth Muller, que ficou com o bronze. Quatro anos depois, Deyse de Castro ganhou prata na Cidade do México 1955. Depois disso, foram 44 anos de jejum até que Luciane Dambacher faturou a medalha de prata em Winnipeg 1999.
A estrela dos Jogos
Levern Spencer, de Santa Lúcia, é a maior vencedora da história dos Jogos Pan-Americanos no salto em altura. Sua primeira medalha foi um bronze no Rio de Janeiro-2007, mas, depois de passar em branco em Guadalajara-2011, ela conquistou o bicampeonato ao levar o ouro em Toronto-2015 e Lima-2019.
As americanas Eleanor Montgomery e Collen Sommer e a cubana Ioamnet Quintero também conquistaram duas medalhas de ouro, mas é exatamente o bronze do Rio de Janeiro-2007 que faz de Levern Spencer a maior de todas na história do salto com vara dos Jogos Pan-Americanos.
Medalhistas
Quadro de medalhas
A prova
Os atletas saltam sem auxílio e com a impulsão de pé de apoio em direção a uma barra horizontal de quatro metros de comprimento apoiada entre duas traves. O objetivo é saltar a maior altura sem derrubar a barra. Todos os competidores tem direito a três tentativas a cada altura colocada, mas tem o direito de ‘passar’ aquela determinada altura e avançar para outra maior sem ultrapassar a menor. Caso não consiga ultrapassar a altura ou combinação de alturas estipuladas em três tentativas, o atleta está eliminado.
Se os competidores acabarem empatados numa determinada altura, vence aquele que levou menos tentativas para chegar até lá. Se mesmo assim continuarem empatados, é feito um salto de desempate, primeiro na última altura não ultrapassada e a partir daí, em alturas subsequentes menores até que alguém ultrapasse; este último método de desempate é muito raro de acontecer, mas ocorreu, por exemplo, na final do Campeonato Mundial de Atletismo de 2015, em Pequim, já que nesta modalidade não é possível haver duas medalhas de ouro