Suspenso preventivamente por doping, o duas vezes medalhista olímpico, ouro na Rio-2016 e bronze em Tóquio-2020, Thiago Braz será o grande desfalque do Brasil no salto com vara dos Jogos Pan-Americanos de Santiago-2023. Sem sua principal estrela, o país será representado por Augusto Dutra, medalha de prata em Lima-2019, no masculino. No feminino, Juliana Campos, Isabel Demarco de Quadros e Beatriz Chagas vão participar da prova.
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Nossos pódios
A única vitória brasileira na história do salto com vara masculino dos Jogos Pan-Americanos aconteceu em casa. Nos Jogos do Rio em 2007, Fábio Gomes da Silva conquistou a medalha de ouro ao saltar 5,40m, deixando para trás o mexicano Giovanni Lanaro, que parou em 5,30m.
Em Lima-2019, Augusto Dutra conquistou a prata ao saltar 5,71m. Na mesma prova, Thiago Braz terminou na quarta colocação.
Antes de Fábio Gomes e Augusto Dutra, o Brasil conquistou duas medalhas de nos Jogos Pan-Americanos. Na estreia da competição, em Buenos Aires 1951, Sinibaldo Gerbasi ficou em terceiro lugar com 3,90m. 32 anos depois, em Caracas 1983, Tomás Valdemar Hinthaus, conseguiu a marca de 5,20m para também garantir a terceira colocação.
A estrela dos Jogos
Pat Manson, dos Estados Unidos, é o grande nome do salto com vara masculino na história dos Jogos Pan-Americanos. O atleta é o único a ter vencido a prova em três edições da competição. Ele foi medalha de ouro em Havana 1991, Mar Del Plata 1995 e Winnipeg 1999, superando dois compatriotas que haviam sido bicampeões: Bob Richards (Buenos Aires 1951 e Cidade do México 1955) e Mike Trully (Caracas 1983 e Indianápolis 1987).
Apesar do sucesso nos Jogos Pan-Americanos, Pat Manson não conseguiu grandes resultados em competições mundiais. Com 5,85m como melhor marca da carreira, seu melhor resultado no Campeonato Mundial foi o sexto lugar em Atenas 1997.
Entre as nações, os Estados Unidos exerce um grande domínio no salto com vara masculino dos Jogos Pan-Americanos. Em 16 edições, os americanos ganharam 12 ouros, nove pratas e cinco bronzes.
Medalhistas
Quadro de medalhas
Nossos pódios
Grande nome da história do salto com vara feminino no Brasil, Fabiana Murer faturou três medalhas em três participações nos Jogos Pan-Americanos. A primeira é a mais inesquecível: ouro no Rio de Janeiro 2007 com a marca de 4,60m.
O curioso é que nas duas edições seguintes, a brasileira conseguiu melhorar suas marcas, mas em ambas acabou superada por Yarisley Silva por apenas cinco centímetros. Em Guadalajara 2001, Fabiana Murer alcançou 4,70m, enquanto a cubana chegou a 4,75m. Em Toronto 2015, a disputa foi ainda mais acirrada, mas novamente a atleta do Caribe levou a melhor com 4,85m contra 4,80m de Murer.
Recordista brasileira e sul-americana do salto com vara feminino, Fabiana Murer foi campeã mundial em 2011 e vice em 2015, ganhou o título mundial indoor em 2010 e foi campeã geral da Diamond League em 2010 e 2014.
A estrela dos Jogos
O salto com vara feminino só estreou nos Jogos Pan-Americanos em Winnipeg 1999. Foram seis edições até hoje e a maior vencedora é a cubana Yarisley Silva, dona de três ouros e um bronze. A atleta foi por muito tempo a grande rival de Fabiana Murer nas Américas.
A brasileira levou a melhor apenas no Rio de Janeiro, em 2007, quando Yarisley Silva conquistou a medalha de bronze. Nas últimas duas edições, no entanto, a cubana foi medalha de ouro: Guadalajara 2011, Toronto 2015 e Lima 2019.
Medalhistas
ANO | TEMPO | TEMPO | TEMPO | |||
1999 | Alejandra García Argentina | 4,30m | Kellie Suttle EUA | 4,25m | Déborah Gyurcsek Uruguai | 4,15m |
2003 | Melissa Mueller EUA | 4,40m | Carolina Torres Chile | 4,30m | Stephanie McCann Canadá | 4,20m |
2007 | Fabiana Murer Brasil | 4,60m | April Steiner EUA | 4,40m | Yarisley Silva Cuba | 4,30m |
2011 | Yarisley Silva Cuba | 4,75m | Fabiana Murer Brasil | 4,70m | Becky Holliday EUA | 4,30m |
2015 | Yarisley Silva Cuba | 4.85m | Fabiana Murer Brasil | 4.80m | Jennifer Suhr EUA | 4.70m |
2019 | Yarisley Silva Cuba | 4.75m | Katie Nageotte EUA | 4.70m | Alysha Newman Canadá | 4.55m |
Quadro de medalhas
A Prova
Salto com vara é um evento do atletismo onde os competidores usam uma vara longa e flexível para alcançar maior altura e passar por cima de uma barra ou sarrafo. Competições com varas já eram conhecidas na Grécia Antiga, entre os cretenses e os celtas. Foi introduzido como modalidade olímpica desde os primeiros Jogos em Atenas 1896 para os homens e desde Sydney 2000 para as mulheres.
A pista de corrida para o salto deve medir no mínimo 45 metros e ao fim dela se encontra o obstáculo, uma barra horizontal de 4,5 m de comprimento, 2,260 kg de peso máximo, sustentada por duas traves laterais que a elevam e apoiam à determinada altura. Exatamente ao fim da pista, ao nível do solo e à frente do obstáculo, existe centrada uma caixa de metal ou madeira, com 1 m de comprimento, 60 cm de largura no início e 15 cm junto ao obstáculo. É nela que o saltador apoia a vara para conseguir a impulsão, realizar o salto e ultrapassar o sarrafo.
As mesmas regras do salto em altura são aplicadas à vara; o atleta tem três tentativas para saltar a marca, mas pode se recusar saltar determinada altura preferindo esperar por outra maior. Não conseguindo passar a altura depois de três tentativas na mesma altura ou alturas combinadas, é eliminado. Caso empatem na mesma altura final, o desempate é feito pelo número menor de tentativas para superar a altura imediatamente anterior. Caso continue empatado, é analisado o menor número de tentativas em toda a disputa; ainda um empate, a prova então tem um ou mais saltos de desempate até surgir o vencedor.